UCB firma parceria com maior polo tecnológico da América Latina
A Universidade Católica de Brasília (UCB) assinou nesta terça-feira, 26, uma parceria com o Porto Digital, o principal parque tecnológico urbano da América Latina. O evento, realizado na UCB, contou com a participação do Secretário de Ciências, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal, Gustavo Amaral, empresários, representantes da sociedade civil e organizações ligadas à tecnologia e inovação.
O objetivo da colaboração é introduzir um novo modelo de ensino. “Nossos estudantes, ao longo de sua formação, vão realizar projetos reais nas empresas conveniadas à UCB, trazendo para a grade curricular dos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Ciência da Computação as demandas reais do mercado e da sociedade. A implementação dessa metodologia inovadora na grade curricular está prevista para março de 2024”, explica o reitor da UCB, professor Carlos Longo.
Essa iniciativa beneficiará estudantes de todos os campi da UCB: em Taguatinga, Ceilândia e o novo campus que será inaugurado no Plano Piloto em 2024. Além disso, a universidade planeja construir espaços de coworking, onde empresários poderão colaborar com alunos e professores no desenvolvimento de soluções computacionais.
Maior da América Latina
O Porto Digital é o principal parque tecnológico urbano da América Latina. Mais de 460 empresas, organizações de fomento e órgãos governamentais, fazem parte do empreendimento. É uma comunidade composta por mais de 17 mil profissionais e empreendedores. “Queremos trazer a experiência de formação de pessoas na área de tecnologia que nós temos no Porto Digital para cá, aproveitando a estrutura da própria universidade, com o corpo de professores e todo o potencial de crescimento na área de tecnologia que Brasília possui”, disse a Superintendente de Formação e Inovação do Porto Digital, Marcela Valença.
A parceria está em sinergia com o projeto do Governo do Distrito Federal de revitalizar o Setor Comercial Sul (SCS) do Plano Piloto. Em maio deste ano, o governo aprovou uma lei que autoriza uma série de novas atividades nessa área, visando transformá-la em um centro de tecnologia e economia criativa. Esta iniciativa inclui a autorização para 280 novas atividades comerciais, institucionais e de prestação de serviços, como a abertura de faculdades, creches, cursos de educação profissional de nível técnico, entre outros.
Mais que um programa de graduação
A proposta implica em uma modificação na estrutura curricular dos cursos oferecidos pela UCB, introduzindo a inovadora disciplina ‘Residência Tecnológica Porto Digital’, que leva os estudantes para dentro das empresas e traz as empresas para dentro da universidade. “O grande diferencial a partir desse momento é que nossos alunos estarão envolvidos em projetos reais nas empresas, durante o processo de formação, criando oportunidades de trabalho e colocando o conhecimento em prática. Nenhuma outra instituição em Brasília oferece essa disciplina em sua grade de ensino”, destaca Gislane Pereira Santana, professor da disciplina de Residência Tecnológica da UCB.
Após a formalização da parceria, a Universidade está agora em processo de cadastramento de empresas interessadas em se integrar a essa colaboração com a UCB, atuando como locais de residência tecnológica para os estudantes. A participação das empresas parceiras começará no primeiro semestre de 2024. Organizações interessadas podem entrar em contato pelo WhatsApp no número (11) 97204-5133.
CatólicaVET promove vacinação, vermifugação e distibui brindes
O Curso de Medicina Veterinária da Universidade Católica de Brasília (UCB) fará uma ação com vacinação antirrábica, vermifugação e distribuição de brindes. As atividades acontecem no Dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais, comemorado em 4 de outubro. A programação inicia às 15h. Mais tarde, às 17h, será realizada a bênção aos animais. O evento, gratuito e aberto à comunidade, será na Clínica-Escola CatólicaVET, no Câmpus Taguatinga da UCB.
“É muito gratificante para nós celebrar o Dia de São Francisco de Assis cuidando dos pets da nossa comunidade, já que ele tinha grande amor pelos animais. Convidamos todos a trazerem seus pets domésticos e não convencionais para participar desse evento”, comenta Edilaine Sarlo Fernandes, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da UCB.
Programação
Das 15h às 18h, o atendimento será realizado na Clínica-Escola, com vacinação antirrábica e vermifugação gratuita em cães e gatos, e distribuição de brindes. Neste período, os médicos veterinários também farão orientação sobre o câncer de mama em animais, com dicas de como identificar possíveis casos e informações sobre o tratamento e prevenção, dando início à campanha Outubro Rosa PET.
A partir das 17h, o coordenador de pastoralidade do Colégio Católica Brasília, padre Isaac Celestino de Assis estará presente realizando a bênção aos animais que forem levados até o local.
CatólicaVET
A Clínica-Escola do curso de Medicina Veterinária da Universidade Católica de Brasília, a CatólicaVET, iniciou os atendimentos à comunidade há um ano. Com estrutura moderna e equipamentos de última geração, a clínica está preparada para atender cães, gatos e pets não-convencionais como coelhos, porquinho da índia, aves e hamsters. Não é necessário agendamento e a taxa é cobrada de acordo com o procedimento realizado no ato da consulta. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 21h (exceto feriados e finais de semana), no bloco P da Universidade.
UCB promove Congresso Internacional sobre Benefícios Fiscais
O Mestrado em Direito da Universidade Católica de Brasília (UCB) promove de 28 a 30 de setembro o Congresso Internacional sobre Benefícios Fiscais, que vai reunir especialistas de todo o Brasil e de Portugal para debater aspectos da Reforma Tributária, cuja primeira fase já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e agora tramita no Senado. O congresso é voltado para profissionais e estudantes de Direito, da graduação, pós-graduação, Mestrado e Doutorado, e será realizado no Auditório do Bloco M – Campus Taguatinga. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas on-line.
Professor do Mestrado em Direito da UCB, Maurício Timm do Valle é um dos organizadores do evento e explica a necessidade de debater o tema de forma mais aprofundada. “Um dos pontos que me parecem mais sensíveis é justamente esse dos benefícios fiscais e tributários. Quando um benefício tributário é concedido, determinado segmento ou empresas são beneficiários de exoneração. Se não houver um bom controle, esses são valores que a sociedade deixa de receber. Valores que poderiam ser aplicados em infraestrutura, saúde, educação. É algo absolutamente sensível ao desenvolvimento da nação. Lembremos que os benefícios fiscais são espécies de financiamento com dinheiro público, ou seja, de todos”.
“Muitas vezes os benefícios são concedidos sem o controle necessário, sem o exame de proporcionalidade, de impacto orçamentário. Esse Congresso visa a estudar justamente isso. Tanto em nível federal, quanto benefícios fiscais em níveis distritais e estaduais”, continua Maurício.
Especialistas em Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito do Estado, Finanças Públicas, Tributação e Desenvolvimento, Direito Econômico e Financeiro, Direito Ambiental, Direito Público, Direito Fiscal, entre outras, estão confirmados para o evento. Confira os palestrantes no link de inscrição.
O Congresso Internacional sobre Benefícios Fiscais tem incentivo da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e do Programa de Apoio à Pós-graduação (PROAP) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Livro aborda o sistema fiscal ligado a questões de raça
O Projeto de Pesquisa Igualdade, Diversidade, Democracia e Tributação (IDDT) promove debate sobre o livro “As Paredes da Estrutura: atravessamentos tributários” (editora Casa do Direito), com participação da autora da obra, Daniela Olímpio de Oliveira. O evento será no dia 25 de setembro, das 18h às 19h. Para participar, basta acessar a reunião on-line.
O livro em debate explora a história das relações raciais no contexto brasileiro, propondo uma perspectiva de descolonização do conhecimento. Aborda o sistema fiscal como um produto da interseção entre a colonialidade e a modernidade, resultante da exploração racial, da escravidão e do apagamento da luta pela liberdade, elementos ainda presentes na contemporaneidade brasileira.
O foco principal recai sobre a questão racial, considerando suas interconexões com gênero, classe e geografia. O texto analisa como a sociedade colonizada perpetuou suas dinâmicas no período do consumo em massa, redefinindo conceitos enquanto mantinha a estrutura vigente. A narrativa assume uma abordagem pessoal, compartilhando as experiências cotidianas da autora em relação ao sistema tributário.
O livro também faz menção ao “Julho das Pretas” e ao dia 25 de julho, que celebra as Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, além de homenagear Tereza de Benguela. É uma obra impregnada de engajamento e ativismo.
A palestrante é professora e pesquisadora de temas de justiça tributária, doutora em Direito e Sociologia (UFF – Rio), mestre em Direito (UNESA – Rio) e em Filosofia (UFJF – MG). É pós-doutoranda em História Econômica (USP), onde atua também como professora no Programa de História Econômica.
UCB Integra realiza II Jornada de Trabalhabilidade
O encontro entre estudantes e palestrantes reconhecidos pelo mundo do trabalho debateu temas sobre carreira, tecnologia e liderança feminina
Por Joyce Teles e Rafaela Boer/Olfato – Agência Júnior de Jornalismo e Comunicação.
Na quarta-feira, 20 de setembro, aconteceu a “II Jornada de Trabalhabilidade: Mundo do Trabalho e suas Inovações”, promovida pelo UCB Integra, setor da Universidade Católica de Brasília responsável por gerir as questões referentes a estágios, carreira e empregabilidade junto aos estudantes em formação. O evento, que ocorreu das 9h às 21h30, integrou os alunos às novas pautas e aos desafios do mundo do trabalho.
Houve também a participação de 14 expositores, entre empresas, agências de integração (IEL, Cesam e Stag) e empresas juniores de diversos cursos da UCB. Os expositores ofereceram vagas de emprego e estágio, além de dar orientações sobre empregabilidade.
De acordo com a professora à frente do UCB Integra, Andrea Garzesi, a “II Jornada da Trabalhabilidade” é uma oportunidade de estimular o desenvolvimento de competências que possibilitem o estudante ter uma carreira concreta. “A gente quer que eles permaneçam, a gente quer que eles saiam de um contrato de estágio e sejam efetivados nessa empresa”, explicou Andrea.
Fernanda Verdolin, CEO da Edtech Workalove, abriu a programação do evento às 9h com a palestra “Mundo do Trabalho e a Relação com as Novas Gerações”. A palestrante abordou a capacidade de gerar trabalho, renda e riqueza em diversas atividades, bem como sobre os desafios na escolha de carreiras, especialmente no campo da tecnologia. Fernanda destacou a solidão na tomada de decisões e a pressão para se conformar com estereótipos profissionais, ressaltando que “superar esses desafios demonstra resiliência e determinação”.
Pela dinâmica de oficina, Johann Bischof apresentou o tema sobre “Carreiras e Games”, destacando as diversas profissões criativas e tecnológicas por trás dos jogos, bem como os estereótipos negativos a eles relacionados, defendendo que o problema não é o ato de jogar, e sim seu uso equilibrado. Bischof lembrou, o quanto os jogos digitais ajudaram as pessoas a saírem da depressão durante a pandemia, quebrando esse paradigma.
No período da tarde, Fernanda Verdolin retornou com a palestra “Mundo do Trabalho e a Liderança Feminina”, quando explorou como o mercado de trabalho atual afeta a ascensão das mulheres. Ela falou sobre a tendência de as mulheres se retratarem em cargos de liderança, em como a inteligência artificial pode ameaçar essas posições e em como ocorre uma masculinização inconsciente, quando as mulheres ocupam espaços dominados por homens. Em contraponto, a empatia e a capacidade de ver o outro de maneira diferenciada foram ressaltadas por ela como vantagens da liderança feminina.
O evento continuou com um talk show, às 17h, envolvendo as representantes Laura Tiemi Fugita, da empresa júnior Cajuí; Giovanna Benincasa, da Conex; Mariana Calazans, da Matriz e de Maria Luisa Martins, da Olfato. Mediadas pela professora Margaret Nunes, o bate-papo proporcionou uma visão ampla a respeito do papel dessas empresas na formação dos futuros profissionais, que encontram ambiente propício ao entendimento de empreendedorismo, relações humanas, liderança e, naturalmente, ao exercício da profissão futura. “Queremos dar a oportunidade para todos. Após a análise da diretoria depois de uma entrevista, propomos um desafio por área, para que provem se estão prontos para a admissão. Damos apoio a todos os novos e velhos integrantes e há também a política de revezamento de funções, oportunizando aos integrantes experimentar outras tarefas nas diretorias existentes na nossa empresa júnior”, concluiu Maria Luisa, presidente da Olfato, referindo-se ao processo seletivo e ao funcionamento da agência.
Por fim, a palestra de encerramento, às 20h, conduzida por Gilberto Lima Júnior, abordou “O Avanço das Tecnologias e Seus Impactos Sociais e Ambientais” salientando a importância da preservação do aspecto humano no avanço tecnológico. Ele explicou o papel dos futuristas na previsão de cenários futuros com base em tendências e pesquisa. Destacou a necessidade de as pessoas se alfabetizarem tecnologicamente e manterem o controle sobre as tecnologias, para evitar um mundo dominado por tecnocracia, chamando a atenção para a importância de uma atitude ética e de participação da sociedade civil em debates globais sobre tecnologia.
Egressa da UCB é destaque em competição da Embaixada dos EUA
Luanny Evangelista, egressa do Curso de Publicidade e Propaganda da UCB, foi semifinalista na Academia para Mulheres empreendedoras (AWE 3.0), um programa promovido pelo Departamento de Estado dos EUA para empreendedoras. A AWE 3.0 é realizada pela Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, em parceria com a Amazon Brasil e Grupo +Unidos. Neste ano, mais de 400 candidatas se inscreveram, com 90 selecionadas para formação intensiva e treinamento. Luanny Evangelista se destacou como 6ª colocada em seu grupo, na competição de pitches.
Lueva, como é conhecida, é CEO da Lueva Beauty, uma marca de cosméticos que tem como objetivo tirar mulheres da zona de vulnerabilidade social por meio do empreendedorismo. A empresa ajuda mulheres a ganharem dinheiro com a venda de cosméticos e suplementos alimentares voltados para a área da saúde. “O nosso ticket médio é de R$297,00. A cada venda, elas faturam pelo menos R$ 60”, explica a empresária.
A AWE 3.0 capacitou empreendedoras a explorar seu potencial econômico e fortalecer seus negócios. “Ser semifinalista no Programa AWE foi muito importante para validar o Projeto Lueva Boss: uma escola de empreendedorismo feminino com foco na mentalidade empreendedora, marketing, vendas, finanças e vários outros temas essenciais na jornada empreendedora das mulheres”, ressalta Lueva.
Lueva destaca ainda a importância da formação na UCB em sua trajetória. “A Universidade Católica me proporcionou uma base sólida para que hoje eu seja especialista em Marketing e Vendas. Ela também traz autoridade ao meu currículo, o que contribui para que eu tenha segurança para empoderar outras empreendedoras”, conclui.
Seminário inter-religioso pela superação da cultura do ódio
No dia 23 de setembro, a Universidade Católica de Brasília (UCB) reúne representantes de diferentes religiões para um seminário inter-religioso e acadêmico com o tema “Como vestir-se de nova humanidade para a superação da cultura do ódio?”. O evento será das 9h às 12h no Auditório do Bloco K, no Campus Taguatinga, com entrada gratuita e aberta ao público.
A inspiração do debate veio da celebração do mês da Bíblia, comemorado em setembro pela Igreja Católica Apostólica Romana, cujo tema deste ano se baseia em um versículo da Carta aos Efésios, presente no segundo testamento, que fala sobre ‘vestir-se de nova humanidade’. “Diante de situações que desumanizam a humanidade, precisamos unir forças, saberes, conhecimentos. As religiões são importantes para pensar estratégias de ‘vestir-se de nova humanidade’. E a gente entende que a universidade é esse lugar do diálogo entre fé, ciência, política”, explica a professora do Núcleo de Humanidades e coordenadora da Pastoralidade da UCB, Vanildes Gonçalves, uma das responsáveis pelo evento.
O seminário, aberto ao público, tem início às 9h com a acolhida aos participantes e inscrições. Na sequência, será composta a mesa com representantes de religiões cristãs, de matriz indígena e afro-brasileira e das organizações promotoras do evento, como a Universidade Católica de Brasília (UCB), o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), o Centro de Estudos Bíblicos (CEBI) e a Iniciativa das Religiões Unidas (URI). Todas as representações serão convidadas a falar e refletir sobre o tema. O evento também terá transmissão ao vivo pelo canal da Católica no YouTube, para quem não puder comparecer presencialmente.
“Após as falas de cada representação, abriremos para participação do público, que poderão fazer perguntas. Não só os presentes, mas aos que estiverem assistindo pelo YouTube também”, explica Vanildes.
50 cursos de graduação 100% a distância
A Católica EAD está com inscrições abertas para 50 cursos graduação. Todos são ofertados na modalidade 100% a distância e distribuídos entre polos nas cinco regiões do Brasil, além dos Estados Unidos e Japão. As o prazo para se inscrever termina no dia 25 de outubro e as aulas começam em 16 de outubro. Para conhecer os cursos, visite o site ead.catolica.edu.br.
O ingresso pode ser feito por meio do vestibular ou com a nota do ENEM. Também é possível solicitar transferência de outras instituições de ensino superior. Pessoas que já tenham formação superior podem se matricular sem necessidade de fazer prova.
Há ainda o ingresso como aluno especial, para cursar disciplinas isoladas. Este processo destina-se aos estudantes de outras instituições de ensino superior e que desejem cursar disciplinas isoladas oferecidas nas matrizes da Católica EAD. A seleção será realizada mediante análise dos documentos entregues 0pelos estudantes e de acordo com a oferta de disciplinas. O aluno especial poderá cursar, no máximo, seis disciplinas isoladas.
Bolsas de estudos
Em 2023, a Católica EAD disponibiliza bolsas de 100%* nas mensalidades. Para participar do programa, o candidato precisa comprovar uma renda familiar de até um salário mínimo e meio, entre outros critérios.
*Consulte os polos participantes as condições na página de descontos e bolsas.
Português para Migrantes e Refugiados: direitos e cidadania
No Dia do Educador Social, 19 de setembro, a Universidade Católica de Brasília (UCB) celebra o sucesso de um projeto de extensão com grande impacto na vida das pessoas. O Curso de Língua Portuguesa para Migrantes e Refugiados concede o certificado de proficiência na língua a estrangeiros que pretendem se estabelecer no Brasil. Esse é um requisito exigido pelo governo para o processo de naturalização. Dessa forma, a UCB contribui para a garantia de direitos e cidadania a essas pessoas.
O curso surgiu de uma demanda do Instituto Migração e Direitos Humanos (IMDH), instituição que apoia migrantes, refugiados e apátridas na defesa de direitos, cidadania, assistência jurídica e humanitária, além de integração ao mercado de trabalho e inclusão em políticas públicas.
Desde a criação, em 2015, mais de 800 pessoas aprenderam português gratuitamente na UCB e cerca de 90% conseguiram o certificado de proficiência. “E quem não consegue, não significa que está reprovado. A gente só convida para que ele faça mais um semestre”, explica o coordenador do projeto, José Ivaldo Lucena. “Tem aluno que faz os seis meses, tira o certificado de proficiência e mesmo assim pede para continuar, porque, para ele, é mais importante aprender do que somente conseguir a naturalização, que é para vida.”
Mais do que a língua
O curso ajuda a recuperar vidas pessoas que muitas vezes são obrigadas a deixar o país de origem e chegam ao Brasil em situação precária. Além disso, traz empoderamento aos alunos. Ajuda no enfrentamento a diversos tipos de abuso que possam sofrer por não falarem a língua portuguesa e pela fragilidade inerente à condição de migrante ou refugiado, principalmente no trabalho. “Eles são mão de obras barata aqui no Brasil, né? São patrões que não pagam, às vezes, ou exploram muito”, exemplifica o professor.
Eliana de Jesus Fuentes (42) trabalhava para o governo na Venezuela. Ela descobriu um esquema de corrupção que envolvia um general do Exército e passou a ser perseguida. Sem encontrar outra alternativa, resolveu fugir do país. Passou primeiro pela Colômbia e depois veio para o Brasil. Chegou a Boa Vista (RO) em 2019. Sem dinheiro, ficou uma semana vivendo na rua, até conseguir dinheiro e mudou-se para Brasília.
Na Capital Federal, morou de favor na casa de amigos venezuelanos que a ajudaram a conseguir emprego. Com o trabalho, conseguiu alugar um quarto, mas renda não era suficiente para cobrir as despesas. “Às vezes eu não comia para poder pagar o aluguel, senão eu não teria uma cama, não teria nada”.
O que mais dificultava a adaptação de Eliana era a barreira da língua. “A gente não falava nada de português, não entendia nada em português. Era muito difícil”, recorda. Por indicação de amigos, matriculou-se no curso da Católica e conseguiu alcançar a proficiência. Depois disso as coisas melhoraram.
“Há dois anos consegui a residência permanente graças à Católica”, comemora. No mesmo ano, trouxe o filho de 21 anos para morar em Brasília. Ela conquistou um emprego em um restaurante, onde faz trabalho administrativo e ajuda em outras atividades. Outra vitória foi matricular-se em cursos profissionalizantes em desenho gráfico e marketing no SENAI.
Eliana destaca que o curso vai além do aprendizado da língua e a obtenção do certificado. A maior contribuição, segundo ela, é o relacionamento com os professores, o caráter humanístico do projeto. “Quando fiquei internada no HRT [Hospital Regional de Taguatinga] para fazer uma cirurgia de vesícula, eu não tinha dinheiro, não tinha comida, não tinha nada”, relata. “A professora Lene me perguntou como eu estava. Eu falei que tinha feito a cirurgia e estava em uma cama, sem nada. Eles levaram comida, algumas coisinhas. O maior apoio que um recém-operado pode receber”, completa.
Ao lembrar-se do episódio, o professor José Ivaldo conta que, após a alta médica, visitou Eliana e se comoveu com a situação dela. Sem trabalho, a renda cessou. “A gente conseguiu cesta básica, fez a visita. Quando chegou lá, não tinha fogão, não tinha botijão, não tinha nada. E a gente conseguiu doação de fogão, doação de botijão e foi lá para ajudar.”
Sobre o curso
As aulas são ministradas por estudantes de diversas graduações da Católica, como Relações Internacionais, Letras, Medicina e Direito. Há também voluntários externos, especialmente professores que se aposentaram na Secretaria de Educação do Distrito Federal. Todos atuam voluntariamente. A UCB garante salas de aula com recursos audiovisuais e provê os recursos humanos para a coordenação. O custo financeiro é basicamente com as xérox das apostilas e a compra do material didático (lápis, borracha papel). Atualmente a Fundação La Salle coopera com o custeio desses insumos.
O método de ensino parte da bagagem dos alunos para que eles aprendam a língua naturalmente, com base nas suas próprias culturas e situações cotidianas. O professor José Ivaldo explica que “tudo é conteúdo de aprendizagem: as relações, os desafios, os sonhos, a culinária deles. Isso tudo é tema de discussão na sala de aula. Por isso que a gente chama de ‘português como língua de acolhimento’, porque a gente acolhe a cultura deles, eles acolhem a nossa”.
Novas turmas são formadas no início de cada semestre. Para mais informações, entre em contato pelo telefone: (61) 3356-9032 ou pelo e-mail: projetosermais@ucb.br
Febre maculosa: entenda
A Febre Maculosa é uma doença infecciosa que tem ganhado visibilidade devido a recentes casos em algumas regiões do Brasil. Trata-se de uma doença causada pela bactéria do gênero Rickettsia e transmitida ao ser humano pela picada de um carrapato infectado, principalmente carrapatos da espécie Amblyomma aureolatum e Amblyomma sculptum (anteriormente conhecido como Amblyomma cajennense ou “carrapato estrela”).
Diferentes espécies animais domésticos e silvestres podem manter o carrapato na natureza, especialmente as capivaras, que funcionam como hospedeiros amplificadores da bactéria. Hoje o risco de transmissão para os seres humanos é devido a fatores de exposição e contato com os carrapatos infectados seja em áreas silvestres, rurais, parques, lagos, entre outros.
Os principais sintomas observados incluem febre de início abrupto, dor de cabeça, erupção cutânea, dor muscular de evolução rápida. O tratamento é feito com antimicrobianos específicos e deve ser iniciado o quanto antes, pois a doença pode evoluir para a forma grave a causar a morte da pessoa. Os principais métodos de prevenção são o uso de roupas claras para facilitar a identificação da presença dos carrapatos, usar calças, sapato fechado e manga longa ao caminhar em áreas de mata. Identificar se os animais de estimação estão com carrapatos também é uma medida preventiva.
É importante retirar o quanto antes o carrapato do seu corpo para reduzir o tempo de contato e a chance de contrair a doença. O carrapato deve ser removido inteiro, com o auxílio de uma pinça e sem ser esmagado ou apertado. Em casos de suspeita, procure a unidade de saúde mais próxima.
Artigo escrito por Stephan Alberto Machado de Oliveira, professor de doenças infectocontagiosas, do Curso de Medicina Veterinária na UCB. É doutor em Imunologia pela Johannes Gutenberg-Universität Mainz, na Alemanha e mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria, Brasil.
Veja o que mudou na norma ABNT e consulte o manual
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) alterou a NBR 10520, que trata dos trabalhos acadêmicos. As principais mudanças são referentes às citações de trabalhos de outros autores. Veja abaixo alguns exemplos de como se fazia na versão anterior da norma e como ficou na edição de 2023. Não deixe de consultar o manual para apresentação de trabalhos acadêmicos da UCB para conhecer todas as regras.
Exemplos
1. A Indicação de responsabilidade, quando estiver entre parênteses, deve ser grafada em letras maiúsculas e minúsculas.
ANTES:
(LOPES, 2000, p. 25).
AGORA:
(Lopes: 2000, p. 25).
2. O ponto final deve ser usado para encerrar a frase e não a citação.
ANTES NO SISTEMA AUTOR-DATA:
“Caracterizada como formadora de pessoal para apoio ao progresso social, à universidade se objetiva […].” (SOUZA, 1997, p. 9).
DEPOIS NO SISTEMA AUTOR-DATA:
“Caracterizada como formadora de pessoal para apoio ao progresso social, à universidade se objetiva […]” (Souza, 1997, p. 9).
ANTES NO SISTEMA NUMÉRICO:
“No Brasil, o Amapá foi um estado pioneiro no reconhecimento dos direitos territoriais indígenas.” ¹
DEPOIS NO SISTEMA NUMÉRICO:
“No Brasil, o Amapá foi um estado pioneiro no reconhecimento dos direitos territoriais indígenas” ¹, p. 30.
3. Possibilidade de inserir a localização de documentos não paginados. Em publicações eletrônicas (Kindle etc.), o localizador, se houver, deve ser indicado após a data, ele deve ser precedido pela respectiva abreviatura (local.).
Exemplo 1:
“[…] a transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei […]” (Brasil, 1998, cap. V, art. 49, inc. I).
Exemplo 2:
“Na década de 1930, Piaget desenvolve um programa de pesquisa experimental junto aos seus três filhos […]” (Dongo-Montoya, 2009, local. 264).
4. Em citação direta, no sistema numérico, o número da página ou localizador, se houver, deve ser indicado após o número da fonte no texto, separado por vírgula e um espaço.
Exemplo 1:
“No Brasil, o Amapá foi um estado pioneiro no reconhecimento dos direitos territoriais indígenas” ¹, p. 30.
Exemplo 2:
“O ensino híbrido, ou blended learning, pede que o professor reveja a organização da sala de aula, a elaboração do seu plano pedagógico e a gestão das suas aulas” 7, local. 72.
5. Os recuos em citações diretas com mais de três linhas mudou:
Na NBR 10520/2002 deveriam ser destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda.
Na NBR 10520/2023, as citações diretas com mais de 3 linhas devem ser destacadas com recuo padronizado em relação a margem esquerda e agora apenas recomenda-se o recuo de 4 cm.
Exposição traz a essência artística do mineiro D’Eli
A Biblioteca Central da Universidade Católica de Brasília recebe em setembro a exposição “Mergulho na alma D’Eli”, do artista plástico Eli Batista Soares. As obras ficarão expostas até 30 de setembro e a entrada é gratuita. A mostra traz pinturas em acrilismo com uma mistura de outras técnicas. D’Eli, como o pintor assina suas telas, explica que não é possível definir o seu trabalho como abstrato, figurativo ou contemporâneo. “Eu passo por muitas fases. Gosto de experimentar, pesquisar novos estilos, demonstrar nas telas o que estou sentindo naquele momento. As telas me permitem ser criativo e expressar os meus sentimentos naquele momento. São sempre artes únicas.”
Em suas obras podem ser encontradas cores vivas, colagens, formas, relevos e muita sensibilidade. “Gosto de captar a dinâmica de um momento, a energia do local onde estou pintando, a natureza. Meu objetivo é que as pessoas contemplem as artes com tempo e olhar atento”, resume. O pintor busca inspiração em artistas como Van Gogh, Pablo Picasso, Kali e o brasileiro Romero Britto. Entre inspiração e criação, D’Eli desenvolveu o seu próprio estilo.
Sobre o artista
D’Eli divide os dias entre o trabalho como empregado público e o grande amor pela arte. Mineiro de Belo Horizonte, chegou em Brasília em 1977. Na cidade dos traços marcados e do céu infinitamente azul, Eli se encantou pela pintura, pelas cores e pelas telas. Desde então, nunca mais saiu da capital federal.
Autodidata, começou a fazer desenhos e pinturas na década de 90, depois de visitar uma exposição no Banco do Brasil. “Fiquei encantado com as cores e as formas das artes de grandes mestres”, lembra o artista. Pouco depois, em 1996, pintou o seu primeiro quadro. “Fiz com tinta de automóvel, pois eu li que os grandes artistas usavam meios alternativos, como gema de ovo, terra, cascas de árvores e óleo de linhaça para conseguir efeitos e cores incríveis nas telas”, revela.