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2016
fev
25
Geral

Impulso na carreira por meio da Iniciação Científica

Após uma jornada de muita dedicação, estudos na Graduação e no Mestrado, aos 26 anos, Isabel Cristina Marques Fensterseifer faz doutorado na Universidade de Brasília (UnB). Graduada em Farmácia, pela Universidade Católica de Brasília (UCB), Mestre em Patologia Molecular pela UnB, Isabel conta que o desejo de ser pesquisadora veio antes mesmo de ser universitária. “Eu sempre quis fazer pesquisa. Já sabia que eu ia estudar na UnB ou na UCB, pois nenhuma outra instituição do DF era capaz de me oferecer isso”, lembra. “Escolhi a Católica porque tive boas referências dos meus amigos”, complementa.

Na UCB, Isabel fez pesquisa do terceiro ao último semestre da graduação. Enquanto caloura buscou conhecer a universidade, os professores; no segundo semestre pediu apoio aos professores em seus projetos e no terceiro semestre iniciou a pesquisa com o professor Dr. Octavio Franco, na Iniciação Científica (IC). Durante a graduação, Fensterseifer coleciona a publicação de três artigos, a participação em quatro congressos e os estágios que compõem a carga horária obrigatória do curso de farmácia. Os estágios em drogarias e farmácias hospitalares deram a certeza de que Isabel Cristina não nasceu para o mercado. “Os estágios foram importantes para eu ter certeza daquilo que queria”, reforça.

Mesmo doutoranda na UnB, Isabel passa parte da dedicação à sua tese no Laboratório de Bioensaios da Católica de Brasília. Para ela, vestir o jaleco branco e estar no laboratório é uma realização. E, segundo ela, o ambiente acadêmico continuará seu ambiente de trabalho por muito tempo. “Tudo se caminha para a docência. Eu sei que a carreira de pesquisador é difícil e pouco valorizada no Brasil, mas eu me realizo quando estou no laboratório, na sala de aula”.

A descoberta de um mundo novo

Ao contrário de Isabel que entrou na universidade com o objetivo de ser pesquisadora, Vinícius Gomes de Oliveira, formando de Engenharia Ambiental, conta que “caiu de paraquedas” na Iniciação Científica (IC). “Foi uma descoberta pra mim. Eu pensava que fazer pesquisa era apenas para quem queria seguir uma carreira acadêmica e, não é nada disso. Até para quem pretender ter um bom posicionamento no mercado é bom passar por essa experiência”, afirma. O futuro engenheiro pretende trabalhar com mineração fora de Brasília e fala que a pesquisa feita na IC é fundamental para alcançar uma vaga neste mercado. Há dois anos e meio Vinícius desenvolve uma pesquisa de análise molecular, dentro da engenharia de reconstrução de solos. O estudante tem como foco de estudo solos minerados do cerrado e usará sua pesquisa como base para a publicação do artigo no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Vinícius Gomes foi bolsista de IC por dois anos e fechará mais um ano como voluntário. O formando afirma que encontrou na pesquisa um outro universo. “A pesquisa não tem fim. O conhecimento não tem fim. Quando você começa pesquisar, você começa a conhecer outra realidade”, ressalta. Porém, para ele, a descoberta do conhecimento “não é fácil” e, como vivência no curso, muitos estudantes desistem ou trocam a pesquisa por uma bolsa de estágio. Uma realidade que para ele não compensa. “As vezes dá vontade de desistir, mas a vontade de aprender e a referência dos professores me incentiva. “Quando estou pesquisando eu aprendo a lidar com o outros profissionais e eu percebo que quando estamos envolvidos em um projeto somos todos iguais, desde o estudante universitário à um professor com pós doutorado, somos todos pesquisadores e cada um na sua individualidade tem muito a me oferecer”, concluiu.

Iniciação Científica – Inscrições Abertas

Os interessados em concorrer às bolsas de IC, o prazo de inscrição vai até o dia 29/02. Este semestre são 80 bolsas com mensalidades de R$ 400 para os projetos selecionados. Confira o edital e não perca essa oportunidade!

 

Publicado por Tiago Mendes
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