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Organizada pela Central Única das Favelas (CUFA DF) e pelo Projeto S.A, a Expo Favela Brasília 2024 celebrou o empreendedorismo e a cultura das favelas e das periferias do Distrito federal, no último fim de semana, no SESI Lab, no Plano Piloto, com o apoio da Universidade Católica de Brasília e de outras instituições. A programação, diversa e gratuita contou com mesas de debate, workshops, exposição fotográfica e show do grupo Benzadeus, reunindo quase 2 mil participantes. Durante o evento, o público teve a oportunidade de conhecer os processos de bolsas sociais da UCB.
Na abertura do evento, na sexta-feira (15), o pró-reitor administrativo da UCB, Weslley Sepúlvida destacou a aproximação da instituição ao movimento por meio da educação. “A missão da UCB está voltada à formação integral das pessoas. Participaremos da Expo Favela especialmente com as bolsas sociais, disponibilizadas à comunidade”, indicou.
Na ocasião, Sepúlvida ressaltou a importância do debate acerca da economia criativa, e mencionou a elaboração da pesquisa Panorama da Economia Criativa do Distrito Federal, feita nos anos 2022 e 2023 por um grupo de pesquisadores do Mestrado em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB, fomentado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF).
“Os pesquisadores estiveram em todas as regiões administrativas do DF para investigar, identificar e analisar vocações e competências no contexto da economia criativa, com vistas à promoção da mudança na matriz econômica da região. E vocês são o que há de melhor da economia criativa. Entender esse universo, criar, fazer o negócio e ligar o empreendedorismo à educação, à economia e à inovação depende de criatividade. E aqui emana criatividade. É é o que vemos em todos os lados aqui”, ressaltou Weslley Sepúlvida.
“O futuro das economias emergentes: Perspectivas do G20 para empreendedores da favela” foi o tema de debate da Mesa 08, no domingo (17), com a presença dos professores da UCB Alexandre Kieling e Priscila Caneparo, dos programas de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação Criativa e em Governança, Tecnologia e Inovação, respectivamente; e de Alexandre Villain, secretário-executivo da SECTI-DF, e Ariadne Ribeiro, oficial de igualdade do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS no Brasil (Unaids).
O debate incluiu abordagem acerca das estratégias globais e como elas podem ser aproveitadas pelos empreendedores da favela para alavancar seus negócios. Foram levantados pontos cruciais sobre como o cenário internacional pode criar novas oportunidades e fomentar a inovação nas favelas e comunidades urbanas do DF, levando a um futuro mais próspero e conectado.
Durante os dois dias, o palco principal sediou mesas de debates e talk shows com temas como inovação, economia criativa, responsabilidade social e o futuro das economias emergentes. As mesas contaram com especialistas, empresários, produtores culturais e comunicadores, discutindo questões essenciais para o crescimento dos empreendedores periféricos. No total, 40 negócios de regiões como Paranoá, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Itapoã e Recanto das Emas tiveram a oportunidade de expor e apresentar seus produtos, mostrando a diversidade e a criatividade que emergem das favelas do DF.