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Por Letícia Martins – Olfato Comunicação
A Mostra Audiovisual marcou o segundo dia do III Festival da Economia Criativa, realizado nesta terça-feira (24), na Universidade Católica de Brasília. Com a exibição de 20 curtas-metragens produzidos por alunos dos cursos de Cinema e Mídias Digitais, Design Visual, Publicidade e Propaganda e Jornalismo, o evento destacou a diversidade e o talento da nova geração. A apresentação foi conduzida pela jornalista Márcia Witczak, aluna do mestrado em Comunicação e Economia Criativa.
O curta “Frutos da Memória”, da aluna de Design Visual Laura Tiemi Fugita, chamou atenção na abertura. O filme, desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), foi um dos 46 inscritos avaliados por uma curadoria formada por quatro professores, que analisaram critérios como narrativa, estética, temática e técnica.
Os curtas exibidos exploraram diversos gêneros, incluindo documentário, VT publicitário, drama, romance e humor. A orientação foi feita pelos professores Alex Vidigal, Leonardo Ribeiro, Raphael Cardoso, Clarissa Motter e Kelly Quirino.
Carla Valéria, estudante de Cinema responsável pela direção de fotografia do curta “Gume”, destacou o trabalho em equipe como um dos pontos fortes do projeto: “Trabalhamos em um grupo muito bom, com 17 pessoas no set. Convidamos até profissionais externos, o que enriqueceu bastante a criação, trazendo diferentes ideias e olhares”. Ela também ressaltou a importância de eventos como a mostra para o curso, que começou em 2023: “Muita gente ainda nem sabe que o curso existe. Esses eventos dão visibilidade e mostram o valor da produção audiovisual, que muitas vezes é banalizada.”
Para o professor Leonardo Ribeiro, a mostra é fundamental para o festival: “A ideia é dar visibilidade ao potencial criativo dos alunos e abrir caminho para outras exibições e festivais.”
Enquanto isso, o Bloco Central da universidade recebeu a Feira Criativa, que reuniu trabalhos de alunos da disciplina de Economia Criativa e expositores externos. Entre os destaques estavam o projeto Pop ao Cubo, coordenado pelo professor Ciro Marcondes, que mapeia a produção da cultura pop no DF, e o Kimera Audiovisual, uma plataforma colaborativa para profissionais da comunicação, além de obras visuais e artesanais de artistas locais.
A professora Kelly Quirino ressaltou o papel do festival para fortalecer a identidade da universidade: “Queremos nos consolidar como referência em economia criativa. É fundamental que a comunidade acadêmica conheça o que estamos desenvolvendo nos cursos de comunicação.”
Para Eri Noire, estudante de Design Visual e integrante do Pop ao Cubo, o evento traduz o espírito local: “Brasília é vista como uma cidade sem graça, mas queremos mostrar o contrário: aqui há arte, cultura e gente talentosa fazendo muito com pouco.”
A programação do festival pode ser conferida em feconomiacriativa.catolica.edu.br e segue até sexta-feira (27), com diversas atrações dedicadas à economia criativa e à produção acadêmica dos cursos de comunicação.