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2024
jan
26
Pastoralidade

UCB discute racismo religioso no Ministério dos Direitos Humanos

No dia 23 de janeiro, a UCB participou do encontro “Direitos Humanos, Liberdade Religiosa e Laicidade do Estado”, no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Essa atividade fez parte das celebrações do “Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa”, celebrado no dia 21 de janeiro. Essa foi a primeira iniciativa na esfera federal objetivando contribuir com a retomada das ações dos comitês de diversidade religiosa e dos fóruns de diversidade religiosa.

Álvaro Loureiro, analista de pastoralidade da Católica, participou do encontro e reforçou o compromisso da Católica com as demandas ali apresentadas. “O espaço universitário, por si só, é espaço de diversidade. A UCB é lugar que promove uma educação que contribui para uma ética de relações, baseada no reconhecimento e importância do respeito a todas as tradições religiosas”. Álvaro considera que “precisamos eliminar em nosso meio a cultura de ódio instalada no País e reforçar as palavras do monge Marcelo Barros, para quem ‘a diversidade representa a beleza de Deus’”.

O encontro contou com a presença do Secretário Nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, e representantes de várias tradições religiosas. Na ocasião, destacou-se o crescimento dos casos de intolerância no País nos últimos cinco anos. Segundo informações da própria secretaria, 33% dos casos de intolerância envolvem questões raciais. As pessoas que mais sofrem são pertencentes a religiões de matriz africana. Também se reforçou a importância do papel do Estado no enfrentamento desse grande desafio. “Deve haver uma resposta institucional que enfrente e garanta os marcos legais e normativos”, afirmou o Secretário.

Alguns representantes de tradições religiosas afirmaram que mesmo que existam dispositivos legais que protejam a liberdade religiosa, ou seja, o fato de o direito estar assegurado, persiste a falta de respeito, a intolerância e o não entendimento para determinados setores do que significa viver em um país laico. É uma questão da sociedade como um todo.

Publicado por Samuel Siqueira
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