UCB visita PUC Paraná para parceria em inovação e pesquisa
No dia 29 de maio, a Universidade Católica de Brasília realizou uma visita à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba. Estiveram presentes o reitor Prof. Carlos Longo, PhD, a pró-reitora acadêmica Prof.ª Silvia Alcanfor e a coordenadora de Stricto Sensu, Pesquisa e Extensão, Prof.ª Gislane Melo. O encontro teve como objetivo o fortalecimento de parcerias institucionais com foco em pesquisa, extensão e inovação.
Durante a agenda, a comitiva da UCB foi recebida pelo reitor da PUCPR, Irmão Rogério Mateucci, e pela pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Paula Cristina Trevilatto. As instituições discutiram possibilidades de cooperação acadêmica e científica, além de iniciativas conjuntas para promover o desenvolvimento de projetos voltados à comunidade e à formação de estudantes.
Um dos destaques da visita foi a apresentação do Hotmilk, o ecossistema de inovação da PUCPR, reconhecido nacionalmente pelo apoio ao empreendedorismo, startups e soluções tecnológicas. A experiência vivenciada nesse campo serviu para possíveis estratégias a serem desenvolvidas pela UCB nos próximos anos.
Professor Longo ressaltou a importância das parcerias estratégicas como forma de fortalecer as instituições, ampliar as possibilidades para professores e estudantes, e inovar com responsabilidade social. Ele também destacou a relevância da aproximação entre as universidades católicas e lembrou do diálogo mantido com o CEO do Grupo Marista, Mauricio Zanforlin, como parte dessa articulação mais ampla.
Projeto de pesquisa usa musculação para reabilitar corações
Aparelhos alinhados, anilhas organizadas, halteres prontos para mais um treino. Mas o que acontece ali, em silêncio e suor, ultrapassa as repetições físicas. Corações frágeis ganham fôlego em um projeto de pesquisa ousado, conduzido pela Universidade Católica de Brasília (UCB), que vem mudando a vida de pacientes com insuficiência cardíaca, usando como principal ferramenta o treinamento resistido, a musculação.
Os treinos acontecem às terças e sextas-feiras, das 9h às 11h, no Laboratório de Estudos de Força (LABEF) da UCB, localizado no campus de Taguatinga. As rotinas dos pacientes são acompanhadas de perto por profissionais de educação física e supervisionadas pelo doutor e médico cardiologista Luiz Sérgio Fernandes de Carvalho, docente do Programa de pós-graduação stricto sensu em Educação Física e em Gerontologia e da graduação de Medicina, professor pesquisador responsável pelo projeto “Reabilitação de Pacientes com Insuficiência Cardíaca com o Treinamento Resistido”.
Na prática, a iniciativa conta com execução técnica de uma equipe multidisciplinar que une médicos e profissionais de educação física em torno de um objetivo comum: provar que o exercício, quando bem dosado e monitorado, pode ser tão eficaz quanto um medicamento. A pesquisa segue em andamento e está recebendo novos pacientes. Interessados em participar podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail robson.csilva@a.ucb.br.
No centro da operação, está o pesquisador e doutorando Robson Conceição Silva, 29 anos, que transita com naturalidade entre os artigos e os halteres do dia a dia. “Costumo dizer que o exercício é como um remédio. O que define se ele será veneno ou cura é a dose”, afirma Robson, com a segurança de quem equilibra o conhecimento da educação física com o rigor do método científico.
Força como remédio
A proposta é simples, mas poderosa: dividir os pacientes em dois grupos e submetê-los a 12 semanas de treinamento resistido, com avaliações clínicas antes, durante e depois doprograma de reabilitação. Um dos grupos treina com carga moderada, 60% de uma repetição máxima, enquanto o outro utiliza cargas mais leves (20% de uma repetição máxima) com uma técnica chamada restrição de fluxo sanguíneo, que simula esforço intenso através de manguitos posicionados nas partes proximais dos membros superiores e inferiores restringindo o fluxo arterial (50% de restrição do fluxo sanguíneo). A comparação entre os métodos revela como o corpo reage a estímulos diferentes, mas com um mesmo propósito: ganhar aptidão cardiorrespiratória, força muscular e qualidade de vida.
“Há muito tempo se dizia que quem tem problemas cardíacos deveria evitar o esforço físico. A gente está mostrando o contrário: que ele pode e deve treinar, desde que com acompanhamento adequado e as cargas do treinamento sejam monitoradas”, explica Robson.
Encaminhados por médicos da rede pública do Distrito Federal, os pacientes passam por uma triagem rigorosa. Avaliações de força, composição corporal, exames laboratoriais e ecocardiogramas ajudam a compor o perfil clínico e funcional de cada participante. Após essa análise, começa o treinamento. Semana a semana, os pacientes são acompanhados de perto, e os resultados começam a aparecer — não apenas nos exames, mas no humor, na disposição, na forma como encaram o mundo.
Vida em movimento
Entre os pacientes que tiveram suas vidas transformadas pelo projeto está Marcos Antônio Ferreira da Silva, de 69 anos. Após sofrer dois infartos e conviver com apenas 20% da capacidade cardíaca, Marcos foi encaminhado ao Hospital do Guará, onde começou um acompanhamento especializado.
No início do ano passado, Marcos chegou ao LABEF, como parte da primeira turma do estudo. Carregava consigo o receio comum entre os pacientes cardiopatas: o medo de que o esforço físico pudesse agravar seu quadro. “A gente chega muito inseguro, né? Porque tem vários mitos, né? Ah, o coração não aguenta fazer esforço e tal”, lembra. Mas o acompanhamento clínico constante e a atuação de profissionais capacitados transformaram o medo em confiança.
Com o avanço do treinamento e a regularidade nos treinos, Marcos viu sua função cardíaca evoluir: de 34% para 38%, depois para 43%. “Na minha faixa etária, a partir de 50% já não é mais considerado insuficiência cardíaca”, explica, animado com a progressão. Para ele, a evolução física veio acompanhada de uma mudança de mentalidade: passou a se ver não como um paciente limitado, mas ativo e em pleno processo de superação.
Hoje, ele mantém a rotina de exercícios em uma academia fora da universidade, acompanhado pelo mesmo educador físico que conheceu no projeto, além do cardiologista responsável. Pratica atividades todos os dias, incluindo hidroginástica, caminhada e musculação. E levou consigo a família: esposa e filho também aderiram à nova rotina. “A gente tem esse compromisso que ficou melhor para a gente ajustar no horário de almoço. Então, de segunda a sexta, eles estão comigo lá.”
Marcos também passou a ser uma referência para outros participantes. Recentemente, retornou ao LABEF para compartilhar sua história com novos pacientes — muitos ainda receosos com os limites do próprio corpo. “Inclusive, vim aqui essa semana dar o testemunho para o pessoal que começou agora”.
Apesar de nunca ter se imaginado em uma academia, hoje se sente à vontade no ambiente, colhe os ganhos físicos e lamenta apenas não ter sido liberado ainda para voltar a pedalar, uma de suas paixões. “Mas fora isso, não me impede de nada do que eu desejo fazer.”
A melhora na saúde cardiovascular impactou diretamente também sua vida profissional. Corretor de seguros e gestor de contratos, Marcos tem dias cheios e produtivos, que começam às seis da manhã e só terminam à noite. “Hoje eu esqueço que vivo com essa condição de cardiopata, por definição. Mas não me impede de fazer nada.”
Ao falar sobre o peso psicológico do diagnóstico, ele destaca uma mudança importante de perspectiva: “O mito era de que, quando você sofre um infarto, acabou a vida. Vai morrer a qualquer momento. E eu aprendi aqui que, se o paciente cumpre todo o protocolo, ele não vai morrer disso.”
Nova chance para recomeçar
Ao apresentar sintomas comuns, mas persistentes, Ednéia Maria dos Santos chegou ao programa. Depois de anos trabalhando como cuidadora de idosos, ela começou a notar os primeiros sinais de que algo não ia bem. “Eu tinha uma vida normal, trabalhava, e no decorrer do tempo, depois de mais ou menos 12 anos, eu comecei a sentir falta de ar, comecei a inchar os pés, depois as pernas, me sentindo fraca e indisposta.”
Sem conseguir andar nem 100 metros, Ednéia decidiu procurar ajuda médica. Após exames detalhados, o diagnóstico veio: insuficiência cardíaca, com apenas 33% da função do coração preservada. Sem estrutura adequada para emergências, a clínica particular que a acompanhava indicou que ela buscasse um hospital público. Foi aí que surgiu o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e, com ele, a oportunidade de conhecer o projeto de reabilitação.
Mesmo tendo participado de apenas três sessões até agora, ela já percebe avanços — inclusive no dia a dia. “Casas, atividades, eu já estou até andando em bicicleta, então pra mim está maravilhoso.”
Moradora de Águas Lindas/GO, no Entorno do DF, ela viaja quase uma hora até o laboratório da UCB, mas diz que todo o esforço tem valido a pena. “No início eu ficava colocando obstáculos: ‘ah, é longe’, ‘é contramão’, ‘tenho que sair muito cedo de casa’. Mas depois eu pensei, não, a gente tem que perseverar.” O desejo agora é seguir até o fim. “A expectativa é continuar aqui. Até enquanto o projeto estiver, estou por aqui. E depois que acabar, pretendo continuar fazendo os exercícios, sim. Gostei muito.”
Histórias como a de Marcos e Ednéia estão espalhadas pelo projeto. Pacientes que vêm de longe (Águas Lindas, de Formosa, de Planaltina de Goiás) enfrentam quilômetros para participar da pesquisa. “Isso é o que mais mexe com a gente”, conta Robson. “É gratificante, mas também triste. Porque mostra como falta esse tipo de projeto em outras regiões.”
Ele ainda faz questão de destacar o papel da equipe multidisciplinar. “Essa comunicação é essencial. Não existe espaço para vaidade na reabilitação. O médico precisa conversar com o profissional de educação física, que por sua vez precisa ouvir o nutricionista. Só assim a gente consegue dar ao paciente o que ele realmente precisa.”
Pesquisador, especializado em treinamento físico, mestre e agora no doutorado, Robson procura mais do que títulos, parece acumular é a convicção de que ciência se faz com gente. “A gente não está aqui apenas para publicar artigos. Cada paciente que entra é uma vida que está sendo transformada. E esse é o real retorno social que a pesquisa tem que oferecer”, afirma.
Projeto da UCB trabalha imersão na floresta e saberes ancestrais
Universidade Católica de Brasília apresenta o Lab Metaverse UCB, laboratório tecnológico e filme em realidade virtual com o povo Yawanawá; iniciativa une inovação, espiritualidade e protagonismo indígena
Na manhã desta quinta-feira (15), a Universidade Católica de Brasília (UCB) realizou o lançamento oficial do projeto de pesquisa Lab Metaverse UCB: o futuro é ancestral, reunindo lideranças indígenas, autoridades, pesquisadores, estudantes e convidados no Campus Taguatinga. O evento marcou a estreia de um filme imersivo em realidade virtual 360º, produzido em parceria com a aldeia Mutum, do povo Yawanawá. O projeto conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Durante a cerimônia, os participantes experimentaram, por meio de óculos de realidade virtual, a imersão em uma narrativa que entrelaça espiritualidade, floresta e cultura ancestral. A obra é fruto de um trabalho coletivo que une linguagens digitais, saberes tradicionais e inovação tecnológica.
Segundo a coordenadora do projeto, professora Florence Dravet, o Lab Metaverse UCB nasce com o objetivo de construir pontes entre tradição e futuro, promovendo experiências acessíveis, lúdicas e profundamente significativas. Ela explicou que o projeto é muito maior do que um filme imersivo. “Esse projeto possui muitas camadas. E uma delas é o desenvolvimento de um trabalho pedagógico transversal com os alunos de todos os cursos da universidade. Nós já começamos a fazer isso em uma disciplina”, explicou.
O filme, um dos destaques do evento, foi dirigido em parceria com as lideranças indígenas locais e representa o primeiro passo de uma série de produções previstas pelo laboratório. Rafael Andreoni, diretor do filme, falou sobre a importância de projetos como esse para fazer com que a inteligência dos povos originários seja espalhada. “É uma grande honra ser um aprendiz desse povo também. A gente conhece esses cantos, essas histórias, um pouco dessa língua. E o que eu me proponho é fazer com o cinema, com a tecnologia que eu aprendi, a ajudar com que essas mensagens ancestrais cheguem às pessoas”, explicou.
Além do filme, o Lab Metaverse UCB apresentou ao público o espaço físico do laboratório, um ambiente sensorial e interativo voltado à pesquisa e desenvolvimento de experiências em metaverso, realidade aumentada, inteligência artificial generativa e outras tecnologias emergentes. A proposta é que o espaço funcione como uma plataforma de conexão entre a comunidade acadêmica e os saberes originários, fortalecendo a presença indígena no universo digital. ‘Queríamos reunir as mais inovadores tecnologias e os mais antigos saberes ancestrais em um só projeto de pesquisa e extensão. E que fosse um projeto de impacto social, cultural, científico e pedagógico. Já alcançamos muito impacto, primeiro ao trazer os representantes indígenas para a universidade para serem cocriadores conosco, tanto no filme quanto no metaverso, que está em fase de desenvolvimento’, afirmou Florence.
Os representantes da cultura indígena também participaram do evento. Rasu Yawanawá, grande liderança da Aldeia Mutum, no Acre, falou sobre a importância da tecnologia para manutenção dos saberes originários. “É uma forma de não perdermos essa lembrança dos nossos saberes, de compartilhar com as pessoas para que elas possam ver como a nossa forma de aprender é boa e sentir um pouco de como é viver a nossa casa”, disse Rasu.
Álvaro Tukano e seu filho Luvan Tukano também estiveram presentes. O líder político, ativista pelos direitos indígenas brasileira do povo Yepã Mahsã, falou sobre a importância de levar o que é o conhecimento indígena para mais pessoas. “Nós contamos nossas histórias, falamos sobre os espíritos das águas e das florestas. O que nós falamos não é folclore, é o que nós acreditamos e continuamos preservando o que muita gente não conhece”, explicou
Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no site: labmetaverse.com.br e no Instagram @lab.metaverse.
Brasil na Antártica: ciência nacional expande fronteiras no gelo
A ciência brasileira acaba de dar um passo histórico no estudo das regiões polares. Pesquisadores brasileiros realizaram uma expedição à porção continental da Antártica, coletando dados fundamentais para a compreensão dos impactos das mudanças climáticas e para o avanço da biotecnologia. A missão, realizada entre 20 de fevereiro e 21 de março, reuniu cientistas de diferentes instituições, entre elas a Universidade Católica de Brasília (UCB), e trouxe descobertas promissoras para a ciência e para a preservação ambiental.
Em entrevista exclusiva, o professor Marcelo Henrique Soller Ramada, coordenador do projeto BRIOTECH da UCB, explicou que outras expedições à Antártica já haviam sido feitas pelo grupo, mas as coletas ocorreram em ilhas. Ele destacou os desafios enfrentados pela equipe em um dos lugares mais hostis do planeta. “A Antártica é um ambiente extremo, e cada atividade exige planejamento e preparo físico. A logística é complicada e o frio intenso dificulta todas as operações”, afirma. Segundo ele, a equipe enfrentou tempestades de neve e ventos cortantes, tornando a coleta de amostras um desafio constante. “Tivemos momentos em que foi impossível sair do navio. As condições climáticas mudam rapidamente, e isso exige flexibilidade e organização”, explica.
Thais Campos, pesquisadora mestre formada pela UCB, contou que a experiência impactou em sua vida para além da pesquisa. “Ir para a Antártica e passar tanto tempo fora exige muito mentalmente e fisicamente, mas poder conhecer aquele ambiente tão maravilhoso e único faz tudo valer a pena. Além disso, a viagem traz a oportunidade de conviver e trocar conhecimentos com pesquisadores de diversas áreas, o que torna toda a experiência ainda mais enriquecedora. Eu com certeza voltei de lá uma pessoa e pesquisadora diferente, eu diria que melhor em todos os sentidos”, afirma.
Além do frio extremo, os pesquisadores lidaram com a limitação de recursos e a necessidade de tomadas de decisões rápidas em campo. “Cada dia de missão foi uma corrida contra o tempo. Precisávamos coletar as amostras antes que o clima piorasse ou que a sensação térmica caísse a um nível que inviabilizasse o trabalho”, acrescenta Ramada.
Descobertas científicas e impacto ambiental
Durante a expedição, os cientistas coletaram amostras de organismos extremófilos, briófitas e microrganismos que sobrevivem em condições extremas. Ramada explica que esses seres vivos podem ter aplicações revolucionárias na biotecnologia. “Os compostos produzidos por esses organismos podem ser utilizados para criar novos medicamentos, especialmente para combater bactérias resistentes a antibióticos”, afirma.
As amostras serão analisadas em laboratórios na UCB, onde os cientistas buscarão compostos bioativos com potencial terapêutico. “Estamos particularmente interessados em substâncias com propriedades antibacterianas e antifúngicas. Com o avanço da resistência microbiana, encontrar novas moléculas naturais pode ser essencial para o desenvolvimento de inovações”, destaca o pesquisador.
Outro ponto de atenção foi o monitoramento das mudanças climáticas. “A Antártica é um indicador sensível das mudanças no planeta. O derretimento acelerado das geleiras e as fissuras observadas nas placas de gelo revelam um cenário preocupante”, alerta Ramada. De acordo com ele, os dados coletados ajudarão a entender melhor os impactos do aquecimento global e a desenvolver estratégias de mitigação. “O que acontece na Antártica reflete diretamente no restante do mundo. A perda de gelo afeta os níveis dos oceanos e altera os padrões climáticos globais”, relata.
Ciência e soberania ambiental
A participação do Brasil em pesquisas polares não é apenas científica, mas também estratégica. “Estar presente na Antártica significa ter voz nas decisões ambientais globais”, enfatiza Ramada. A UCB vem consolidando sua atuação na área com eventos como participantes no Simpósio APECS-Brasil, como integrante do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e com outros programas polares, como British Antarctic Survey (BAS).
Para Ramada, é essencial que o Brasil continue investindo na pesquisa polar. “Não se trata apenas de produzir conhecimento, mas de garantir que tenhamos influência nos debates internacionais sobre mudanças climáticas. Quanto mais dados geramos, mais argumentos temos para lutar por políticas ambientais eficazes”.
Próximos passos da pesquisa
Com os resultados preliminares da expedição, a equipe planeja as próximas etapas do projeto. “Nosso objetivo é ampliar as pesquisas e fortalecer o protagonismo da ciência brasileira nessas regiões”, afirma Ramada. O grupo pretende estabelecer novas colaborações com instituições internacionais, além das já existentes com o Joint Genome Institute (JGI), e expandir a investigação sobre os organismos extremófilos encontrados.
Thais anseia pelas próximas expedições e pelos resultados. “Estou muito ansiosa pelos próximos passos, pois o projeto tem muito potencial de fazer a diferença não só para a biologia e a ciência polar, mas também na vida das pessoas”, diz ela. Para Ramada, este parece ser apenas o início. “Ainda estamos apenas arranhando a superfície do potencial científico da Antártica. Cada nova descoberta nos aproxima mais de soluções inovadoras para a medicina, a indústria e a preservação do meio ambiente”, complementa.
Enquanto a equipe analisa os resultados da jornada, o Brasil reafirma sua posição no cenário científico internacional. Cerca de 200 amostras foram trazidas nesta última fase. O número pode ser discreto em relação à imensidão de gelo, mas o impacto dessa conquista promete ecoar por muito tempo no trabalho dos pesquisadores nos laboratórios.
UCB realiza premiação de Iniciação Científica e Stricto Sensu
Por: João Salomão
Na manhã de ontem, 19 de março, a Universidade Católica de Brasília (UCB) realizou a cerimônia de premiação do III Congresso de Iniciação Científica e Tecnológica e da II Mostra do Stricto Sensu. O evento celebrou o empenho de alunos em suas pesquisas, com 24 Menções Honrosas e 6 Prêmios Destaque, sendo três do Programa de Iniciação Científica e três do Mestrado.
A cerimônia contou com a presença da Pró-Reitora Acadêmica, Profa. Dra. Silvia Alcanfor, e da Coordenadora do Programa de Iniciação Científica, Profª Dra. Gislane Melo, que ressaltaram a importância da pesquisa no avanço da sociedade e a dedicação dos alunos. Também estiveram presentes orientadores e membros do Comitê Interno de IC, que prestigiaram os estudantes e reconheceram seus esforços na produção científica.
Durante a cerimônia, a Pró-Reitora Acadêmica destacou a importância da pesquisa na formação dos alunos e no avanço da sociedade. “A ciência é essencial para o progresso e a inovação. Momentos como este reafirmam nosso compromisso com a educação de qualidade e com a valorização dos nossos pesquisadores”, ressaltou.
A premiação destaca o compromisso da UCB com a excelência acadêmica e científica, incentivando novas gerações a se envolverem com a pesquisa e o desenvolvimento do conhecimento.
8º Simpósio APECS-Brasil discute pesquisa nos polos Norte e Sul
A Universidade Católica de Brasília (UCB) estará no 8º Simpósio APECS-Brasil, evento científico que trata de pesquisas nos polos Norte e Sul do planeta. Será de 17 a 19 de julho, na Escola Superior de Defesa (ESD), no St. de Mansões Dom Bosco 4 – Jardim Botânico. O evento é aberto ao público em geral, mas foca na participação de estudantes de graduação e pós-graduação, além de professores e pesquisadores com interesse no Programa Antártico Brasileiro, nas regiões polares, criosfera e regiões de glaciares de altitude. Alunos, egressos e profissionais da UCB terão desconto de 10% de desconto nas inscrições (orientações abaixo).
A Católica, patrocinadora do evento, será representada pelos professores Marcelo Ramada e Stephan Dohms. Ramada coordena o projeto Briotech, que estuda briófitas, musgos nativos das regiões polares. Ele já foi várias vezes à Antártica e é pioneiro nas pesquisas brasileiras no Ártico, com duas expedições voltadas para estudo dos musgos. Dohms é professor do curso de Medicina Veterinária e pós-doutorando em Ciências Genômicas e Biotecnologia na UCB. Ele também já foi diversas vezes ao continente Antártico e neste ano fez a primeira viagem ao Ártico.
Inscrições
É possível participar do simpósio presencialmente ou a distância. O público da UCB, estudantes, professores e pesquisadores, têm desconto de 10% com o uso do cupom UCB10. Basta clicar no link correspondente:
Briotech
O projeto estuda briófitas coletadas nos extremos do planeta. Esses vegetais têm potencial para o desenvolvimento de lavouras resistentes a geadas, de tratamento do câncer, de cosméticos com proteção contra a radiação solar, além de outras aplicações. Os cientistas da UCB desenvolveram métodos próprios de cultivo desses musgos nos laboratórios da universidade a partir de amostras coletadas nas expedições.
Depois de diversas expedições ao extremo sul do planeta, o campo de estudo foi ampliado para o outro lado da Terra. O professor Ramada conduziu primeiras expedições brasileiras a regiões isoladas da Noruega. A última delas teve a participação das estudantes da graduação Giovana Nishitani (Biologia) e Ana Julia da Matta (Biomedicina semipresencial). Há previsão de missões na Groelândia, no Canadá e no Alasca.
A importância de visitar partes diferentes do Círculo Polar Ártido se deve à necessidade de coletar amostras de briófitas geograficamente distantes. Isso possibilita identificar as espécies comuns em todas essas regiões e fazer comparações. Algumas dessas espécies aparecem tanto no Ártico, quanto no Antártico.
A expedição é financiada pela Universidade Católica de Brasília, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MC-TI), via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelas universidades federais de Brasília e de Minas Gerais. Tem apoio institucional do Ministério das Relações Exteriores e da Secretaria Interministerial dos Recursos do Mar da Marinha do Brasil.
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Prevenção da dengue: Confira dicas das pesquisadoras da UCB
O Brasil ultrapassa a marca de 740 mil casos de dengue no Brasil, registrados em 2024, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (22). O Distrito Federal é um dos estados em que houve a declaração de estado de emergência. As pesquisadoras Dra. Nathalie Citeli, docente do Curso de Ciências Biológicas da UCB, e a bióloga Maria Lívia Galli orientam acerca de cuidados que podem ser aplicados no dia a dia.
“O mosquito se aproveita das áreas urbanas, de construções, e não de áreas naturais, que não têm predadores”, explica Nathalie Citeli, doutora em Zoologia. “São ambientes propícios para a população se desenvolver, porque não têm peixes nos riachos, e anfíbios, sapos, que se alimentam desses animais. Para o mosquito, é muito mais fácil”, garante.
De acordo com ela, a fêmea do mosquito precisa de sangue para conseguir maturar os ovos, e a transmissão do vírus ocorre entre uma pessoa e outra. “É um animal, que evoluiu no planeta, que tem uma história de vida”, destaca, ao afirmar que a doença não está no mosquito. “Pode existir uma transmissão verticalizada, de algumas larvas já virem com o vírus por causa da mãe, mas é mais comum que passe de uma pessoa para outra”, acrescenta a professora.
Devastação ambiental
A ausência de animais e da biodiversidade faz com que o mosquito tenha um ambiente propício crescer e se desenvolver. “Mesmo em prédios mais altos, o mosquito pode se reproduzir nos andares. A fêmea coloca os ovos e ele nasce e consegue. E os ovos são muito resistentes até o momento de eclodir e virar larva. O mosquito é um vetor da doença e não tem a doença nele. No caso das fêmeas, que se alimentam de sangue, elas podem pegá-lo contaminado e passar para outra pessoa”, explica Nathalie Citeli.
A pesquisadora informa que os animais com ciclo de vida curto, como o mosquito – que tem cerca de 45 dias, no máximo – têm uma taxa de mutação rápida. “A gente consegue acompanhar uma série de mudanças que vão acontecendo ao longo da nossa história, e as do mosquito também. Hoje, a gente não se preocupa só com a água limpa, mas com todos os tipos de água que não tenha nenhum predador”.
Nathalie Citeli infere a importância dos estudos científicos para pautar as políticas públicas, incluindo aprofundamento sobre o ciclo de vida, tempo de crescimento, doenças que podem ser causadas e distribuição das doenças. “Tudo isso vai ajudar a gente a controlar e melhorar a vida humana”, complementa.
Busca por sangue
Segundo a bióloga Maria Lívia Galli, ao se alimentar sangue de mamíferos em geral, a fêmea do mosquito procura-o por ter mais proteínas, auxiliando no desenvolvimento do ovo. “Geralmente, ela se alimenta de sangue e cerca de três dias depois ela está ponta para fazer a postura dos ovos. Uma fêmea produz entre 60 e 120 ovos por postura, podendo dividi-la em locais”, ressalta, ao elucidar que ocorrem cerca de três posturas ao longo do ciclo de vida da fêmea, que vive durante cerca de 40 dias.
“Depois que o ovo tem contato com a água, leva quase dois dias para eclodir. Na sequência, fica em estado larval, transformando-se depois de três dias em pupas. Nesse estado, ele não se alimenta, esperando em torno de três e cinco dias para voar”, esclarece Galli. E, se for fêmea, ela está pronta para começar o ciclo reprodutivo. “A fecundação entre o macho e a fêmea ocorre geralmente em voos, mas pode ocorrer em superfícies também”, complementa.
Professor da UCB apresenta pesquisa na Universidade de Coimbra
O professor Dr. Gustavo Menon, do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília (PPG-DIR), apresentou, nesta terça-feira (10) parte de sua pesquisa apoiada pela Fundação de Apoio à Pesquisa no Distrito Federal (FAP-DF) no VIII Congresso Internacional de Direitos Humanos da Universidade de Coimbra, em Portugal.
Em sua apresentação, Menon enfatizou que a aversão às pessoas em situação de pobreza, além de acentuar as desigualdades estruturais que marcam a sociedade brasileira, dificulta a implementação da Agenda 2030, com a promoção dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O docente da UCB é responsável pelo projeto intitulado “Museus, Patrimônio e Direito à Memória”, cujo objetivo é revisar as histórias e narrativas de grandes centros urbanos para torná-los mais acessíveis, inclusivos e democráticos.
O projeto já realizou visitas técnicas abertas e gratuitas em diferentes espaços de memória do Distrito Federal, como o Museu Nacional da República, o Palácio do Itamaraty, o Congresso Nacional, o Memorial dos Povos Indígenas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesta fase do projeto, os pesquisadores e pesquisadoras estão mapeando experiências internacionais para pensar a mobilidade urbana e a preservação do patrimônio material e imaterial em nossa cidade.
Estudantes de Arquitetura projetam abrigo para idosos
Estudantes, egressos, professores e pesquisadores dos cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo e do Programa Stricto sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, entregaram, no dia 3 de agosto, um projeto arquitetônico e técnico da Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e o Centro Dia (CD) públicos em Ceilândia/DF às autoridades em uma cerimônia no Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
No evento ocorrido no Memorial TJDFT, o Desembargador Cruz Macedo ressaltou o comprometimento do Tribunal em amparar os setores mais fragilizados da comunidade. A Vice-Governadora do DF, Celina Leão, também esteve presente representando o Governador Ibaneis Rocha, e afirmou o compromisso de implementar o projeto e estreitar a parceria com a Católica.
Durante o discurso, o reitor da UCB, Prof. Dr. Carlos Longo, destacou a importância das parcerias da Universidade com as instituições para a formação de uma sociedade melhor.
O propósito do projeto é garantir acolhimento e suporte aos idosos em situação de vulnerabilidade na ILPI, enquanto no Centro Dia eles terão a oportunidade de participar de atividades, desfrutar de refeições, interagir socialmente e receber cuidados médicos essenciais durante o dia, retornando às suas residências à noite. Prevê-se que a ILPI tenha disponíveis 96 vagas, enquanto o Centro Dia abrigará 90 vagas, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para os idosos que necessitam de assistência e cuidados.
A elaboração do projeto contou com o trabalho conjunto de várias instituições ao longo de quatro anos, incluindo a Universidade Católica de Brasília (UCB) e os órgãos que compõem a Central Judicial do Idoso (CJI), sob supervisão da coordenadora da CJI, a juíza Monize Marques.
O projeto da UCB foi realizado por uma equipe formada pelos estudantes e egressos de arquitetura, Perseu Rufino, Danilo Alves, Rebeca Albano, Alice Rodrigues e Zilmara Anjos e pela coordenadora da graduação em Arquitetura, Valéria Bertolini, juntamente com os professores Marcos Martins e Tatiana Chaer. O coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado em Gerontologia, Prof. Dr. Henrique Salmazo e o Prof. Dr. Vicente Paulo também colaboraram com o projeto.
Perseu apresentou o projeto durante a cerimônia e explicou sobre a importância da pesquisa e funcionalidade da ILPI e do Centro Dia, que representam um passo significativo para ampliar a assistência e garantir a dignidade e o respeito aos idosos.
Diário de bordo da Operação Ártico
O professor Marcelo Henrique Soller Ramada, do Programa de Pós-graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia da UCB, é um dos pesquisadores da primeira expedição brasileira no Círculo Polar Ártico. Para acompanhar essa jornada, está em produção um diário de bordo, com vídeos postados no Instagram da Católica de Brasília. Acompanhe!
Ramada está à frente do Projeto Briotech, e já participou de três viagens à Antártica para estudar os musgos nativos do continente gelado. A pesquisa identificou características bioquímicas nessas plantas com potencial para o desenvolvimento de lavouras resistentes a geadas e até mesmo para o tratamento de alguns tipos de câncer. A Operação Ártico é um complemento aos estudos realizados na Antártica e tem o objetivo de comparar os musgos presentes nos dois extremos da Terra em busca de novidades científicas.
A expedição é financiada pela Universidade Católica de Brasília, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MC-TI), via Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelas universidades federais de Brasília e de Minas Gerais. Tem apoio institucional do Ministério das Relações Exteriores e da Secretaria Interministerial dos Recursos do Mar da Marinha do Brasil.
Católica participa de primeira expedição do Brasil no Ártico
Pesquisador brasileiro lidera missão pioneira para comparar ecossistemas polares e fortalecer presença do Brasil no cenário internacional
No próximo mês, o Brasil embarcará em sua primeira expedição oficial ao Ártico, localizado no Polo Norte, marcando um novo capítulo na história científica do país. Professor Marcelo Ramada, especialista em pesquisas antárticas, destaca a importância desse empreendimento e sua conexão com o longo legado de estudos realizados no Polo Sul.
Há mais de 40 anos, o Brasil tem desenvolvido pesquisas científicas na Antártica, sob a gestão do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). O Professor Ramada, que coordena o Projeto BRIOTECH no âmbito do PROANTAR, enfatiza a diferença entre os polos opostos e a ausência de uma estação brasileira no Ártico. “A expedição ao Ártico tem como objetivo apresentar o processo pelo qual o Brasil realiza pesquisas nessa região”, explica o Professor Ramada. Além disso, ele enfatiza a relevância política e das relações internacionais do empreendimento, buscando demonstrar o potencial científico do Brasil no Ártico e fornecer subsídios para que o Governo Federal possa assinar sua adesão ao Tratado de Svalbard. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Ministério da Defesa (MD) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) indicaram positivamente essa possibilidade no ano passado.
A participação da Universidade Católica de Brasília (UCB) na expedição é fundamental. O Professor Ramada realizará coletas no Ártico e, posteriormente, o material obtido será processado por alunos de graduação, mestrado e doutorado, assim como pelos pós-doutorandos que ele orienta e supervisiona.
A UCB desempenhará um papel ativo na coleta de musgos, extração de DNA, análise de dados genômicos, cultivo de plantas e testes de potenciais biotecnológicos, incluindo substâncias antimicrobianas e antitumorais. No entanto, o cultivo, a extração e os testes só serão realizados se o Professor Ramada obtiver permissão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para importar o material coletado.
Essa expedição pioneira abre portas para a expansão do conhecimento científico brasileiro no Ártico e consolida a posição do país como protagonista na pesquisa polar global. O Brasil demonstra seu compromisso com a exploração de ecossistemas extremos, impulsionando a ciência, as políticas públicas e as relações internacionais.
Católica convida idosos para pesquisa sobre cognição pós-Covid
O Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) está selecionando voluntários com 60 anos ou mais que tiveram Covid-19 e apresentaram perda de memória, de atenção ou dificuldades de raciocínio após contrair a doença. Ao longo dos encontros, que serão realizados de forma online, os participantes serão convidados a exercitar a mente e aprender estratégias que auxiliam no dia a dia. Os interessados têm até o dia 31 de maio para se inscrever pelo e-mail executivamenteparaidosos@gmail.com ou WhatsApp (61) 99436-5375.
Perdas de memória e atenção, diminuição da velocidade de processamento e prejuízo nas funções executivas estão entre algumas das queixas de pacientes que tiveram Covid-19, comprometendo a funcionalidade, a qualidade de vida e o bem-estar da população afetada. “Frente a essa realidade, as intervenções cognitivas estimulam a plasticidade cerebral por meio do uso e ensino de estratégias que podem compensar e otimizar essas habilidades”, explica o coordenador da pós-graduação em Gerontologia da UCB, Henrique Salmazo.
Como vai funcionar
Primeiro, os participantes vão passar por uma avaliação cognitiva e serão instruídos sobre os encontros virtuais pela internet. Então, fazem o primeiro ciclo, composto por oito encontros seguido por uma avaliação. Depois vem o segundo ciclo, também com oito encontros e uma avaliação. As reuniões virtuais ocorrem duas vezes por semana. Já as avaliações serão realizadas de forma presencial no Câmpus Taguatinga da UCB, com agendamento prévio da equipe. A duração do estudo está prevista para seis meses.
“Os participantes farão exercícios de treino cognitivo, com enfoque para funções executivas. Serão treinadas atividades como atenção, velocidade de processamento, memória operacional, detecção e inibição de estímulos, planejamento. Vão participar também de atividades de educação em saúde”, explica Salmazo, que é orientador do estudo.
Além dos encontros virtuais, os participantes vão receber apostilas, materiais de apoio e supervisão da equipe de pesquisadores. Conduzem o estudo a doutoranda Ana Paula Pertussati Teperino e seu orientador, Henrique Salmazo da Silva.
Caso a pessoa idosa não tenha contraído Covid-19, mas queira potencializar a sua cognição, também será possível se inscrever para participar.
Serviço
Seleção de voluntários para pesquisa “Treino Cognitivo online para pessoas idosas no contexto da COVID-19”
Inscrições até 31 de maio de 2023 pelo e-mail executivamenteparaidosos@gmail.com ou WhatsApp (61) 99436-5375
Início do estudo: junho de 2023
Periodicidade: encontros 2 vezes por semana de forma online
Duração do estudo: 6 meses
Número de vagas: 80