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Parceria entre a UCB e Universidade de Göttingen propõe adaptações curriculares para dupla certificação e capacitação dos estudantes no idioma germânico
Os estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Católica de Brasília (UCB) terão a oportunidade de obter dupla certificação em seu processo de formação, com diploma da profissão válido na Alemanha. Essa é a proposta de uma parceria com a Universidade de Göttingen (UMG), que conta com o apoio do Ministério da Saúde e do Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais alemães. O acordo teve início em junho, durante visita do ministro alemão às instalações da UCB. O projeto foi estruturado no início deste mês em uma viagem do reitor da UCB, Carlos Longo, e da coordenadora-geral de Relações Institucionais e Mercado, Rossana Balestra ao país europeu.
“A ideia é fazermos uma parceria entre a UCB e a Universidade de Göttingen em que nossos alunos de enfermagem tenham a oportunidade de obter uma dupla certificação (UCB e UMG), que os qualifica para trabalhar no Brasil ou, ainda, aos que se interessarem, para ingressar no mercado alemão”, explica Rossana.
Entre outros assuntos, a viagem à Alemanha, realizada de 26 de novembro a 3 de dezembro, foi necessária para definir os ajustes acadêmicos necessários aos currículos para que a dupla certificação se torne viável. Realizados os ajustes, a previsão é que a carta de intenções do programa seja assinada no final de fevereiro, quando a Católica receberá uma comitiva da UMG.
Dupla Certificação
Os estudantes de Enfermagem que desejarem obter a dupla certificação terão aulas do idioma alemão do quinto ao oitavo semestre do curso. Quando finalizarem a formação na UCB, ainda terão mais seis meses de curso intensivo de alemão e de cultura alemã.
Com o reconhecimento do diploma da UCB pela UMG, aqueles que atingirem a proficiência B2 da língua (requisito para a residência), serão selecionados para irem até a Alemanha fazer uma residência de 6 meses no hospital da Universidade. Ao final da residência, há a possibilidade de ingressar no mercado de trabalho alemão.
A coordenadora explica que a ideia é abrir 20 vagas por semestre, a partir do segundo semestre de 2024, para início dos estudos da língua no primeiro semestre de 2025. Os custos do ensino do idioma, do aculturamento e da residência serão subsidiados pela Universidade de Göttingen, com apoio dos Ministérios do Trabalho e Assuntos Sociais e do Ministério da Saúde da Alemanha.
E esse é só o início da parceria, segundo Rossana, que prevê também o desenvolvimento de projetos de pesquisa. “Tivemos uma reunião com o diretor da Comissão de Integração de Estrangeiros do Hospital Charité e o Ministério da Saúde e iniciamos um contato para futura cooperação para pesquisas na área de biotecnologia, saúde e meio ambiente”.