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O Perfil Educador UCB está de volta e esta semana temos Guilherme Máximo Xavier, professor e mestre do nosso curso de Odontologia e da Formação Básica da área da saúde, no Câmpus Taguatinga.
Nosso professor Guilherme é natural de Patos de Minas-MG e se mudou para Brasília-DF em 2006 para cursar Odontologia na Universidade Católica de Brasília (UCB). Como retratado pelo professor, sua jornada até se tornar professor da UCB foi árdua, mas já vem rendendo bons frutos: “era um adolescente pobre, consegui uma bolsa integral do PROUNI, me formei e após mestrado na área de Saúde Coletiva, me tornei professor da UCB”.
Guilherme é professor na Católica desde 2014 e atua no ensino, pesquisa e extensão nas áreas de Bases Biológicas Aplicadas à Odontologia (anatomia de cabeça e pescoço, microbiologia bucal, histologia e embriologia bucal) e de Saúde Coletiva (Práticas em Saúde Coletiva e Saúde Coletiva em Odontologia). As atividades ministradas, segundo ele, envolvem sempre aulas dinâmicas e interativas, metodologias ativas de ensino e aprendizagem e diálogo com os estudantes, para melhor aproveitamento dos conteúdos compartilhados.
Quando questionado sobre o motivo pelo qual decidiu lecionar na UCB, ele respondeu: “primeiramente fui estudante da UCB. Logo que me formei, trabalhei para o antigo Hospital da Universidade Católica de Brasília (HUCB), no setor particular de Odontologia. Fiz mestrado e dava aulas como professor temporário na Escola Técnica de Planaltina, para os cursos de Auxiliar e Técnico em Saúde Bucal. Quando terminei o mestrado, a UCB disponibilizou uma vaga na minha área e decidi participar do processo. Decidi ser professor na UCB como uma forma de devolutiva do financiamento que o Estado me proporcionou nos estudos. Escolhi a Saúde Coletiva por ser a área mais humana e social da saúde, que tenta transformar a realidade das pessoas e fazer um mundo melhor”.
Seu amor pela docência pode ser constatado pelos relatos de dois estudantes da disciplina “Bases Biológicas Aplicadas à Odontologia”, ministrada por Guilherme:
“O Guilherme é disparado o professor mais engraçado que eu tive até agora, ele deixa a aula leve e bem mais tranquila. Além de sempre ser bem atencioso com todos”, relata Rômulo Baqui. Já o estudante Igor Buchala, diz que o “professor é, visivelmente, um profissional totalmente dedicado em tudo que faz. Costuma conversar com a turma, motivando a todos, destacando sempre a nossa capacidade de aprender e aprofundar cada vez mais o nosso conhecimento. Um grande exemplo para nós estudantes e é simpático com todos em sala de aula”.
Fora do universo acadêmico nosso professor Guilherme é amante da arte: “amo artes de todos os tipos. Pinto quadros, escrevo textos, poesias… Gosto bastante de atividade física e de curtir a natureza. Amo fazer trilhas, visitar cachoeiras do nosso cerrado. Sou um defensor da vida simples, sou humilde, gosto de valorizar o meu planeta e as coisas simples da vida. Adoro sair com os meus amigos e com minha família”.
Seu filme favorito é um longa-metragem iraniano, chamado “Children of Heaven“, em tradução livre “Filhos do Paraíso”, que conta a história de dois irmãos pobres que tinham que dividir um par de tênis. “Eu acho linda a inocência e a pureza das crianças. O filme me marcou, pois as derrotas não existem… São apenas peças para o nosso desenvolvimento aqui na Terra. Pintei um quadro da cena final desde filme. Esse longa é simples, mas ele é maravilho.
Minha música favorita é “Every Teardrop Is a Waterfall“, do Coldplay, por conta do trecho: “Maybe I’m in the black, maybe I’m on my knees Maybe I’m in the gap between the two trapezes But my heart is beating and my pulses start Cathedrals in my heart“, que significa “Talvez eu esteja no escuro, talvez eu esteja de joelhos / Talvez eu esteja na lacuna entre os dois trapézios / Mas meu coração está batendo e o meu pulso acelera Catedrais no meu coração”.
O professor ainda ressalta: “talvez você esteja na lacuna entre os trapézios, demorei muito para entender essa parte. Ela fala do trapezista que solta a barra para apanhar a outra barra do trapézio. É preciso ter muita coragem para soltar a barra e entender que o seu coração está batendo e você está vivo e é muito feliz diante de uma situação-problema! ”.
Já seu livro de cabeceira, atualmente é “Momentos de Reflexão”, do Chico Xavier. Sua comida favorita é a mineira, “comida bem temperada”, e sua cor predileta é azul, “pois é uma cor espiritual, celeste e do equilíbrio”. No que diz respeito às manias, ele não esconde: roer unhas, “vivo me policiando”.
Quando questionado sobre seus ídolos, ele foi categórico: “primeiramente meu pai, minha mãe e meu irmão. Pessoas incríveis que me ensinaram tudo sobre o amor. Em seguida, Deus e seus grandes discípulos: aqui entra Cristo, por exemplo. Por último, pessoas humildes e simples. Admiro o dia a dia dos verdadeiros guerreiros que plantam a comida que ingerimos e que fazem a sociedade existir”.
Perguntado sobre a viagem que marcou sua vida, Guilherme respondeu: “a viagem mais linda não foi para curtir, foi para o projeto Rondon, quando eu era estudante da UCB, no último semestre de Odontologia. Eu fui para a Operação Catirina, em Nina Rodrigues – MA, em julho de 2010, poucos dias antes de colar grau. Foram 21 dias de amor, conheci pessoas incríveis de outros cursos, vi a realidade dura de comunidades que não tinham nem água potável, pude perceber que essas pessoas estavam pobres de bens materiais, mas eram ricas de humanidade. Isso foi o ápice para que eu escolhesse a docência e a área de Saúde Coletiva como meu objeto de estudo e ação no mundo”. Sobre sua viagem dos sonhos, ele nos disse que seria ir para lugares paradisíacos e também para a Europa.
Como podemos ver, nosso professor Guilherme é um “Máximo”, não é mesmo?! Hahaha. Amante da simplicidade e da boa comida mineira, Guilherme é um ótimo exemplo de superação para aqueles que procuram mudar sua realidade, e a mensagem que fica é: “as derrotas não existem… São apenas peças para o nosso desenvolvimento. É preciso ter muita coragem!”.
O Perfil Educador UCB desta semana fica por aqui, até a próxima!
Escrito por Maycon Oliveira.