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Criada na cidade de São Paulo, em 1936, a primeira escola de Serviço Social no Brasil, teve influência do ensino religioso, vinculada ao Centro de Estudos e Ação Católica. Para comemorar este marco, a XI Semana Serviço Social teve como tema os avanços e retrocessos da profissão. Realizado pelo curso de Serviço Social da Universidade Católica de Brasília (UCB), o evento ocorreu entre os dias 3 e 5 de maio, no Auditório do Bloco K.
A abertura da semana acadêmica contou com a participação do Conselho Regional de Serviço Social 8ª Região (CRESS-DF) no dia 3 de maio. No dia 4 de maio, a mesa redonda discutiu os desafios do assistente social na garantia dos direitos no espaço do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A assistente social do setor de análise psicossocial de Brasília do órgão, Quezia Cruz Moreira, explicou sobre o trabalho do MPDFT no combate à violação de direitos e de políticas públicas. “No assessoramento aos promotores de justiça, os profissionais atuam nos interesses coletivos e estão aptos a fazer estudos sociais, estudos macros das políticas sociais e perícias. É necessário mostrar como o assistente social dialoga com a garantia dos direitos quando a política social e pública é insuficiente, ou seja, o promotor deve atuar”, disse.
Já a palestrante Fabrícia da Hora Pereira, também assistente social do MPDFT, trouxe um debate sobre a atual conjuntura econômica e política e suas repercussões para o exercício profissional. “Como as relações sociais interferem diretamente? Como as categorias se organizam? Quais respostas elas podem dar a essa realidade social? De um lado você tem a perda dos direitos dos trabalhadores e do outro um controle muito grande da população em relação à pobreza. O assistente social tem um chamado para atuar nessas expressões sociais, pois englobam o aumento do desemprego e diversas formas de violação vindas do capitalismo da exploração”, questionou.
Mesmo a regulamentação da profissão tendo ocorrido mais tarde, por meio da Lei nº 3.252/57, neste período, tanto o curso como a categoria profissional passaram por grandes transformações. A professora do curso na UCB, Karina Aparecida Figueiredo, destacou que a semana faz parte de uma série de ações que acontecem na Universidade em comemoração ao dia do assistente social, 15 de maio. Segundo ela, “Nossa semana foi pensada para marcar os 80 anos da profissão no Brasil e, este ano, representa um marco dentro do calendário das ações do assistente social, que é dia 15 deste mês. Nosso objetivo é manter o diálogo e trabalhar mais a reflexão com estudantes, profissionais e colegas que atuam em diversas áreas para trazer quais são os avanços e desafios nessa trajetória”.