Para iniciar as atividades, a especialista em políticas públicas de juventude, Celina Leão, foi convidada para falar sobre a nutrição na esfera pública. “Nós não temos na Secretaria de Educação um atendimento nutricional ou esportivo e, consequentemente, há uma falta de qualidade nas escolas do DF”, comentou a especialista. Segundo Celina, a nutrição não pode ser considerada um luxo e sim, uma necessidade primária.
Buscar a performance física no futebol foi o tema abordado pelo médico especialista Humberto Viana. Diversos aspectos influenciam no desempenho do atleta. “É preciso controlar o estresse, praticar atividades físicas, ingerir suplementos nutricionais e ter equilíbrio hormonal e nutricional”, disse o médico. As ações apresentadas, segundo Viana, resultam também na qualidade de vida e na velhice saudável.
Felipe Marangon, nutricionista esportivo e professor de Educação Física, falou sobre a dieta do futebol: preparação alimentar para os jogos. Um futebolista, em sua plena forma física, pode ter um gasto energético de até 1500 kcal por jogo. No caso das mulheres na mesma atividade, a perda atinge 1000 Kcal.
“Os jogadores de futebol devem seguir uma dieta especial que contenha uma quantidade de calorias necessárias para suprir as demandas de treino e jogos. Este gasto energético varia entre 3150 e 4300 Kcal/dia”, informou o nutricionista.
Para se recuperar de tanto gasto calórico, o professor Clayton Neves Camargos apresentou a dieta do pós-jogo. O atleta precisa ingerir suco de frutas natural, bebida isotônica ou água de coco e sanduíche de pão integral e proteína. Iogurte natural-integral com granola e frutas picadas também são indicados para repor as energias após uma partida de futebol.
A mesa redonda que encerrou as atividades do evento Nutrição na Copa, realizado dia 14 de maio, teve como temática Nutrição esportiva e qualidade de vida. Os participantes foram Leonardo Bruno, técnico de futebol, Nadma Skill, estudante da UCB e jogadora, e os demais palestrantes da noite.
“A participação de um nutricionista na formação de um atleta é sempre importante. Os atletas das categorias de base geralmente sofrem com a obesidade infantil e são eles o diamante bruto do esporte. Aí entra a parceria com os profissionais de nutrição. Se o futebolista é bem nutrido, podemos aproveitar mais. Os que não contarem com esse serviço, vão ficar para traz”, finalizou o técnico Leonardo Bruno.