Economia criativa: Ana Carla Fonseca compõe corpo decente da UCB
Referência internacional em economia criativa, Ana Carla Fonseca passa a integrar o corpo de professores do Mestrado e do Doutorado Profissionais em Inovação em Comunicação e Economia Criativa da UCB, ampliando os vínculos entre cultura, inovação e desenvolvimento territorial
A Universidade Católica de Brasília (UCB) dá as boas-vindas à economista e urbanista Ana Carla Fonseca, que passa a integrar o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Inovação em Comunicação e Economia Criativa. Reconhecida internacionalmente como uma das maiores referências em economia criativa e cidades, Ana Carla chega à UCB em um momento histórico para a instituição: o lançamento do 1º Doutorado Profissional em Inovação em Comunicação e Economia Criativa do Brasil.
Com uma trajetória que inclui experiências em mais de 30 países, atuação em organizações como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e uma carreira consolidada na consultoria estratégica na empresa Garimpo de Soluções, Ana Carla Fonseca ressalta que a vivência internacional é fundamental para compreender, de forma mais profunda, os processos de transformação urbana e cultural. “Não adianta só ler sobre um contexto. É preciso vivenciá-lo, conversar com as pessoas, sentir o território. Isso é o que permite pensar estratégias efetivas de desenvolvimento”, afirma.
A especialista destaca ainda a importância das redes de colaboração que vêm sendo tecidas ao longo de mais de duas décadas de atuação e pesquisa. “É essa troca de figurinhas, com pessoas de diferentes cantos do mundo, que alimenta e oxigena nossa capacidade de inovar localmente”, aponta.
Trajetória de fronteira
Para a pesquisadora, sua atuação sempre foi marcada por temas de fronteira e pelo desejo de conectar áreas que, tradicionalmente, são vistas como isoladas. Desde jovem, essa inclinação já se fazia presente: entrou na universidade aos 16 anos, cursando simultaneamente Administração Pública na Fundação Getulio Vargas (FGV) e Economia na Universidade de São Paulo (USP), enquanto estagiava na Cinemateca Brasileira, fazia cursos de arte, estudava línguas e praticava esportes. “Sempre busquei encontrar conexões entre essas linguagens e experiências. A minha preocupação, desde o início, era derrubar barreiras entre o mundo acadêmico, o setor público e a iniciativa privada.”
Essa postura se refletiu na sua carreira. Durante 10 anos, atuou como executiva na Unilever em cargos de liderança em marketing e inovação, com passagens pelo Brasil, América Latina, Londres e Milão. Foi em Londres, no final dos anos 1990, que teve contato direto com a política de economia criativa criada pelo governo Tony Blair, cuja experiência despertou nela o desejo de contribuir para esse tipo de transformação também no Brasil.
“Percebi que o impacto da economia criativa ia muito além da economia: ele transformava a sociedade, a autoestima das pessoas, a projeção internacional das cidades. Quando vi isso acontecendo em Londres e, depois, em Milão, uma cidade que, mesmo sem políticas públicas específicas, respira criatividade. Decidi que queria contribuir com esse processo de forma mais direta no Brasil”, conta.
Foi assim que surgiu a Garimpo de Soluções, consultoria pioneira no país na promoção de pontes entre cultura, economia e desenvolvimento. Na época, entre 2004 e 2005, o conceito de economia criativa ainda era pouco difundido no Brasil e muitas vezes enfrentava resistência, sobretudo fora das áreas da administração e economia. “A cidade foi a plataforma ideal para conectar essas áreas verticais. Em um país como o nosso, majoritariamente urbano, pensar a cidade como eixo criativo é pensar em transformação com base na identidade dos territórios.”
Com esse olhar, Ana Carla desenvolveu a primeira tese brasileira sobre cidades criativas, no doutorado em Urbanismo pela USP, enfrentando, inclusive, o estranhamento inicial de diferentes áreas acadêmicas por propor uma tese interseccional, ancorada em vivências executivas, culturais e urbanísticas. Paralelamente, continuou sistematizando e disseminando conhecimentos por meio de livros, pesquisas e publicações digitais bilíngues ou trilíngues, muitas vezes produzidas de forma independente, para democratizar o acesso ao tema.
Inovação na Pós-Graduação
Sobre sua entrada na UCB, Ana Carla vê uma sintonia clara entre sua trajetória e os princípios do novo programa de doutorado profissional. “Fiquei muito entusiasmada com a proposta do curso, com a ousadia metodológica e com a visão crítica sobre as políticas públicas e o papel da economia criativa como vetor de desenvolvimento”, explica.
Coordenado pelo professor Alexandre Kieling, o curso tem como eixo a complexidade dos territórios criativos e busca conectar inovação, comunicação e impacto social de forma concreta. Ana Carla reforça: “Economia criativa não é algo que se decreta. Ela se constrói no diálogo entre políticas públicas, setor produtivo e pulsões culturais da sociedade”.
Desafios globais
Em sala de aula, Ana Carla aposta em encontros que extrapolam o formato tradicional. “São conversas estruturadas, mas vivas, com alunos que trazem experiências maduras e estão em busca de algo que una propósito de vida e atuação profissional”, relata. Entre os temas que pretende desenvolver estão os desafios globais contemporâneos, como as urgências climáticas, a saúde mental e a crise de repertório, sempre conectando essas pautas com a realidade de territórios urbanos, rurais e periurbanos.
Ela também destaca a importância das “conexões improváveis” como chave para o desenvolvimento. “Precisamos articular saberes, cruzar áreas, trabalhar em rede. É isso que nos permite enfrentar a complexidade do mundo atual.”
UCB criativa
Segundo a professora, a Universidade Católica de Brasília tem um papel privilegiado no fortalecimento da economia criativa no Brasil. “A localização da UCB no Distrito Federal é estratégica. Brasília é um microcosmo do país, além de ser o centro das decisões públicas. Somado a isso, temos um corpo docente e discente diverso, interdisciplinar e atuante em várias regiões. É uma combinação rara e muito potente”, afirma.
Ana Carla também vê na universidade uma ousadia positiva. “Vejo na UCB um frescor de ideias, uma constituição curricular arrojada e uma articulação com outros cursos que só contribui para o avanço dessa pauta no cenário nacional.”
Questionada sobre as competências essenciais para quem atua nos campos da comunicação, cultura e economia criativa, Ana Carla é enfática: raciocínio crítico e repertório. “Não basta ser criativo por ser. A criatividade precisa ter propósito e impacto. Para isso, é preciso exercitar o pensamento crítico, questionar o que nos é apresentado como certo. E também alimentar o repertório, sair das bolhas, buscar referências novas. Sem isso, não há transformação”, conclui.
Pesquisadores da UCB marcam presença em conferência na Espanha
O programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica de Brasília (UCB) marcam presença na ATEE – World FATE 2025 Spring Conference: Teacher Education in a Global World, que ocorre entre 27 e 30 de maio, na Universitat Rovira i Virgili, na cidade de Tarragona, na Espanha. Representam a UCB o professor e Dr. Renato de Oliveira Brito, a Dra. Marli Alves Flores, egressa do Programa, e as doutorandas Maria Cristina Mesquita da Silva e Claudia Chesini.
A Conferência Bienal da WFATE 2025 e a Conferência de Primavera da ATEE têm como objetivo discutir as questões atuais e potenciais relacionadas à pesquisa e às práticas em Educação Global, por meio da análise de desenvolvimentos passados e da consideração dos desafios futuros. Em especial, a Conferência enfocará o papel da pesquisa e da prática docente na promoção de oportunidades para processos de ensino e aprendizagem sustentáveis e equitativos, que reconheçam o conceito de educação global em um mundo globalizado.
Além de coordenar mesas de discussões e cooperar para a avaliação de apresentações de doutorandos participantes do evento, o professor Renato Brito realizou uma sessão oral e reuniu-se com o Dr. Joan Miquel Canals, comissionado de redes internacionais da Universitat Rovira i Virgili, localizada em Tarragona. O objetivo foi negociar futuros acordos de cooperação entre as duas universidades, incluindo o programa da União Europeia Erasmus +, de apoio à educação, à formação, à juventude e ao desporto na Europa, que visa o desenvolvimento mútuo de atividades acadêmicas e de investigação nos programas de doutorado em Educação.
Olfato realiza media training com agentes de segurança pública
Na última quarta-feira (07), a empresa júnior Olfato da Universidade Católica de Brasília (UCB) realizou um media training voltado para os alunos da pós-graduação em Alta Gestão Integrada em Segurança Pública, na disciplina de Comunicação Organizacional, ministrada pelo professor Dr. Leandro Bessa, dos cursos de comunicação. O encontro aconteceu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e contou com a presença de integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. A proposta do treinamento foi desenvolver competências em comunicação estratégica para os servidores.
O ponto central da atividade foi a simulação de uma coletiva de imprensa, com perguntas sensíveis e cenários de crise. Conduzido pela equipe de jornalismo, o exercício desafiou os participantes a responder diante das câmeras com clareza, segurança e responsabilidade institucional. A dinâmica abordou não apenas o conteúdo das falas, mas também elementos como postura corporal, controle emocional, tom de voz, expressões faciais e gestos involuntários, aspectos que, segundo os instrutores, podem comprometer ou fortalecer a credibilidade de quem representa uma instituição.
O policial penal Flavio Luis Castiglioni, 45 anos, atualmente cedido à Secretaria de Segurança Pública do DF, destacou a surpresa que teve com “pequenos gestos involuntários, falhas na postura e até expressões faciais, que podem comprometer a credibilidade da fala e a clareza da mensagem institucional.” Mesmo com conhecimento sobre o tema, ele relatou ter enfrentado dificuldade com a exposição: “O maior desafio foi controlar o nervosismo e manter a objetividade e a clareza. Esqueci palavras-chave, tive ‘brancos’ e adotei gestos que indicavam desconforto.”
Ao comparar diferentes tipos de entrevista, Castiglione ressaltou que a espontânea “tende a ser mais vulnerável a erros de posicionamento, esquecimentos e improvisos mal calculados […] Já a entrevista preparada permite alinhar os valores institucionais à fala, organizar os pontos principais, escolher as palavras certas e transmitir segurança.” Para ele, o treinamento é essencial: “Ele nos prepara para lidar com a imprensa de forma ética, clara e estratégica, reforçando o posicionamento institucional […], visto que hoje tudo gira e passa pela mídia.”
O policial também destacou a importância de uma comunicação consciente: “Aprendi que comunicar bem não é apenas saber falar, mas saber se portar, alinhar o conteúdo à missão institucional e estar atento ao tom de voz, postura e expressão, clareza, objetividade […] mais importante que o próprio comportamento é o cuidado com a informação, pois pode causar um impacto negativo para a instituição.”
A policial civil Ana Luiza Almeida Andrade, 49 anos, também compartilhou suas impressões sobre o exercício. Ela destacou a expectativa em apresentar em poucos minutos os conhecimentos teóricos, ao indicar que “podem ser mal interpretados perante o uso inadequado do falar.” Sobre a diferença entre entrevista espontânea e preparada, afirmou: “Muita diferença. Aprendemos nos bancos da faculdade que devemos planejar o que falar. E assim vejo nas entrevistas.”
Mesmo sendo comunicativa, Ana reconheceu um desafio pessoal: “Prefiro a discrição. Gosto dos bastidores da notícia e não fazer parte da divulgação.” Para ela, o treinamento teve valor formativo: “Importante para compreendermos o mundo da informação. Essencial para quem lida com a transmissão da notícia.” E concluiu: “Ampliou ainda mais a minha certeza do gosto pelos bastidores. Adoro pesquisar. Por isso me vejo mais na produção.”
O treinamento proporcionou aos participantes uma experiência prática e realista de como é se comunicar com a imprensa em contextos de alta pressão. A atividade reforçou que dominar a técnica da fala, alinhar conteúdo à missão institucional e ter clareza de posicionamento são habilidades fundamentais para proteger a imagem da instituição e fortalecer a relação com a sociedade.
Por Joyce Teles, estudante do curso de Jornalismo da UCB
UCB lança projeto no metaverso com imersão na floresta
Projeto de pesquisa Lab Metaverse UCB, da Universidade Católica de Brasília, cria filme em Realidade Virtual, ambiente no metaverso com o povo Yawanawá, e laboratório imersivo e tecnológico
Nesta quinta-feira (15), a Universidade Católica de Brasília (UCB) lançará o projeto de pesquisa “Lab Metaverse UCB: o futuro é ancestral”, a partir das 9h, no auditório do Bloco K, no Campus Taguatinga. Ao reunir indígenas, autoridades, pesquisadores, membros da comunidade acadêmica e convidados, a programação do evento incluirá a apresentação de um filme imersivo em realidade virtual 360º, realizado em parceria com as lideranças da aldeia Mutum, do povo Yawanawá, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). A obra convida o público a adentrar em uma narrativa ancestral que conecta espiritualidade e natureza.
Por meio da criação de experiências imersivas dedicadas às etnias Pataxó, Yawanawá e Tukano, a iniciativa visa proporcionar ao público uma vivência da sabedoria ancestral de forma lúdica, interativa e acessível. “O Lab Metaverse UCB é um espaço de experimentação e pesquisa dedicado à inovação tecnológica, pedagógica e cultural, atuando na fronteira do conhecimento e das transformações digitais”, destaca a coordenadora do projeto Florence Dravet, professora da UCB. Segundo ela, o laboratório nasce com o propósito de utilizar tecnologias emergentes, como a inteligência artificial generativa e a realidade virtual, para valorizar e potencializar a cultura, a linguagem humana e os saberes ancestrais.
Sabedoria ancestral
Um dos destaques da programação é a presença do jovem líder espiritual Rasu Yawanawá, originário da região do Rio Gregório, no Acre. Guardião da espiritualidade de seu povo, Rasu preserva os cantos tradicionais e atua como elo entre a tradição indígena e o mundo contemporâneo. “Deixei o estudo do mundo branco. Me disseram que um dia eu estaria numa universidade falando do nosso conhecimento. Não parecia necessário — já havia pessoas estudando isso. Mas hoje estou aqui, diante de professores, para falar da nossa ancestralidade, dos nossos mitos e da nossa tradição. Isso está se tornando realidade. Agradeço muito por essa oportunidade”, ressalta.
Outra voz essencial no projeto é a de Tanara Pataxó, artista, ativista e colaboradora indígena do Lab Metaverse UCB. Guerreira do povo Pataxó, Tanara transforma sua arte e engajamento social em ferramentas de resistência e construção de um legado que une tradição e inovação. Seu trabalho conecta gerações e amplia os horizontes sobre o papel dos povos originários no universo digital.
“O projeto Lab Metaverse UCB será de grande importância para os povos da floresta e para os quatro cantos do mundo. Será uma nova ferramenta onde nós, povos indígenas, podemos utilizar ao nosso favor para fortalecer nossa luta e a nossa cultura. Ele vem com o intuito maior de preservar todos os saberes ancestrais, dar o protagonismo e a visibilidade para os próprios povos indígenas. Demarcar os espaços dentro da tecnologia é necessário para, sim, desconstruir estereótipos e informações que não nos representam, que foram criadas durante todo o processo colonial”, indica Tanara Pataxó.
Também colabora com a iniciativa Īrémirí Luvan, do povo Tukano, do estado do Amazonas. “Esse projeto é a junção da tecnologia indígena e não indígena, onde podemos falar da nossa história, do nosso nascimento, da nossa cosmologia, do povo Yepá-Mahsã”. De acordo com ele, a iniciativa interfere no fortalecimento e propagação dos conhecimentos da etnia. “E assim conseguimos também repassar para as futuras gerações do povo Tukano, ou alguma pessoa curiosa em conhecer a nossa história”, acrescenta Luvan.
Serviço:
Lançamento do projeto Lab Metaverse UCB: o futuro é ancestral
Data: 15 de maio (quinta-feira)
Horário: a partir das 9h
Local: Auditório do Bloco K da Universidade Católica de Brasília (Campus Taguatinga).
Mais informações do projeto: https://labmetaverse.com.br
Instagram: https://www.instagram.com/lab.metaverse/
UCB sediará evento de comitê criado no Vaticano
Encontro internacional na Universidade Católica de Brasília marca a inauguração do Capítulo Brasil do COPAJU e da sede do Instituto Fray Bartolomé de las Casas no Brasil, reforçando o compromisso da UCB com os direitos humanos e a justiça social
Na próxima terça-feira (29), a partir das 8h30, a Universidade Católica de Brasília (UCB) receberá cerca de 500 pessoas para o lançamento de um projeto realizado em parceria com o Comitê Pan-Americano de Juízes e Juízas para os Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana (COPAJU), criado na Cidade do Vaticano sob a inspiração do Papa Francisco. O evento acontecerá no Teatro Católica, localizado no campus de Taguatinga, e reunirá a vice-governadora do DF, Celina Leão, autoridades do Judiciário, personalidades acadêmicas, líderes políticos e religiosos, e delegações de movimentos sociais, sindicatos e organizações culturais, além da Junta Diretiva do Comitê e a comunidade acadêmica da UCB.
A solenidade terá início com a composição da mesa e os discursos de abertura, que serão proferidos por líderes das instituições envolvidas. Em seguida, o público poderá assistir à Aula Magna intitulada “Inteligência Artificial, Justiça e Democracia”, ministrada pelo jurista e magistrado argentino Eugenio Raúl Zaffaroni, designado pelo Papa Francisco como membro do Conselho Acadêmico Fundador do COPAJU em 2023. Ex-ministro da Suprema Corte Argentina, entre 2003 e 2014, Zaffaroni atuou como juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, de 2015 a 2022. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa de cerca de 50 universidades e atualmente é vice-presidente da Associação Internacional de Direito Penal.
Na prática
Na ocasião, será realizada a cerimônia de inauguração da sede brasileira do Instituto de Pesquisas Jurídicas Fray Bartolomé de las Casas (IFBC), que funcionará no Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da UCB, com foco no atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social. A nova estrutura será dedicada à atuação e formação específicas na área de direitos humanos. Atualmente, o NPJ oferece atendimento jurídico gratuito à população e serve como espaço de prática profissional para estudantes do curso de Direito da universidade, sob orientação e supervisão docente.
“Receber o COPAJU na UCB representa um marco para nossa missão institucional, que é formar profissionais comprometidos com a justiça social, os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana. Este projeto amplia nosso compromisso com a inclusão e fortalece o papel da universidade como espaço de diálogo entre o saber, a fé e a transformação social”, ressalta o reitor da Universidade Católica de Brasília, Prof. Dr. Carlos Longo.
Também será inaugurada, simultaneamente, a sede do Capítulo Brasil do Comitê Pan-Americano de Juízas e Juízes pelos Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana (COPAJU), do qual o IFBC constitui o braço acadêmico.
Vozes reunidas
Entre os nomes confirmados no evento estão ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), como a ministra Maria Thereza de Assis Moura, ex-presidente do STJ; o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ; os ministros Lélio Bentes, Alberto Balazeiro, Augusto César Leite de Carvalho, Delaíde Miranda Arantes e Evandro Valadão Lopes, todos do TST. Também participam autoridades como o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, e a professora Ela Wiecko Volkmer de Castilho, procuradora aposentada do Ministério Público Federal (MPF).
O encontro contará ainda com representantes internacionais como Gabriela Fernández, Carlos Romero e Roberto Andrés Gallardo, vinculados ao IFBC da Argentina e ao COPAJU. Juízes federais, membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acadêmicos da Universidade de Brasília (UnB), pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e lideranças de entidades como a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) também estarão presentes, evidenciando a pluralidade de saberes e o diálogo interinstitucional promovido pela iniciativa.
COPAJU
Originado em Buenos Aires, na Argentina, o Comitê Pan-Americano de Juízes e Juízas para os Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana (COPAJU) foi criado formalmente em 4 junho de 2019, sob a inspiração e os ideais do Papa Francisco, que assinou sua ata constitutiva. Em agosto de 2023, passou a constituir-se como uma Associação Privada de Fieis de caráter internacional, “em conformidade com os cânones 298-311 e 321-329, erigida como pessoa jurídica privada dentro da ordem canônica, de acordo com o cânone 322, § 1”, conforme registrado em quirógrafo assinado pelo Pontífice.
O COPAJU é aberto a todas as magistradas e magistrados que desejem aderir e é dirigido por uma Junta Diretiva designada pelo Papa, com representação das três Américas, presidida pelo juiz argentino Roberto Andrés Gallardo. Por meio de seus capítulos nacionais, o Comitê está atualmente presente na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru, Estados Unidos, El Salvador e Uruguai, e está em processo de constituição do Capítulo Costa Rica.
O principal objetivo do COPAJU é ser uma ferramenta para a exigibilidade e a aplicação dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais (DESCA), visando sua efetividade em benefício das pessoas mais vulneráveis. Nessa missão, também se dedica à denúncia e divulgação de situações que violem esses direitos, bem como à defesa mútua de funcionárias e funcionários do Judiciário comprometidos com esses princípios.
IFBC
O Instituto de Pesquisas Jurídicas Fray Bartolomé de las Casas (IFBC) foi criado pelo Papa Francisco em 15 de agosto de 2023, no âmbito da Pontifícia Academia de Ciências Sociais, sob a dependência funcional do Comitê Pan-Americano de Juízas e Juízes pelos Direitos Sociais e a Doutrina Franciscana, do qual é o braço acadêmico.
Sob a direção de Eugenio Raúl Zaffaroni, Alberto Filippi e Marcelo Suárez-Orozco, nomeados pelo Papa, o IFBC tem como objetivo central a produção de conhecimento crítico que favoreça a exigibilidade e a aplicabilidade dos Direitos Económicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DESCA).
Por meio de atividades de pesquisa e formação voltadas a juízas, juízes e operadores e operadoras do Judiciário, o IFBC busca contribuir para o reconhecimento e a efetiva vigência dos DESCA em todas as esferas, especialmente nos contextos migratórios e coloniais, promovendo a igualdade e o respeito à dignidade humana.
UCB recebe representantes da Embaixada do Uruguai
Na última terça-feira (15), a Universidade Católica de Brasília (UCB) recebeu a visita de representantes da Embaixada da República Oriental do Uruguai para uma reunião institucional. Estiveram presentes o Prof. Dr. Gustavo Menon, coordenador do curso de Relações Internacionais; o Prof. José Romero Junior, coordenador do setor de Internacionalização da UCB; e Alícia Machado, analista de Relações Interinstitucionais. Representando a Embaixada, participaram as diplomatas Gissel Marylen Bueno Curcio, primeira-secretária, e Agustina Casavalle.
Durante o encontro, foram discutidas oportunidades de cooperação acadêmica, como a formalização de convênios, realização de visitas técnicas e a participação da UCB em atividades promovidas pela rede de Universidades do Mercosul. A Universidade reforça o compromisso em fortalecer os laços com instituições internacionais, promovendo o intercâmbio de conhecimento e experiências.
Inteligência artificial é abordada em Aula Magna na UCB
Na última quinta-feira (27), a comunidade acadêmica participou da Aula Magna do Mestrado em Governança, Tecnologia e Inovação, no Campus Taguatinga da Universidade Católica de Brasília (UCB). A programação incluiu o painel “Governança da Inteligência Artificial”, com uma discussão aprofundada sobre os desafios éticos, regulatórios e sociais impostos pelo avanço da IA. Especialistas de diferentes áreas debateram como a governança contribui para a segurança e a regulamentação da tecnologia, garantindo a aplicação responsável na sociedade e nas instituições públicas e privadas.
O evento reuniu importantes nomes do setor, incluindo Aguinaldo Aragon Fernandes, doutor em Engenharia pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em governança de TI e sistemas de IA; Vladimir Ferraz de Abreu, engenheiro de Computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor e especialista em governança de TI e gestão de processos; Thiago Luiz Rosa Sávio Costa , mestre em Governança, Tecnologia e Inovação pela UCB, coordenador de Governança e Estratégia Corporativa na POUPEX; Clauder da Costa Lima, mestre em Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação, Diretor de Telemática da Polícia Militar do DF; e Ana Paula Bernardi da Silva, doutora em Engenharia de Sistemas Eletrônicos e Automação pela Universidade de Brasília (UnB), professora e coordenadora do Núcleo de Estudos Avançados em Estratégias de Transformação Digital (NEATD) na UCB.
Pesquisa Pólo Criativo Tecnológico do SCS será lançada hoje
Evento reunirá agentes estratégicos para discutir o futuro da região do SCS, que atualmente abriga comércio, bancos, edifícios históricos e espaços culturais
Nesta quarta-feira (19), a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF) lançará as atividades iniciais da pesquisa “Polo Criativo Tecnológico do Setor Comercial Sul”. O evento, que ocorrerá a partir das 16h no auditório do SESC Presidente Dutra, no Setor Comercial Sul (SCS), reunirá diversos agentes estratégicos para discutir o futuro da região.
Liderada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), a iniciativa tem a finalidade de diagnosticar o cenário atual do Setor Comercial Sul, desenvolver um modelo urbanístico digital e físico e criar uma plataforma de suporte para a estruturação e implementação do Pólo Tecnológico Criativo. O estudo será executado e coordenado por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação Inovação em Comunicação e Economia Criativa da Universidade Católica de Brasília (UCB), em parceria com pesquisadores de urbanismo da Universidade de Brasília (UnB).
Decorrente de uma chamada pública da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), do edital “Programa Desafio DF”, o projeto integra um conjunto de ações estratégicas do GDF voltadas à revitalização da área central de Brasília. Além disso, a FAPDF tem atuado estrategicamente no estímulo ao desenvolvimento da economia criativa e da inovação no Distrito Federal, como demonstrado pela demanda específica que fomentou o Panorama da Economia Criativa do DF, desenvolvido pela UCB entre 2022 e 2024.
Expansão criativa
Para o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman, essa ação representa um marco na transformação do SCS. “Nosso objetivo é resgatar o potencial econômico e inovador dessa região, criando um ecossistema que conecte tecnologia, criatividade e empreendedorismo. Com essa pesquisa, damos o primeiro passo para transformar o Setor Comercial Sul em um verdadeiro polo de inovação, impulsionando oportunidades e gerando impacto positivo para toda a cidade.”
O reitor da Universidade Católica de Brasília, Carlos Longo, ressalta que a participação na pesquisa reafirma o compromisso da UCB com a inovação e a criação de soluções urbanísticas sustentáveis. “Temos a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento de um modelo capaz de potencializar a economia criativa e integrar os diversos setores produtivos da região. Esta colaboração representa uma oportunidade ímpar de expandir os horizontes da pesquisa e promover a transformação da realidade local. Dessa forma, a UCB se empenha na construção de um futuro mais inovador e conectado para essa região tão significativa da capital federal.”
Além de consolidar o Setor Comercial Sul como um hub de inovação e empreendedorismo tecnológico e criativo, o projeto visa promover o crescimento sustentável da região, estimular a geração de empregos, atrair novos investimentos e criar um ambiente dinâmico para as atividades inseridas nas cadeias de valor da economia criativa.
O estudo realizará um diagnóstico do setor e apresentará propostas para o sistema de governança e o modelo de negócio necessários à implantação do Polo Criativo, em um processo que incluirá a participação de todos os agentes e lideranças locais.
O evento é direcionado a líderes empresariais, representantes do Terceiro Setor, agentes atuantes no Setor Comercial Sul e gestores públicos. Durante o encontro, serão apresentados os principais objetivos da pesquisa e os participantes que serão convidados a contribuir para o desenvolvimento do projeto.
Parceria com Brasília Ambiental origina estudo sobre capivaras
Com o objetivo de compreender melhor as dinâmicas entre capivaras e carrapatos no Distrito Federal, o Instituto Brasília Ambiental firmou uma parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB), em colaboração com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema/DF) e a Secretaria de Saúde (SES/DF). A iniciativa visa fornecer informações sólidas à população e desenvolver estratégias de ação efetivas.
Com uma equipe multidisciplinar formada por biólogos, veterinários, bolsistas de iniciação científica e voluntários, o estudo investigará aspectos como a dinâmica populacional das capivaras, a genética das populações e a presença de bactérias Rickettsia em carrapatos, além de promover ações educativas e de conscientização ambiental, previsto para acontecer entre 2025 e 2027.
Apesar de ser o menor estado brasileiro, o Distrito Federal reúne importantes áreas de conservação, incluindo o Lago Paranoá, um dos principais cenários da convivência entre fauna e população urbana. Essa proximidade, no entanto, tem gerado preocupações, como o aumento do contato entre humanos, capivaras e carrapatos, elevando os riscos de transmissão de zoonoses, como a febre maculosa.
A parceria com a UCB tem como principais eixos o monitoramento e análise da dinâmica populacional das capivaras, o estudo da variabilidade genética dessas populações, a análise da presença de bactérias Rickettsia em carrapatos, o desenvolvimento de estratégias de manejo, além da divulgação de resultados por meio de materiais educativos e redes de educação ambiental. Os detalhes específicos podem ser conferidos no plano de trabalho.
Eixos Estruturais do estudo
O projeto está organizado em seis eixos estruturais, cada um com objetivos específicos e resultados esperados, que se complementam para o alcance das metas propostas.
No Eixo 1, o foco é o monitoramento e a avaliação da dinâmica populacional das capivaras, englobando o tamanho das populações, sua distribuição e os corredores migratórios utilizados. O objetivo principal é observar as tendências de crescimento ou declínio populacional, comparando os dados com estudos anteriores. Espera-se, como resultados, identificar os bandos, estimar o tamanho das populações, analisar os fluxos migratórios, detectar os corredores utilizados pela espécie e mapear áreas de risco, como aquelas sujeitas a atropelamentos.
O Eixo 2 aborda o estudo genético das populações de capivaras, com o propósito de compreender o fluxo gênico, os padrões de migração e a viabilidade populacional no Distrito Federal. Este eixo busca detectar rotas migratórias e corredores, analisar as relações de parentesco entre os bandos e o fluxo gênico, definir modelos populacionais, inferir a dispersão de patógenos em possíveis surtos e avaliar a viabilidade futura das populações, considerando a pressão antrópica.
Já o Eixo 3 foca na análise de soroprevalência e na identificação de bactérias Rickettsia em carrapatos, correlacionando a presença dessas bactérias com seus hospedeiros vertebrados. O objetivo é identificar os ciclos de transmissão e mapear seus reservatórios e vetores. Espera-se, com isso, mapear áreas com vertebrados e carrapatos infectados, elaborar recomendações específicas de saúde pública para diferentes regiões e estabelecer correlações entre a frequência de anticorpos relacionados à Rickettsia e a presença da bactéria nos vetores.
No Eixo 4, a prioridade é o desenvolvimento de estratégias de manejo para controle populacional de capivaras e carrapatos, com a intenção de mitigar riscos, como a disseminação de doenças, incluindo a febre maculosa. As estratégias esperadas envolvem alterações de habitats, criação de barreiras e outras intervenções que reduzam o contato entre humanos e fauna, prevenindo doenças e protegendo o meio ambiente.
O Eixo 5 enfatiza a educação ambiental e em saúde, voltada à conscientização de moradores e frequentadores das áreas de estudo. O objetivo é capacitar a sociedade sobre os riscos zoonóticos e a conservação da biodiversidade por meio de ações educativas. Como resultado, espera-se um maior conhecimento público sobre convivência pacífica com a fauna, controle de carrapatos e práticas preventivas para evitar zoonoses.
Por fim, o Eixo 6 é dedicado à comunicação e divulgação das ações e resultados do projeto. Este eixo busca disseminar informações científicas e educacionais para promover a colaboração entre pesquisadores, gestores públicos, ONGs e a sociedade. A expectativa é construir uma rede colaborativa que integre diversos setores e estimule a troca de boas práticas, ampliando a conscientização sobre saúde pública e conservação ambiental.
Confira os documentos relacionados ao projeto, como o edital de chamamento público, o termo de colaboração e o plano de trabalho.
*Com informações do Instituto Brasília Ambiental
Exposição COD Poster Brasil chega à Biblioteca Central da UCB
Por Letícia Lima – estudante de Jornalismo
Foto: Ariane Vieira de Paulo Silva
A Biblioteca Central da Universidade Católica de Brasília recebe, desde o dia 11 de novembro até o dia 13 de dezembro de 2024, a exposição “COD Poster Brasil: Design Imagina Cidade”, projeto que explora a interseção entre design, sustentabilidade e urbanismo. Realizada em parceria com Brasília, Fortaleza e Curitiba, as três cidades brasileiras reconhecidas pela UNESCO como Cidades Criativas do Design, a mostra é um convite para repensar o papel do design na transformação social e cultural dos espaços urbanos.
A exposição apresenta cartazes que unem criatividade, técnica e simbolismo das três cidades, retratando elementos arquitetônicos, sociais e naturais em propostas inovadoras para o futuro das cidades. A iniciativa surgiu de um edital que selecionou dez cartazes de cada cidade e contou com a participação ativa de alunos da UCB, que desenvolveram seus trabalhos na disciplina de Comunicação Visual, sob a orientação do professor Leandro Bessa, supervisor da Cajuí, empresa júnior de design da universidade. Além de seu papel na exposição, Leandro foi recentemente nomeado conselheiro da Adegraf (Associação dos Designers Gráficos do Distrito Federal).
“Essa exposição é mais do que uma vitrine de talentos; é uma reflexão sobre como o design pode ser um catalisador de mudanças em nossas cidades. Os estudantes tiveram a oportunidade de aplicar o conhecimento técnico e criativo para propor soluções que dialogam com o contexto urbano e ambiental de Brasília e das demais cidades”, ressalta Leandro Bessa.
A exposição é itinerante e já passou por diversos locais de Brasília, como o Museu de Arte de Brasília (MAB), Brasília Shopping e o JK Shopping. Na UCB, os visitantes podem conferir os trabalhos no Espaço Cultural da Biblioteca, durante o horário de funcionamento.
Para Maria Clara Souza Ribeiro, 19 anos, a participação foi um marco no início de sua trajetória no design. Seu cartaz, intitulado “Brasília e Design Verde”, propõe uma reformulação sustentável do Museu Nacional. “Busquei trazer a arquitetura de Niemeyer para um contexto atual, com mais verde ao redor e soluções para o conforto dos visitantes. É um convite a pensar o design como ferramenta para o bem-estar coletivo”.
Hardy Borges dos Santos, 19 anos, destacou o impacto de sua obra no desenvolvimento de sua carreira. Inspirado por elementos surrealistas e pela música “O Mar de Brasília”, o cartaz transmite uma visão onírica e reflexiva da cidade. “Foi desafiador trabalhar com ferramentas novas, mas ter meu trabalho exposto em espaços importantes é um grande incentivo para minha carreira e um diferencial no portfólio”.
A exposição “COD Poster Brasil” oferece à comunidade acadêmica e ao público a chance de refletir sobre o papel do design na criação de cidades mais sustentáveis e inovadoras, reunindo talentos locais e promovendo discussões sobre o futuro urbano.
Residência Tecnológica: Estudantes participam de Demoday
Na manhã desta sexta-feira (29), o Demoday de Residência Tecnológica da Universidade Católica de Brasília (UCB) contou com a participação de estudantes do 1º semestre dos cursos de Ciência da Computação e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Na ocasião, 18 squads (grupos) apresentaram propostas baseadas na temática de cultura de Brasília e das regiões administrativas do Distrito Federal. Esta edição do evento teve o envolvimento de 120 estudantes da UCB.
Com a proposta do aplicativo “Cultura de Bairro”, o projeto vencedor, da equipe 14, tinha o objetivo de desmistificar a ideia da concentração da cultura no Plano Piloto. Ao divulgar eventos e espaços turísticos das regiões administrativas, o aplicativo valoriza a pluralidade cultural das RAs.
A banca avaliadora foi composta pelo secretário executivo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Alexandre Villain; pelo presidente do Conselho de Cultura do DF, Filipe Vitelli; pelo presidente da Conecta Nacional e diretor da empresa Projetus, Paulo Gabriel Gusmão; e pelo coordenador do Programa de Residência Tecnológica do Porto Digital, Rodrigo Pereira.
Inovação
Organizado pelo curso de Residência Tecnológica, o evento ocorre semestralmente em parceria com o Porto Digital, localizado em Recife/PE, considerado um dos principais parques tecnológicos do Brasil.
“O objetivo da iniciativa é avaliar os trabalhos propostos por esses squads, por esses grupos, e identificar os três melhores”, explicou o coordenador da Residência Tecnológica da UCB, Gislane Santana, ao apontar que essa foi a segunda e última etapa do processo. Na última quinta-feira (28), todos os grupos se apresentaram, e somente 10 estiveram na manhã desta sexta-feira (29) na final.
“Por meio desta iniciativa, os estudantes foram provocados a desenvolver habilidades e a encararem desafios exigidos aos profissionais”, apontou Santana, ao indicar que essa proposta é pensada para prepará-los para o mercado de trabalho. “A empregabilidade deles é o objetivo principal do nosso projeto”, complementou.
Inspiração
“Vocês estão tendo a oportunidade de dar um passo além, de empreender, de gerar emprego, de gerar negócio, de transformar a sociedade”, destacou o secretário executivo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Alexandre Villain, ao mencionar a diversidade de áreas que podem ser exploradas, conforme a afinidade dos estudantes. “Acredito muito no empreendedorismo e na capacidade de vocês para atuar nesse setor”, parabenizou Villain.
Ao ressaltar a importância do pertencimento para quem mora nas RAs do DF, o presidente do Conselho de Cultura do DF, Filipe Vitelli, destacou a relevância das apresentações. “Vi trabalhos maravilhosos com enorme potencial”, enfatizou, mencionando poeticamente a vivência e os valores intangíveis das regiões administrativas do Distrito Federal.
Consciência Negra e Direitos Humanos: a busca pela equidade
Nesta semana, mobilizamo-nos para refletir sobre a Consciência Negra e os Direitos Humanos, assuntos que se entrelaçam e chegam ao mesmo objetivo: EQUIDADE!
Equidade significa dar às pessoas o que elas precisam para proporcionar a todos as mesmas oportunidades (artigo do TJDFT).
Direitos Humanos
Considerados universais, os direitos humanos são resultado de reivindicações geradas por situações de injustiça ou de agressão que limitam, de alguma forma, os direitos básicos ao ser humano.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é o documento-marco na história dos direitos humanos. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de dezembro de 1948.
A DUDH afirma que nenhum indivíduo, grupo, instituição ou Estado deve discriminar pessoas com base em raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição (art. 2º). Além disso, apresenta que o racismo e a discriminação racial prejudicam a paz, o desenvolvimento, a democracia e o Estado de direito.
São 30 os direitos humanos descritos na DUDH, dentre os quais destacamos:
- Direito à não discriminação;
- Direito à vida, à liberdade e à segurança;
- Direito de não ser submetido à escravidão;
- Direito à liberdade de expressão e de opinião;
- Direito à educação;
- Direito a participar da vida cultural da comunidade;
- Direito a condições justas de trabalho e à sindicalização;
- Direito ao repouso e ao lazer;
- Direito à igualdade perante a lei;
- Direito de acesso à justiça para violações de direitos fundamentais;
- Direito de não ser submetido à tortura;
- Direito de não ser preso, detido ou exilado arbitrariamente;
- Direito à presunção de inocência;
- Direito de constituir família, sem restrição de raça, nacionalidade ou religião;
- Direito à nacionalidade.
Racismo
O racismo é compreendido como ato que desumaniza, nega a dignidade a pessoas e a grupos sociais com base na cor da pele, no cabelo e em outras características físicas ou de origem regional ou cultural.
Fenômeno que se apoia em crenças, valores e ações e sistematiza, perpetua e se renova continuamente, marcando estruturalmente a distribuição desigual de acesso a oportunidades, recursos, informações, atenção e poder no cotidiano, na sociedade, nas instituições e nas políticas de Estado.
Normatização
A Lei nº 12.288/2010 instituiu o Estatuto da Igualdade Racial a fim de garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica. E, muito antes, em 1989, a Lei nº 7.716 definiu como crime os atos de preconceito de raça ou cor, ou seja, o racismo.
Mesmo com essas normatizações, o cenário atual ainda demonstra que há muito para evoluir. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, em 2023, houve 13.897 registros de injúria racial e 11.610 de racismo no país.
Cegueira social
Trata-se de um mascaramento nas relações sociais e a dificuldade de perceber, ler e compreender as desigualdades raciais, a produção e manutenção de privilégios brancos, bem como a magnitude e a complexidade do sofrimento gerado à população negra de nosso país: não somente as violências explícitas, mas as violências sutis, os silêncios, os olhares, as omissões e a negação reiterada da condição de sujeito.
Combate
Precisamos apostar na construção de processos que possibilitem enfrentar e sustentar desconfortáveis conversas, desestabilizar e reinventar perspectivas, promover aprendizagens e reeducar relações raciais, repactuando novas bases para a confiança e alianças políticas, que resultem em ações transformadoras mais articuladas e efetivas.
E isso precisa ser desenvolvido “com” as pessoas negras, os movimentos sociais negros e outros grupos discriminados, reconhecendo o seu lugar político de protagonistas históricos dessa luta, assim como determina o inciso IV do art. 3º da CF/88: “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outras formas de discriminação.”
A prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. Para combater o racismo você pode:
- Informar-se sobre o racismo;
- Enxergar a negritude;
- Reconhecer os privilégios da branquitude;
- Perceber o racismo internalizado em você;
- Apoiar políticas educacionais afirmativas;
- Transformar seu ambiente de trabalho;
- Prestigiar autores, cantores, atletas e artistas negros;
- Questionar a cultura que você consome;
- Conhecer seus desejos e afetos;
- Combater a violência racial;
- Ser antirracista.
ODS 18
Em julho deste ano, o governo brasileiro colocou o país à frente do combate ao racismo mundial quando propôs, na Assembleia Geral da ONU, a criação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 18 de igualdade étnico-racial. A iniciativa põe a luta contra o racismo no centro dos esforços para o desenvolvimento sustentável e o alcance da Agenda 2030.
Política de Direitos Humanos, Inclusão e Diversidade
A UBEC apoia essa causa e incentiva a reflexão sobre o tema por meio da Política de Direitos Humanos, Inclusão e Diversidade, na qual define diretrizes e responsabilidades do Grupo na promoção e defesa dos direitos humanos, da inclusão, da diversidade, do combate e do enfrentamento ao racismo.
Zumbi dos Palmares
Zumbi é considerado um dos grandes líderes da história brasileira. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, ele defendeu a liberdade de culto e religião, assim como a cultura africana.
Alagoano, Zumbi nasceu em 1655 e foi líder do Quilombo dos Palmares, atualmente União dos Palmares. O dia de sua morte, 20 de novembro, tornou-se feriado nacional (Lei nº 14.759/2023) para celebrar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
Saiba mais sobre os temas realizando um curso do Projeto Esperançar, uma iniciativa do Grupo UBEC que oferece cursos livres e gratuitos com certificação de extensão universitária:
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