Nos dias 9, 11 e 13 de maio, o curso de Filosofia da UCB realizou a 5ª Semana do curso, A Fim de Pensar. Foram nove palestras ministradas por estudantes, ex-estudantes e convidados. Em cada noite, foram três palestras com diversos temas, passando por assuntos em voga, como discriminação e bullying, a temas de cunho mais filosófico, como estudos sobre Jean Paul Sartre.
A primeira foi da psicóloga Débora Brasil Miranda, com o tema Princesas de contos de fadas e crianças negras: racismo, estética e subjetividade. “Existe uma falsa crença de que somos todos iguais”, disse ela. Débora explicou que o racismo com crianças acontece em pequenas ações cotidianas. Segundo ela, só o fato de elogiar a menina branca de olhos claros e não repetir o gesto com as demais é uma forma de discriminação.
A última palestra da Semana “A fim de pensar” foi de Murilo Gomes Seabra, sobre Linguagem Comunal. Ele propõe a reinvenção da lógica fabril da filosofia, onde o discurso parece austero e complexo. Para ele, “usar a linguagem que se domina no dia-a-dia é mais fácil do que falar de forma mais rebuscada”. No debate que se seguiu, alunos e professores apoiaram a ideia de ser simples ao tratar da filosofia. “Eu aprendo muito mais em rodas de amigos e debates como esse do que lendo complexos livros’’, disse Pedro Teixeira, estudante do quarto semestre de filosofia.
Resultados
A Semana da Filosofia propôs discussões e a troca de idéias entre alunos e professores. Alguns alunos aprovaram o evento. “Gostei bastante, principalmente da palestra Filosofia e Literatura, na quarta-feira”, disse Pedro Teixeira, que também foi um dos palestrantes. Outros também gostaram das palestras, mas fizeram críticas à organização. “Achei ótima a semana. A que mais gostei foi a sobre o Fenômeno Kitsch. Mas acho que devia haver mais divulgação e mais recursos”, opinou Angélica Marques.
O professor Luís Cláudio de Oliveira mostrou-se satisfeito com a conclusão do A fim de pensar. “Foi muito positivo, porque dá uma oportunidade para que os alunos se exponham e fomentem o aprendizado fora da sala de aula”, conclui.