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2010
abr
09

I CEMEM-DF: Médicos discutem a profissão

A palestra fez parte do I Congresso de Ética Médica dos Estudantes de Medicina do DF (CEMEM–DF), que se iniciou no dia 8 de abril e tem duração de três dias. Todas as atividades acontecem no Campus I, da Universidade Católica de Brasília.

Na cerimônia de abertura do evento, no qual foi proferida a palestra do Dr. D’Ávila, estavam presentes o conselheiro regional de Medicina do DF e coordenador do congresso, Dr. Farid Buitrago, o presidente do Conselho Regional de Medicina do DF, Dr. Alexandre Morales Castilho, a diretora do curso de Medicina da UCB, Drª Fábia Lassance, a conselheira Regional de Medicina do DF, Drª Josélia Lima Nunes, o diretor do curso de Medicina da UnB, Dr. Paulo César de Jesus e, representando o diretor do curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde, a Drª. Maria Dilma Alves Teodoro.

Durante sua palestra, Roberto D’Ávila enfatizou a importância da solidariedade e da compaixão na prática médica. “A segunda profissão mais antiga nasceu de um ato de solidariedade, de atenção ao próximo que necessita de ajuda”, disse o médico.

“É impressionante como o mundo mudou e como avançaram as pesquisas acerca da ‘imortalidade’ ou envelhecimento saudável.” De acordo com D’Ávila, essas pesquisas acabam afastando o médico de sua principal característica: a avaliação,  por meio do contato direto e humano.

Ao longo de sua carreira, D’Ávila percebeu que os pacientes não acreditam mais nos sentidos dos médicos, pois eles sempre sentem a necessidade de exames computadorizados. E isso é preocupante. Segundo o palestrante, “quanto mais técnico o profissional é, mais ele se afasta do médico, pois a medicina é toque e arte”.

Programação

Na tarde de hoje (09/04), duas palestras complementaram a programação do CEMEM-DF. Com temas importantes, os palestrantes conseguiram prender a atenção da plateia, em grande parte formada por estudantes.

O membro da Academia Brasiliense de Letras, Raul Canal, falou sobre os problemas do crescimento desordenado das escolas de medicina no país. Com dados que visualizam bem o problema, Raul alertou sobre o excesso de profissionais médicos no Brasil. Segundo ele, a grande defasagem está na qualidade destes profissionais que não conseguem suprir a necessidade da região ou cidade onde trabalham. “É preciso preparar melhor os médicos”, resume.

Logo após, o médico Icaro Alcântara abordou tópicos do Código de Ética Médica e a vital importância do seu cumprimento para os estudantes de medicina. Ele citou os direitos e deveres listados no código, assim como as proibições. “O código de ética se resume em uma expressão: o médico lida com seres humanos”, finalizou.

Publicado por Tiago Mendes
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