A Boa Nova em Nossas Vidas

A Boa Nova em Nossas Vidas

Evangelho de João 21,1-19

Pe.Tininho

Queridos irmãos e queridas irmãs. Estamos no período pascal, no qual a liturgia nos apresenta textos referentes à ressurreição de Jesus. Textos que foram escolhidos pelos evangelistas que ajudam as comunidades refletirem sobre o marco de nossa fé. Pois se Jesus não tivesse ressuscitado, como nos diz São Paulo, nossa fé não teria nenhum valor ou sentido. Esses relatos foram escolhidos entre tantos, como nos diz o evangelista São João: “Para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais a vida em seu nome.”
O texto de hoje nos mostra o ressuscitado à beira do mar de Tiberíades, no qual os discípulos estavam pescando mas não conseguiram nada. Aparece Jesus e lhes pergunta se têm algo para comer, demonstrando assim preocupação com as vidas das pessoas. De fato, a fé em Jesus deve nos levar a nos preocuparmos com as necessidades dos seres humanos, pois não se pode aceitar passivamente situações nas quais as pessoas ainda passam fome no mundo de hoje. Deve estar nas preocupações primeiras em nossas comunidades de fé a realidade de tantos irmãos e irmãs que passam fome.
Ao lançar a rede a pedido de Jesus e conseguir tantos peixes os discípulos ficam maravilhados, pois percebem que seus esforços serão em vão se não forem permeados pela Palavra. Ele é o nosso companheiro fiel nas lutas que empreendemos a serviço daqueles e daquelas que mais necessitam.
Sabemos das dificuldades que se apresentam à evangelização, a vivência do Evangelho, mas somos fortalecidos pelos ensinamentos e pelo testemunho Daquele que derramou o seu sangue a fim de que todos e todas tenham vida em abundância. Sua morte e ressurreição nos atraem e nos tornam seus seguidores e testemunhas. Na sua ressurreição, anunciamos a todos e todas que a morte é um mero detalhe na vida dos seus seguidores. O que nos diferencia é a ressurreição de Jesus. A morte não tem mais a última palavra. A luz da ressurreição a ofuscou.
Para nos colocarmos como anunciadores e anunciadoras do Evangelho é necessário um ato de amor, a exemplo de Jesus que nos amou primeiro. Não qualquer amor, mas aquele que tem por base o dar a vida pelo outro, como fez Jesus. E é esse amor que Jesus pede a Simão Pedro e a cada um de nós se queremos ser verdadeiras testemunhas de seu Evangelho, pois assim poderemos vislumbrar e acreditar que no futuro próximo o ser humano irá viver numa sociedade justa, um mundo sem exclusão em que a economia seja solidária e a serviço de todos e todas. O desafio está posto. O mar está agitado querendo naufragar o barco daqueles e daquelas que se colocam a remar, mas não tenhamos medo, pois quem está no comando do barco, remando conosco é Jesus Cristo. Então nada nos impedirá de chegar ao porto seguro e junto dele celebrarmos o grande banquete que ele reserva a todos e todas.
Rezemos então: Mestre, que tua palavra nos leve cada vez mais a nos comprometermos na construção do Reino do teu Pai, no qual a vida se tornará abundante para todos e todas, especialmente os mais excluídos de nossa sociedade. Que tu possas ser o timoneiro de nossas famílias, de nossas comunidades e de nossa sociedade. Amém.

Publicado por Tiago Mendes