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Bezerra falou do Distúrbio Bipolar do Humor, que é caracterizado pela variação extrema do humor, um distúrbio com hiperatividade seguida com depressão, alucinações, irritabilidade, insônia, aumento do consumo de drogas, bebidas alcoólicas entre outros. Van Gogh teve grandes alterações na sua saúde, o distúrbio o levou ao alcoolismo fazendo com que consumisse de forma exagerada uma das bebidas mais fortes, feita com a planta absinto ou erva Artemisia absinthium.
O uso excessivo da bebida de absinto agravou no pintor um distúrbio visual conhecido por Xantopsia, caracterizado por objetos observados parecerem amarelados. Os sintomas do distúrbio bipolar do humor ainda são os mesmos da época de Van Gogh, mas infelizmente ainda não há cura. “Se Van Gogh fosse vivo hoje, teria como tratar o distúrbio com medicamentos especiais”, disse o professor Armando Bezerra.
A idéia de o professor apresentar a história de Van Gogh teve como objetivo ensinar sobre as doenças para os estudantes de Biomedicina de forma mais criativa e clara. “É interessante mostrar como uma pessoa que teve grandes problemas na saúde fez obras excelentes como Van Gogh”, disse Angelo Fontanelle, 6º semestre de Biomedicina.
A palestra fez parte do IV Simpósio de Biomedicina da Universidade Católica de Brasília, que encerra hoje, 19 de novembro, no Campus I.