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2024
jul
03
Criatividade

Economia criativa: UCB promove debates sobre o tema em festival

Com estudos aprofundados acerca da economia criativa em contextos nacional e internacional, a Universidade Católica de Brasília (UCB) é uma das principais referências na temática, ao contribuir com pesquisas e articulações nos últimos anos, como a elaboração do Panorama da Economia Criativa do DF. Com reflexões no dia a dia sobre o tema em sala de aula, mestrandos e graduandos dos cursos de Comunicação, orientados por corpo docente especializado no assunto, avançam em estudos, engajados em dinâmicas que ultrapassam os muros do ambiente acadêmico.  

Nas últimas semanas, uma força tarefa, que refletiu uma soma de esforços, envolveu todo o Campus no II Festival da Economia Criativa, promovido pela UCB, entre os dias 12 e 21 de junho, com o financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Entrelaçadas, prática e teoria tiveram o mesmo peso, a mesma importância. Foram criados espaços de diálogo acerca da criatividade, dos desafios de vivências com a inteligência artificial e robôs, das oportunidades na cena criativa, entre outras especificidades que perpassam os cursos de Jornalismo, Design Visual, Publicidade e Propaganda e Cinema, além de outras áreas.

Novos ares

“É extremamente gratificante participar do festival. Como estudante, particularmente apaixonada por estudar e sentir a cultura, estar inserida em evento de tamanha diversidade, complexidade e conteúdo tem me agregado muito como pesquisadora e trazido realização pessoal”, destaca Catarina Lins, estudante do 3º semestre do curso de Jornalismo da UCB, ao apontar que a economia criativa já fazia parte da vida dela, ainda que não tivesse dimensão disso anteriormente. “Amei a economia criativa desde o primeiro semestre e eu realmente amo muito o evento desde o ano passado.”

Com o sentimento de conexão com a arte há anos, Catarina expõe a importância do aprendizado acerca dessa temática no amadurecimento intelectual. “Por meio do estudo da economia criativa, percebi que podia trabalhar com cultura sendo jornalista e que isso ia me fazer muito feliz”, aponta, ao indicar apreço ao evento. “Agradeço a Universidade Católica de Brasília por me fazer enxergar como me insiro nela e todo seu potencial desde o ano passado, quando ingressei na universidade. Estar em contato com manifestações culturais como as aulas, oficinas, exposições e feiras oferecidas para os estudantes durante o festival me fizeram entender como eu queria construir minha carreira no jornalismo”, complementa. 

Diálogo

Com foco em promover a interface academia-sociedade-mercado. Os públicos interno e externo tiveram a oportunidade de conferir atividades pedagógicas e apresentações de trabalhos científicos, artísticos e comerciais. A programação incluiu feiras de artesanato e de quadrinhos, exposições, mostra audiovisual, oficinas, palestras com nomes renomados da cena criativa, hackathon, colóquios, entre outras atrações. O evento agregou a III Semana do Design, com reflexões e debates acerca da profissão; o VIII Interprogramas, fórum de pesquisa que permitiu a troca de conhecimentos entre mestrandos; e o V Congresso de Economia Criativa e Comunicação (CONECOM), que ofereceu aos graduandos palestras e oficinas gratuitas.

“O propósito do festival foi atingido”, indica o professor Dr. Alexandre Kieling, coordenador do programa de Mestrado em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB. “Conseguimos movimentar toda a universidade. Dentro do CONECOM, por exemplo, tivemos as apresentações dos trabalhos finais dos estudantes das disciplinas relacionadas com a economia criativa e a estética. O resultado foi absurdamente fantástico. Conseguimos trabalhar a perspectiva da economia criativa como um campo científico com espaço para debate, articulação e discussões teórica e metodológica envolvendo várias disciplinas que têm relação com a criatividade”, indicou ao mencionar a temática central do evento voltada à inteligência artificial e à relação da criatividade com as tecnologias.

Estiveram presentes nas discussões os palestrantes Gilson Schwartz, Alexandre Messina, Ana Arruda, Camila Siren, Cassiano Sampaio, Marcelo Canellas, David Gunkel, Renata Morais, Roberta Mandelli, Reinaldo Gomes, Caetana Franarin, Beatriz Chaves, Beatriz Ramos, Bárbara Fragoso, Gabriela Fonseca e Marcela Rocha.

Design criativo 

Para a estudante Laura Tiemi, do 4º semestre do curso de Design Visual, o festival representou um marco na história da Cajuí Collab, empresa júnior da UCB a qual atua, no ramo de consultoria em inovação e tecnologia a empresas, com metodologias ágeis e colaborativas. “Junto à produção da III Semana do Design, toda a nossa equipe esteve empenhada desde o início, atuando em diversas frentes e entregando resultados incríveis. Ficamos felizes em saber que os eventos do festival foram um sucesso”, destaca, ao mencionar o trabalho coletivo dos corpos docente, discente e das outras empresas juniores da UCB, como a Matriz, do curso de Publicidade e Propaganda, e a Olfato, composta por estudantes de Jornalismo. “Agradecemos imensamente a todos os envolvidos nesse projeto ambicioso e esperamos resultados ainda melhores e maiores nas próximas edições”, complementa.

Maratona

Durante o festival, ocorreu a 1ª edição do Hackathon Júnior da UCB. “O desafio para os competidores foi elaborar um protótipo de comunicação estratégica para as empresas juniores da universidade”, explica o professor Mário Braga, coordenador de TI e Infra no Programa Apple Developer Academy. Segundo ele, o plano deveria contemplar um protótipo para ser usado nas diversas redes sociais e que buscassem promover a maior visibilidade e atratividade para EJ. Seis grupos disputaram os prêmios. A equipe vencedora foi a “Senhoritas Byte”, composta pelas estudantes Larissa Kailane, Débora Rezende, Kézia Silva e Keitiely Silva.

A “CAPs” ficou em segundo lugar, incluindo os estudantes Yasmin Rezende, Júlia Gabriela Gomes, Raquel Clemente, Vinícius de Oliveira e Gustavo Felipe Nunes.  O grupo “SP Projects” ocupou a terceira posição, ao integrar Nicole Freitas, André Luiz, Victor Emanuel e João Pedro Alcântara. A premiação aconteceu no encerramento do festival, no auditório do Bloco M. “Com o sucesso alcançado, o hackathon certamente será incorporado ao programa dos próximos festival trazendo um clima de disputa saudável entre os estudantes e inovando cada vez mais nos desafios”, garante Braga.

Comunicação criativa

“O festival é um movimento para mobilizar a graduação e pós-graduação, toda a universidade, os seus parceiros e interlocutores sociais e políticos. É uma mobilização interna do campo da economia criativa envolve várias disciplinas. Tivemos o envolvimento dos cursos mais vinculados à área da comunicação, além de gastronomia, arquitetura e TI, que participaram do Hackathon e se envolveram diretamente a essas atividades”, conta Alexandre Kieling, professor nos cursos de Cinema e Mídias Digitais, Jornalismo e do Mestrado em Inovação em Comunicação e Economia Criativa

“Resultado de um esforço coletivo, e contando com o protagonismo de alunos e alunas dos cursos de Cinema, Design visual, Jornalismo e Publicidade da UCB, o evento foi um importante momento de diálogo e integração entre comunidade acadêmica, mercado e a cena artística do DF. O compartilhamento de experiências e o aprendizado conjunto por meio de mesas redondas, oficinas, mostras e apresentações  de pesquisas desenvolvidas em diversos Programas de Pós-graduação do Brasil e exterior, sem dúvidas  fortalece, de forma significativa, o debate em torno do campo da Economia Criativa e sua transdisciplinaridade”, ressalta Clarissa Motter, professora nos cursos de Comunicação e no Mestrado em Inovação em Comunicação e Economia Criativa.

“O Festival da Economia Criativa foi concebido como uma espécie de Fête de la Musique francesa ou uma Virada Cultural, explorando a ideia de um grande evento com uma programação extensa, mas condensada em um curto espaço de tempo. O festival tem o objetivo mobilizar e movimentar o campus de Taguatinga da UCB, estimulando a criatividade e demonstrando o potencial artístico e criativo dos cursos. Sonhamos que esse sentimento de pulsão criativa cresça e inspire cada vez mais nossos alunos”, indica Leandro Bessa, professor nos cursos da graduação de Comunicação e do Mestrado em Inovação em Comunicação e Economia Criativa.

“O Festival é um instrumento para gerarmos sinergia entre a universidade e o setor produtivo, mas também estamos trabalhando parcerias entre Gastronomia, Arquitetura, TI e Comunicação. A tendência é que esses cursos se aproximem mais: o que é a força das nossas graduações, alunos, professores e universidade”, aponta Robson Borges Dias, coordenador dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda professor nos cursos de Comunicação e do Mestrado em Inovação em Comunicação e Economia Criativa.

“A experiência foi bastante rica, com uma programação muito diversificada,  com palestras, oficinas, feiras de quadrinhos, exposições de trabalhos de estudantes. O evento abordou temas transversais e atuais, importantes para a nossa área. Houve uma integração de todos os cursos da comunicação, das empresas juniores, e também com outros cursos da instituição. Os estudantes foram os protagonistas do evento, mobilizando, organizando e participando de cada etapa, dando vida e sentido aos nossos cursos”, evidencia Eliane Muniz Lacerda, coordenadora dos cursos de Cinema e Mídias Digitais e Design Visual e professora nos cursos de Comunicação.

“Foi uma experiência transformadora. A programação foi incrivelmente variada. Foi um ambiente intenso e dinâmico, onde todos os participantes puderam trocar experiências e conhecimentos. Tenho certeza de que todos saíram inspirados pelas áreas da economia criativa”, relata Monica Maranha Paes de Carvalho, professora nos cursos de Cinema e Mídias Digitais e Design Visual.

“Acredito que o Festival de Economia Criativa torne os alunos de comunicação protagonistas de algo que estudaram! Não se trata só de teoria e prática, mas agente monetário de uma expertise que é sua. Isso intermediado pelas internet e tecnologias de comunicação. Daí a UCB viu longe! Abre espaço para esse protagonismo e incentiva sua continuidade com o Festival, tanto pela palestras como no espaço da feira para trazer seus talentos”, observa Alex Vidigal, professor nos cursos de comunicação.

“Foi uma grande iniciativa dos cursos de Comunicação e do Mestrado Profissional Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB, porque conseguiu justamente unir preceitos que são acadêmicos com atividades que às vezes parecem deslocados da rotina universitária. Shows com bandas de rock, feira de histórias em quadrinhos, exposições das disciplinas práticas dos alunos e mostras de audiovisual se uniram ao colóquio acadêmico Interprogramas e às palestras nacionais e internacionais do Conecom, assim como a oficinas e às atividades da semana do design, para dar uma bela amostra ao campus e à comunidade a respeito de como se deve integrar vida universitária e sociedade. Tudo isso sob o guarda-chuva da Economia Criativa, que é justamente a ideia que permite uma circulação de bens e valores ao redor do fazer criativo, das ações institucionais e da economia como um todo. Um evento memorável que deve ser repetido e fortalecido nos próximos anos”, ressalta Ciro Marcondes, professor nos cursos de Cinema e Mídias Digitais e do Mestrado em Inovação em Comunicação e Economia Criativa.

 

Publicado por Bárbara Fragoso
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