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O Projeto desenvolvido pelo Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF), é pioneiro no Distrito Federal e está sendo realizado desde maio do ano passado. É o primeiro estudo com registro cartográfico, fotográfico, levantamento de dados específicos como vazão de água, e diagnóstico da situação de nascentes na Bacia do Mestre D’Armas.
Vandete Inês Maldaner, coordenadora do Projeto de Monitoramento das Nascentes, expôs aos estudantes da UCB a metodologia aplicada, dados analisados e as experiências da equipe durante as três etapas do Projeto e a importância da realização do Projeto. “São 50 nascentes com características distintas que estão sendo localizadas, diagnosticadas e, posteriormente, serão monitoradas.
O trabalho já apresenta algumas recomendações preliminares como, por exemplo, a recuperação e monitoramento das nascentes; intensificação de campanhas de educação ambiental e reforço de medidas de prevenção de incêndios florestais”, explicou Vandete.
Durante a palestra a servidora do IBRAM também abordou o Programa Adote uma Nascente (PAN). Criado em 2002, o PAN tem o objetivo de recuperar as nascentes, afloramentos naturais do lençol freático, preservar e conservar as nascentes que mantém suas características naturais. Segundo ela, o Programa Adote uma Nascente tem sido exemplo para outras instituições. “Espírito Santo, Minas Gerais e Mato Grosso são estados que desenvolveram ações similares ao nosso Programa”, afirmou.
Gustavo Souto Maior, presidente do IBRAM, também participou da VII Semana de Engenharia Ambiental da UCB. Ele falou sobre as questões ambientais no Distrito Federal e exemplificou aos estudantes situações analisadas e desempenhadas pelos servidores do IBRAM diariamente durante as atividades de trabalho.
Dados apresentados pelo presidente do IBRAM mostram que aproximadamente 93% de todo o território do DF está situado em áreas de proteção ambiental. Porém apenas cinco unidades de conservação, localizadas nas zonas núcleo da Reserva da Biosfera do Cerrado estão totalmente protegidas. São elas: Estação Ecológica de Águas Emendadas, administrada pelo IBRAM, Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília, Parque Nacional de Brasília, Estação Ecológica do IBGE e Fazenda Água Limpa da UNB. “Cerca de 70% de toda a vegetação nativa do Cerrado já foi devastada desde a inauguração de Brasília. A expansão urbana é a principal causa”, ponderou Souto Maior. Na ocasião, ele também falou sobre o licenciamento ambiental, a fiscalização, as unidades de conservação, legislação ambiental, alternativas de mobilidade urbana e o lixo produzido diariamente na cidade.
A oitava edição da Semana de Engenharia Ambiental da Universidade Católica de Brasília segue até o dia 30 de outubro com minicursos, palestras, apresentações de trabalhos, visitas técnicas, debates e oficinas.
Thaís Alves – IBRAM