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2010
nov
19

Bactérias resistentes são estudadas

Julival Ribeiro falou acerca da resistência bacteriana aos antibióticos, que na atualidade é um problema de saúde pública mundial. “O notável aumento da resistência que se tem registrado nas últimas décadas possui múltiplas características quanto a sua origem, manifestações e consequências”, informou o médico.

As bactérias têm evoluído ao longo do tempo, adaptando-se a ecologia do ser humano e aos antibióticos, que tem resultado no aparecimento de novos padrões de resistência amplamente difundidos. As principais bactérias relacionadas aos serviços de saúde, que causam o maior número de infecções, são as ESKAPE: Enterococcus faecium; Staphylococcus aureus; Klebsiella pneumoniae; Acinetobacter baumanii; Pseudomonas aeruginosa e Enterobacter species.

“Hoje já existe a Bactéria Pan Resistente, que resiste a todas as classes de antimicrobianos testados”, disse Ribeiro. Para evitar a transmissão dessas bactérias, o médico orienta: “é preciso sempre higienizar-se”.

As transmissão de bactérias multiresistentes acontecem de pessoa por pessoa, por meio das mãos dos profissionais de saúde. “mãos são facilmente contaminadas durante cuidados com o paciente ou através do contato com superfícies contaminadas” disse Julival Ribeiro. Também pode ocorrer a transmissão de uma instituição para outra, por meio das pessoas e também através de instrumentos médico/hospitalar.

De acordo com dados apresentados por Ribeiro, o número de funcionários da saúde que não fazem a higienização necessária é preocupante. 69% dos profissionais não lavam as mãos após o contato com o paciente.

O professor também falou sobre a bactéria KPC – K pneumoniae Produtora de Carbapenemase, identificada inicialmente na Carolina do Norte, em 1996, e sobre a NDM – New Delhi Metallo-beta-Lactamase, observadas em pacientes que receberam tratamento médico em hospitais na Índia ou Paquistão.

Essas bactérias são consideradas um grande problema de saúde pública, pois as opções de tratamento são limitadas para infecções graves. E conforme o médico Julival Ribeiro, não existirá nova droga disponível para tratamento de bacilos Gram-negativos nos próximos anos.

Publicado por Tiago Mendes

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