O projeto Stay Tech Edu, da Universidade Católica de Brasília (UCB), vai oferecer oficinas de robótica para alunos de escolas públicas e privadas, utilizando os laboratórios da instituição. Na primeira fase, o projeto contempla estudantes do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit) e da Escola Salesiana Brasília. As oficinas terão duração de um ano. Ao final, os participantes deverão apresentar soluções para problemas práticos, como mudanças climáticas, violência e saúde pública. O financiamento é da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF).
No primeiro semestre, os estudantes terão aulas de robótica, eletrônica e programação. No segundo semestre, serão organizados em grupos e receberão verba para desenvolver projetos relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU. Cada grupo será responsável por administrar seu orçamento, sob orientação dos professores. Segundo a coordenadora do projeto, professora Pricila Kohls-Santos, a metodologia proporciona, “além do desenvolvimento de habilidades técnicas, a capacitação em outras competências requisitadas pelo mercado de trabalho, como gestão financeira, gestão de equipes e gestão de projetos”.
Os participantes terão acesso aos laboratórios da UCB para aplicar o que aprenderem nas oficinas e para desenvolverem os projetos propostos. Grupos que trabalharem com soluções para saúde pública, por exemplo, poderão utilizar os laboratórios de saúde e interagir com estudantes universitários, professores e pesquisadores. O mesmo recurso estará disponível para outras áreas, como tecnologia, esportes e comunicação.
A coordenadora pedagógica do ensino médio da Escola Salesiana Brasília, Eliane Moreira, conta que a experiência representa um grande diferencial na formação dos alunos. “Eles vão ter contato com outras pessoas, outras realidades. O ambiente universitário, o clima da universidade, a experiência. Então isso já é o maior ganho, além da certificação que eles terão aqui pela Católica, de 100 horas na área de tecnologia.”
Gabriela Dias, 15 anos, faz a primeira série do ensino médio e está entusiasmada com o que vem pela frente. Ela pretende ser arquiteta e vê no Stay Tech Edu uma oportunidade aprender algo útil para a vida profissional. Para ela, o projeto “cria novas oportunidades, porque a gente já sai da escola tendo a certeza daquilo que a gente quer ser, especialmente agora, no tempo em que tudo envolve tecnologia”.