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2010
jun
14

Esporte é visto como forma de combate à violência.

 

Os eixos da violência avançam e atravessam a sociedade a cada dia, e se mostram freqüentes nos meios de comunicação. Os casos, nas suas mais diversas incidências, se reproduzem em grande número e nem sempre ocupam as páginas dos jornais. Diante dessa realidade, em Santa Fe, na Argentina, as escolas foram convidadas a abordar a Copa do Mundo em diferentes assuntos como forma de integrar o aluno num meio mais saudável. Foi com esta proposta que o especialista em violência escolar, o psicopedagogo Alejandro Castro Santander, analisou a possibilidade de trabalhar o mundial de futebol para agregar valores. Alejandro acredita que o futebol é inevitável, e por esse motivo, fácil de adaptar às aulas. Defende que é possível unir o entretenimento e a aprendizagem, e que esses dois elementos podem funcionar muito bem juntos. Em uma entrevista cedida ao jornal virtual argentino, UNO, o psicopedagogo enfatiza que a abordagem do futebol em sala de aula, se trabalhada de forma correta, pode desenvolver valores como integração, superação, perseverança, aceitação de regras, respeito, responsabilidade, entre outros. Vale lembrar que esses valores devem ser aplicados não somente às crianças, mas a toda população.

            Infelizmente muitas queixas se dão por falta de capacitação dos professores, os quais, por sua vez, se esforçam para lidar com essa problemática escolar. O psicopedagogo acredita que qualquer assunto é capaz de ser ensinado, desde a paz à Constituição, ou até mesmo sobre as torcidas organizadas, as chamadas barrabravas, pois a realidade não deve ser omitida dos alunos. Sobre o futebol, Alejandro explica que os conflitos se dão quando as paixões e os interesses não são compatíveis, nem compreendidos com respeito.

            Outro problema abordado é a questão da segurança escolar. Muitos professores reclamam da falta de proteção e da ousadia que enfrentam dos alunos. Ele explica que há anos os pesquisadores tentam mostrar que existem vários tipos de violência, muitas vezes invisíveis à primeira vista, mas que podem resultar em drásticas conseqüências. O professor defende que ações concretas e potentes devem ser implantadas com rapidez, pois se isso não acontecer, não haverá mudança no comportamento da sociedade.

 

Publicado por Tiago Mendes
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