HackaTruck oferece capacitação em TI no Campus Taguatinga
A Universidade Católica de Brasília (UCB) participa pela terceira vez do projeto Hackatruck Maker Space, uma iniciativa educacional de destaque que oferece capacitação prática em tecnologias modernas por meio de um laboratório móvel de alta tecnologia. A ação é fruto de uma parceria com a coordenação dos cursos de Tecnologia da Informação da universidade, reforçando o compromisso institucional com a inovação e a formação de excelência.
Nesta edição, os alunos têm a oportunidade de aprender a utilizar o ambiente em nuvem da IBM, explorar recursos dos dispositivos Apple e desenvolver habilidades na linguagem de programação Swift, voltada para o ecossistema iOS. O caminhão do HackaTruck chegou à UCB no dia 12 de abril, e os cursos tiveram início no dia 14 de abril, com duas turmas distribuídas nos turnos vespertino e noturno.
O projeto seguirá até o dia 24 de maio, proporcionando aos estudantes uma imersão intensa e prática em tecnologia, preparando-os ainda mais para os desafios do mercado de trabalho atual.
A iniciativa é executada pelo Instituto de Pesquisas Eldorado e tem como parceiros tecnológicos Cisco, Flex, IBM, em colaboração com a Apple. Também conta com importantes apoiadores que acreditam na ideia: Dremel, Epson, IBM SkillsBuild, Sethi 3D e Truckvan.
Relações Internacionais promove aula magna sobre COP30 e OTCA
Texto do prof. Gustavo Menon, coordenador do curso de Relações Internacionais da UCB
No dia 4 de abril de 2025, o curso de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília (UCB) promoveu a Aula Magna intitulada Rumo à COP30: a OTCA e os caminhos do desenvolvimento sustentável. O evento contou com a participação de Vanessa Grazziotin, Diretora Executiva da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Durante sua apresentação, Grazziotin abordou as perspectivas para a COP30, que será realizada em Belém do Pará, em novembro deste ano. Ela destacou o papel estratégico da OTCA no fortalecimento da cooperação regional para o desenvolvimento sustentável na Amazônia e discutiu os desafios e oportunidades que o evento representa para o Brasil e os países amazônicos.
A OTCA, única organização internacional com sede no Brasil, localizada em Brasília-DF, reúne oito países amazônicos (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) com o objetivo de promover a preservação ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais da região. Sua atuação é reconhecida como essencial para a integração e o fortalecimento das políticas ambientais na Amazônia.
Além da participação de Grazziotin, o evento contou com a presença do Prof. Gustavo Menon, coordenador do curso de Relações Internacionais, do Prof. Dr. Gildalti Guedes, que atuou como cerimonialista, e de outros membros do corpo docente. Os estudantes tiveram a oportunidade de interagir com a palestrante por meio de perguntas e intervenções sobre o futuro do desenvolvimento sustentável na Amazônia e no contexto global.
A Aula Magna também marcou as comemorações dos 30 anos do curso de Relações Internacionais da UCB. Nesse contexto, reforçou a importância do diálogo acadêmico sobre temas cruciais como mudanças climáticas e transição energética justa. O evento destacou a preparação dos estudantes para contribuir ativamente nas discussões sobre governança climática.
A UCB agradece a visita da OTCA e espera aprofundar a colaboração com a Organização em futuras iniciativas.
Projeto Alpha recebe Selo ODS Educação, alinhado a metas da ONU
No último dia 20, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, a Universidade Católica de Brasília (UCB) recebeu o “Selo ODS Educação” pelo trabalho desenvolvido no Centro de Ensino Fundamental 11 (CEF-11) de Taguatinga Norte. O selo é um reconhecimento pela contribuição do projeto para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
O CEF-11 é uma das instituições de ensino contempladas pelo “Projeto Alpha: Cocriação de uma escola inovadora piloto”, uma iniciativa da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), executada pela Universidade Católica de Brasília (UCB). O projeto consiste em melhorias tanto na estrutura de escolas da rede pública quanto em inovação pedagógica, orientando um ensino humanizado, multidisciplinar e que prepare os futuros profissionais da região, não somente para o mercado de trabalho mas também para uma sociedade mais justa e consciente. As ações são financiadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF).
O professor Carlos Longo, reitor da UCB, acredita que o Projeto Alpha apoia o desenvolvimento do Distrito Federal. “É um prazer enorme estar aqui na Cidade Maravilhosa para receber o selo ODS de Educação, junto com a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal”, declarou.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Os ODS são um conjunto de 17 metas globais estabelecidas em 2015 para guiar a humanidade rumo a um futuro mais justo, sustentável e equilibrado. Eles abrangem desafios como a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades, a preservação do meio ambiente e o fomento à paz e à educação de qualidade. A proposta é que governos, empresas e a sociedade civil trabalhem juntos para atingir esses objetivos até 2030, promovendo um desenvolvimento que não comprometa os recursos das futuras gerações.
Projeto Alpha foi certificado em três ODS:
ODS 4 – Educação de Qualidade: Busca garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos, promovendo oportunidades de aprendizado ao longo da vida. Envolve desde o acesso universal à educação básica até a formação profissional, reduzindo desigualdades e preparando indivíduos para enfrentar desafios sociais e econômicos.
ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis: Foca na criação de ambientes urbanos mais resilientes, acessíveis e sustentáveis. Isso inclui melhor planejamento urbano, moradia digna, transporte eficiente, preservação ambiental e redução do impacto das mudanças climáticas, garantindo que as cidades sejam lugares mais seguros e inclusivos para seus habitantes.
ODS 17 – Parcerias e Meios de Implementação: Reconhece que o alcance dos ODS depende da cooperação global. Incentiva alianças entre governos, setor privado e sociedade civil para mobilizar recursos, compartilhar conhecimentos e fortalecer capacidades, garantindo que as metas sejam atingidas de forma integrada e eficaz.
A Católica de Brasília foi representada no evento pelo reitor Carlos Longo e pelo coordenador do projeto, Renato de Oliveira Brito.
Com informações da FAPDF
Nota de esclarecimento
A Universidade Católica de Brasília esclarece que não tem relação institucional com a autointitulada “Plataforma UCB Popular” e repudia qualquer movimento político-partidário utilizando nome e logo de nossa Instituição. Já formalizamos denúncia nas redes sociais pelo uso indevido do nome e da marca da UCB. Somos uma instituição apartidária e defendemos o debate político plural, desde que não haja viés ideológico.
Confira a programação para o início do semestre letivo da UCB
A UCB preparou uma série de atividades para receber os estudantes neste semestre. Teremos eventos de acolhida para os calouros em fevereiro e março, a depender do curso e da modalidade de ensino. As datas de início das aulas também são diferentes. Veja:
15 de fevereiro
- Acolhida de calouros das graduações semipresencial, EaD, híbrido e calouros de Medicina.
- Local: Campus Taguatinga.
- Horário: 9h às 12h.
17 de fevereiro
- Início das aulas para os alunos veteranos da graduação presencial.
- Início das aulas para os calouros e veteranos de Medicina.
- Início das aulas para alunos calouros e veteranos da graduação EaD, semipresencial e híbrido.
- Início das aulas pós-graduação EaD.
- Início das aulas pós-graduação stricto sensu.
25 e 27 de fevereiro
- Palestra Conexão Ambev + UCB: desvendando tudo sobre a cultura organizacional
- Local: Campus Taguatinga – Praça de Convivência (atrás da reitoria)
- Horário: 25/02 (10h30 às 12h) e 27/02 (18h às 19h30)
6 de março
- Início das aulas para os calouros da graduação presencial.
10 de março
- Acolhida para calouros da graduação presencial do Campus Taguatinga.
- Local: Campus Taguatinga.
- Matutino: 9h às 12h.
- Noturno: 19 às 22h.
11 de março
- Acolhida para calouros da graduação presencial do Campus Ceilândia.
- Matutino: 9h às 12h.
- Noturno: 19 às 22h.
Em caso de dúvidas, consulte o Calendário Acadêmico 2025.
UCB abre inscrições para atendimento odontológico
A Clínica-escola de Odontologia abrirá inscrições na próxima quinta-feira, 6, para atendimento à comunidade. O cadastro formará a lista de espera voltada ao público a partir dos 13 anos. As inscrições começam às 9h e vão até 18h do dia seguinte, pelo formulário on-line. Os inscritos passarão por triagem entre março e novembro deste ano.
Aqueles que forem selecionados, de acordo com o interesse acadêmico-científico do curso, são encaminhados para tratamento. Os atendimentos ocorrem de segunda a sexta, nos períodos da manhã, tarde e noite, no campus Taguatinga. Não há um prazo determinado para realização do tratamento, que ocorrerá ao longo de 2025.
É importante ressaltar que crianças de 12 anos ou menos e pessoas com deficiências não fazem parte do público-alvo neste momento. A UCB abrirá outro cadastro para esses atendimentos no segundo semestre.
Serviço
Inscrições abertas para atendimento odontológico na UCB
Período de cadastramento: de 6 de fevereiro, a partir das 9h, até 7 de fevereiro, às 18h
Público-alvo: pessoas a partir de 13 anos (sem deficiências)
Formulário de inscrição: https://forms.gle/2DUz4TZh4rLiUyEDA
Mais informações: (61) 3356-9433 ou (61) 3356-9603. WhatsApp: (61) 3356-9612
Professor Alex Vidigal dá entrevista sobre “Ainda Estou Aqui”
O professor Alex Vidigal, do curso de Cinema e Mídias Digitais, deu entrevista à Rádio Metrópoles sobre as indicações do filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, ao Oscar. A conversa abordou a qualidade filme e da atuação de Fernanda Torres, além da trajetória do cinema brasileiro na premiação desde O Beijo da Mulher Aranha, em 1986. Ainda Estou Aqui foi indicado ao prêmio de melhor filme, melhor filme estrangeiro e Fernanda Torres a melhor atriz. O programa Conexão Metrópoles, comandado pelo jornalista Estevão Damázio, foi ao ar na última quinta-feira a partir das 8h.
Ouça:
Pós-graduação em Economia Criativa traz novidades para 2025
O Programa de Pós-graduação Stricto Sensu Profissional Inovação em Comunicação e Economia Criativa (PPGEC) da Universidade Católica de Brasília inicia 2025 com novas perspectivas, conquistas e desafios. No fim de 2024, passou a integrar a Cátedra Unesco em Economia Criativa e Políticas Públicas (CEPP), sediada na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Com isso, participará de pesquisas conjuntas com instituições nacionais e internacionais, membros da CEPP. Teve, ainda, autorização do MEC para abrir o doutorado em Economia Criativa com foco em Comunicação Social, o primeiro no Brasil.
Um dos projetos a serem desenvolvidos a partir deste ano pela Rede da Cátedra será a produção de um dossiê sobre economia criativa em âmbito nacional. De acordo com o coordenador do PPGEC, Alexandre Kieling, está em planejamento uma pesquisa desenvolvida com uma construção metodológica conjunta, unindo métodos criados pelo programa da UCB com os de outros parceiros da CEPP. Ele conta que “a gente vai trabalhar com a metodologia que nós criamos, sobre os indicadores da economia criativa como um todo, não só da indústria criativa, das indústrias culturais, das atividades primárias, mas a gente também vai juntar um trabalho que está sendo feito no Rio pela ESPM”, que criou indicadores próprios de desenvolvimento da Economia Criativa.
Na perspectiva da internacionalização, o programa se aproximará de instituições de diversos países, como Portugal e Espanha, para criar uma rede de pesquisa que permitirá a troca de conhecimento e a construção de uma plataforma internacional de saberes. A iniciativa está alinhada à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Unesco. A agência da ONU busca criar uma Rede para promover a cooperação entre as instituições que atuam nos estudos e estímulos do fazer criativo como uma das estratégias para o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental.
Clínica-escola de Nutrição oferece atendimento gratuito
A Clínica-escola de Nutrição da Universidade Católica de Brasília (UCB) iniciou o cadastramento de pacientes para o primeiro semestre de 2025. As inscrições podem ser feitas até 3 de fevereiro pela internet ou presencialmente. Há vagas para crianças, adultos, gestantes e idosos. Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e hipertensão. Também haverá tratamento de alergias alimentares, além de reeducação alimentar e acompanhamento de atletas de alto rendimento em esportes individuais e coletivos. Os atendimentos serão feitos no campus da UCB em Taguatinga.
Após a inscrição, a equipe de professores e estudantes de Nutrição farão a avaliação dos cadastros para selecionar os pacientes que serão atendidos. Os atendimentos começarão em 3 de março, nos períodos da manhã, da tarde e da noite. Não há prazo determinado para finalizar o acompanhamento. Dependerá de cada caso clínico.
Quem deseja realizar o cadastramento on-line deve acessar o formulário aqui. Outra opção é se cadastrar pessoalmente na clínica, que fica no Campus Taguatinga da UCB, no Bloco F, Sala 25. Para informações, o número de telefone é o (61) 3356-9338.
Serviço
Atendimento nutricional gratuito na Clínica-Escola de Nutrição da UCB.
Inscrições até 3 de fevereiro de 2025.
Inscreva-se pelo formulário on-line ou pessoalmente no Campus Taguatinga da UCB, Bloco F, Sala 25.
Endereço: QS 07, Lote 01, Taguatinga Sul.
Telefone: (61) 3356-9338.
Foto: Freepik.com
Janeiro Branco: cuide da mente e da vida!
Neste mês, voltamos as nossas atenções para a Saúde Mental. Esse assunto, geralmente, é associado a doença mental. No entanto, a definição de Saúde Mental é mais abrangente.As doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores, como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas. Já a Saúde Mental está relacionada à maneira como a pessoa reage às exigências da vida, aos desejos, às capacidades, às ambições, às ideias e às emoções.
Segundo o Relatório sobre Saúde Mental no Mundo, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada oito pessoas vive com alguma doença ou algum transtorno mental. Ansiedade e depressão lideram os casos. Os jovens estão mais sujeitos à ansiedade, os mais velhos à depressão.
Afastamento do trabalho
De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, de 2012 a 2022, houve 2.233.721 afastamentos de trabalho por doenças mentais e comportamentais, sendo a terceira maior causa de afastamento no Brasil.
O adoecimento mental gera gastos com saúde e queda na produtividade econômica, por causa dos afastamentos do trabalho, até a perda de vidas. Nessa perspectiva, surgiu a campanha Janeiro Branco.
História
A campanha foi criada pelo psicólogo Leonardo Abrahão em 2014, na cidade de Uberlândia (Minas Gerais). Janeiro Branco cresceu e ganhou o mundo. No Brasil, a Lei nº 14.556/2023 instituiu a campanha em todo o território nacional e fortaleceu o movimento cujo objetivo é sensibilizar indivíduos e instituições sociais sobre a importância de construir uma cultura da Saúde Mental em todas as relações humanas.
O mês de janeiro foi escolhido por ser um período em que as pessoas têm a sensação de mudanças ou recomeços. Culturalmente, estão mais propensas a pensarem em suas vidas, suas relações sociais, suas condições de existência, suas emoções e seus sentidos existenciais.
E, como em uma folha ou tela em branco, podem ser inspiradas a escreverem ou reescreverem as suas próprias histórias.
Mentalmente saudável
Segundo a OMS, quando a pessoa está no estado de bem-estar, ela consegue desempenhar suas habilidades, lidar com as inquietudes da vida, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a sua comunidade.
Quem está mentalmente saudável compreende que não existe a perfeição e que todos possuem limites. Também entende que a vida real é regada de diversas emoções (alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração).
Além disso, são capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida.
🤍 O que você pode fazer para ser mentalmente saudável?
Cada pessoa pode ser fonte de saúde mental na vida dos que estão seu redor, contribuindo para a criação de relações mais saudáveis, sociedades mais justas e um mundo mais harmônico e feliz.
Preparamos algumas dicas de ações e atitudes para ajudar na busca do estado de bem-estar.
⛹️♀️ Movimente-se
Faça atividades físicas regularmente para aliviar o estresse, fortalecer o corpo e melhorar o humor.
💤Durma bem
O sono de qualidade é fundamental para o equilíbrio emocional e mental.
🍎Alimente-se de forma saudável
A nutrição adequada do corpo favorece a estabilidade da saúde mental.
🎯Invista nos 3 autos
Autoconhecimento, autoestima e autonomia. Conheça-se e valorize suas qualidades para desenvolver uma vida mais confiante.
🌟Tenha hobbies terapêuticos
Envolva-se em atividades que tragam prazer e relaxamento.
🎉Pratique atitudes positivas
A gentileza, a paciência, a tolerância e a sensatez melhoram a convivência e favorecem o bem-estar coletivo.
🌏Conecte-se com a natureza
Passar mais tempo na natureza acalma a mente e promove uma conexão com o ambiente.
🌞Procure ajuda
Quando necessário, buscar apoio é essencial para superar desafios e manter a saúde mental em equilíbrio.
Karatê contra a depressão: corpo, alma e espírito integrados
Bianca Lozeros, 28 anos, carrega na cintura um símbolo de maturidade, realização pessoal e superação. A faixa preta no karatê Shotokan veio depois de um período difícil, que contrasta com a proposta de cuidado com o corpo a mente, parte da filosofia da arte marcial. A depressão a manteve longe do esporte por sete anos. “Eu estava, assim, tipo me sentindo morta em vida”, ela conta. “Eu estava só caminhando, eu não estava sentindo nada, eu não estava sentindo prazer em nada, alegria em nada.” O reencontro com a luta aconteceu na Universidade Católica de Brasília, depois de trancar o curso de Arquitetura e Urbanismo pela segunda vez devido ao problema emocional.
Essa não foi a primeira vez que o karatê a ajudou com problemas de saúde. Aos 11 anos, Bianca estava com anemia profunda. Em meio ao tratamento, uma das coisas que gostava era de assistir filmes de luta. Era fã de Jackie Chan e outros lutadores famosos do cinema. Tinha vontade mesmo de fazer kung fu para imitar os ídolos, mas na falta de alguém que a treinasse na luta chinesa, contentou-se com a japonesa mesmo. Começou na escola, despretensiosamente, e logo descobriu que tinha talento. “E eu me encontrei no karatê. Foi um alimento para a minha alma, sabe? Eu me senti muito viva quando eu comecei”, relembra.
Depois de sete anos e de ter passado pelos dojôs de três senseis, alcançou a faixa marrom, a segunda maior graduação da modalidade. Foi nessa época que a depressão chegou. Bianca estava terminado o ensino médio e o fim da adolescência trouxe desafios que ela, talvez, não estivesse pronta para enfrentar. A pressão do vestibular, da escolha da profissão e as responsabilidades da vida adulta a desestabilizaram. Nem mesmo no tatame ela se sentia bem. Era a aluna mais graduada da turma, a única adulta em meio às crianças. Sentia-se sozinha, sem um oponente que a motivasse a treinar. Resolveu parar.
Nesse tempo, decidiu que seria arquiteta. Passou no vestibular e se dedicou bastante. Trancou o curso uma vez, já deprimida, mas se esforçou para voltar. Entrou para a empresa júnior de arquitetura, a Entre, e chegou a ocupar o cargo de presidente. Estava aos poucos se refazendo quando veio a pandemia de Covid-19. O isolamento sanitário agravou os sintomas depressivos. “Foi por um excesso de coisas que eu estava fazendo, e tudo no remoto. Mudou da noite para o dia” relata. “Eu surtei. No finalzinho do ano de 2020 eu já não estava mais funcionando, o cérebro para e não tem o que fazer.” Trancou o curso de novo.
Bianca tinha vontade de voltar para o karatê, mas faltava ânimo para seguir. Procurou um antigo sensei, mas sentia que não cabia mais naquele tatame. Decidiu retomar os estudos em 2023. Um dia, durante o almoço em um dos restaurantes da Católica de Brasília, sem querer começou a prestar atenção na conversa em uma mesa de professores. Pensou ter ouvido falar de luta, de tatame, de projeto, de treino. Quando escutou a palavra “karatê”, teve certeza do que estavam falando. Levantou-se e interrompeu a conversa. Quis saber dos detalhes.
Eles falavam do projeto Universidade Ativa, criado para incentivar os funcionários da Católica a praticarem atividades físicas. Uma das modalidades era o karatê, comandado por Gidalti Guedes, professor de lutas no curso de Educação Física. Hoje o projeto aceita estudantes e egressos, mas, à época, era exclusivo para funcionários. No entanto, a empolgação de Bianca comoveu o professor e ele a acolheu. “Eu estava pedindo para Deus que eu pudesse voltar, que fosse perto de onde eu estivesse trabalhando”, recorda Bianca. “Ele acabou fazendo o melhor, ele trouxe para onde eu estava estudando, eu nem precisava sair da Católica”.
Gidalti explica a razão de Bianca ter melhorado tanto com a prática do karatê. Um dos ensinamentos da arte marcial é o zanshin, o princípio da atenção plena. O praticante é desafiado a estar presente, a viver a experiência da aula de modo pleno, integrando corpo, alma e espírito. “Desse modo, o pensamento não se perderá em devaneios do passado (remorso ou culpa) e também não estará cativo do futuro (insegurança e ansiedade)”. Ao vivenciar o presente, com o atenção direcionada para os riscos e as oportunidades de agora, valoriza-se a visão dos detalhes e do todo. “Quando isso ocorre, o praticante toma maior consciência de si mesmo e identifica percepções e sentimentos inapropriados”, ensina o sensei.
O dojô Hien Kan Karatê tem um significado ímpar na trajetória de 17 anos de Bianca no karatê, incluindo o período de afastamento. O fato de fazer parte de um projeto criado em prol do bem-estar das pessoas cria uma áurea especial. “É gratuito. O sensei faz voluntariamente. Começou por causa da pandemia mesmo, porque os funcionários estavam tendo problemas psicológicos, por causa do isolamento, a ter problema de saúde física também. Então veio para ajudar mesmo”.
Bianca se renova cada vez que entra no dojô. “Só de sentir o cheiro do tatame…”, aqui ela faz uma pausa e respira fundo. “Já teve várias vezes que eu vim só para sentir o cheiro do tatame mesmo, porque já dá uma diferença. A gente sente a energia e o espírito que fica aqui dentro, sabe?” Já faz um ano e meio que ela vive essa experiência. Não é muito tempo, principalmente se levar em conta que ficou sete anos parada. Mas foi o bastante passar o exame de faixa, a faixa preta, da Confederação Brasileira de Karatê. Um sonho que tinha ficado para trás, mas a espera, na opinião de Bianca, foi necessária para que ela amadurecesse. O plano é seguir treinando. Agora com uma carga de responsabilidade maior porque a faixa preta, ela explica, “cobra maturidade, cobra responsabilidade. Então a gente cresce muito com isso”.
Aproveite as condições especiais para o 1º semestre de 2025
Estudantes que ingressarem na Universidade Católica de Brasília no primeiro semestre de 2025 terão descontos progressivos de acordo com a nota do Enem. Todos que fizeram o exame nacional a partir de 2018 podem receber esse benefício, desde que aprovados no processo seletivo. O desconto vale para todas as mensalidades, obedecidos os critérios da portaria de benefícios. Você pode ganhar até 50%, tanto na graduação presencial, quanto no ensino a distância. O benefício vale para todos os cursos, exceto Medicina, Direito (Híbrido), Psicologia (Híbrido), Enfermagem (Híbrido) e os no formato Semipresencial.
Acesse a calculadora do Enem e veja quanto pode economizar: