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2025
mar
19
Geral

UCB recebe mais de 6 mil calouros do 1º semestre de 2025

Por: Bárbara Fragoso e Lorenna Kuroda

A Universidade Católica de Brasília (UCB) recebeu 6.754 novos estudantes neste ano. No dia 15 de fevereiro, o Campus Taguatinga foi palco da primeira acolhida, reunindo os novos estudantes das modalidades EaD, Semipresencial, Híbrido e do curso de Medicina. Além disso, a recepção dos calouros dos cursos presenciais aconteceu no dia 10 de março, nos períodos matutino e noturno, no campus Taguatinga, e no dia 11 de março, no campus Ceilândia. O evento marcou o início da jornada acadêmica dos calouros e reforçou o compromisso da instituição com uma educação conectada à realidade e às transformações sociais.

O pró-reitor da Católica EAD, Fellipe de Assis Zaremba, destacou a importância desse momento para a universidade. “A acolhida representa a essência da nossa existência como instituição: um espaço de transformação para o presente, para o futuro e para a construção de uma sociedade mais inclusiva. Nossos estudantes encontram aqui, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, oportunidades para crescer e retribuir à sociedade e às suas famílias a chance que receberam.”

Zaremba enfatizou a necessidade de repensar o modelo educacional, indo além da sala de aula tradicional. “Quando restringimos a jornada acadêmica apenas ao ambiente de sala de aula, corremos o risco de oferecer uma ‘educastração’. Mas quando transformamos a universidade em um espaço vivo e conectado, proporcionamos uma educação que dialoga com o mundo real.”

O pró-reitor também ressaltou a importância da integração entre a universidade e diferentes setores da sociedade e reforçou a amplitude do aprendizado na UCB. “E qual é o tamanho da nossa sala de aula? Na Universidade Católica de Brasília, ela se estende da Terra ao Céu, do Oriente ao Ocidente, de Norte a Sul. Aqui, há espaço para tecnologia, para o smartphone, para a família, para o lazer, o cinema, o teatro e a cultura.”

A recepção dos calouros passou por uma reformulação em 2025. Segundo a coordenadora de Comunicação, Marketing e Eventos, Janayna Lira, a mudança surgiu a partir de um estudo sobre a jornada dos alunos ingressantes. “A captação começa no Universo Católica, um evento dinâmico, com música, com muita presença, com um ambiente totalmente jovem”, explica. Diante disso, a equipe de comunicação estratégica da universidade desenvolveu um novo formato, que tornou o momento mais  interativo. “A gente precisava trazer para esse mesmo contexto de modernização, de atualização”, afirma Janayna. Assim, nasceu a ideia do Passaporte, uma iniciativa que permitiu que os alunos percorressem o campus, conhecendo os espaços e serviços da UCB de forma mais envolvente.

A interação com as atléticas e a exploração de áreas que normalmente só seriam descobertas ao longo do curso foram alguns dos destaques. “Conseguimos passar a informação necessária de uma forma mais lúdica e divertida”, ressalta a coordenadora.

Pluralidade

A pró-reitora acadêmica da UCB, Silvia Keli de Barros Alcanfor, destacou a importância desse momento como forma de unir estudantes de diferentes cursos e modalidades. “A Universidade não é feita por cursos e modalidades isoladas. Ela é um todo, onde coexistem diferentes trajetórias, sonhos e expectativas. No fim, todos convergem para um único propósito: a formação acadêmica e pessoal. O estudante vem para cá para se tornar melhor.”

Para a pró-reitora, a acolhida também é uma forma de reforçar o papel da instituição no acompanhamento do estudante ao longo de sua jornada. “Neste momento, queremos dizer a eles: ‘Estamos com vocês nessa caminhada.’ E quando essa jornada chegar ao fim, seguimos aqui para o que precisarem.” Silvia Alcanfor ressaltou ainda que a universidade tem um papel essencial na transformação dos alunos e na sua preparação para a sociedade. “A formação acadêmica vai além do aprendizado técnico. Evoluímos a cada dia, e essa jornada passa pela experiência, pela reflexão, pela leitura e pela convivência em grupo. Afinal, ninguém vive ou trabalha sozinho.”

Por fim, a pró-reitora enfatizou o vínculo permanente que os estudantes constroem com a UCB. “A Universidade faz parte dessa caminhada. E, depois que saírem daqui, sempre poderão retornar. Eles sempre farão parte da UCB.”

Mudança de vida

Aos 17 anos, Arthur Henrique da Costa acaba de ingressar no curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília. Natural de Corumbá/MS, vindo de uma família militar, ele se mudou recentemente para Brasília e agora encara o desafio de iniciar sua jornada acadêmica.

Arthur descreve sua preparação para o vestibular como intensa e ressalta que o processo não foi fácil. “Emocionalmente, foi uma montanha-russa. Sempre fui um aluno que gostava de aprender, mas o vestibular foi um grande desafio. Estou muito feliz aqui na Católica. É uma instituição excelente.”

O interesse pela Medicina surgiu cedo. Desde os 12 anos, Arthur já sabia que queria seguir essa carreira, motivado pela curiosidade sobre o funcionamento do cérebro e pela vontade de ajudar as pessoas. “Sempre quis trabalhar como neurologista. Acho fascinante entender como os pensamentos são formados.”

A adaptação a Brasília ainda está em andamento. Ele e sua família se mudaram há menos de um mês, e ele já começa a explorar a cidade. “Já fui a alguns shoppings, como o Conjunto Nacional, e estamos morando na Asa Sul, mas em breve devemos nos mudar para a Asa Norte. Ainda quero conhecer mais pontos turísticos, como a Esplanada dos Ministérios.” Apesar da ansiedade com a nova fase, Arthur está animado para retomar os estudos após um período de pausa devido à mudança. “Foram uns três meses sem estudar por causa da mudança. Agora, estou ansioso para voltar à rotina acadêmica.”

Segunda graduação

Aos 35 anos, Francisco decidiu dar um novo passo na carreira e ingressou no curso de Engenharia de Software na modalidade EaD da UCB. Formado em Administração há 10 anos, ele sempre teve interesse pela área de tecnologia e viu na nova graduação uma oportunidade para se especializar. “Sempre quis estudar algo voltado para a informática. Depois de muita pesquisa, vi que a Engenharia de Software tem um mercado amplo. Quero, no futuro, me aprofundar em inteligência artificial e outras áreas do curso”, conta.

A escolha pelo EAD veio da necessidade de conciliar os estudos com a rotina intensa de trabalho e a vida familiar. “Meu tempo é muito corrido. Tenho um filho especial, trabalho bastante e o período que consigo estudar é à noite. Quando soube que a Católica tinha EAD, vi que era a oportunidade ideal para mim.”

A decisão de ingressar na UCB também foi influenciada pela credibilidade da instituição. “Pesquisei bastante sobre a faculdade e sua estrutura. Minha sobrinha já se formou aqui, em Odontologia, e sempre falou muito bem. Quando soube da opção de EAD, decidi tentar.”

Francisco encara a nova jornada com entusiasmo e vê a graduação como um caminho para crescimento profissional e financeiro. “Já faço alguns trabalhos na área de informática, mas quero me aprimorar para elevar meu nível profissional. Essa formação será essencial para isso.” O apoio da família tem sido fundamental nessa fase. “Minha esposa sempre soube do meu interesse por tecnologia e me incentivou muito. Meus pais e minha sobrinha também me apoiaram bastante. Estou muito feliz por estar realizando esse sonho.”

Novas Experiências

A transição do ensino médio para a universidade pode ser desafiadora, mas para Nathalia Nunes de Carvalho, de 17 anos, esse momento vem acompanhado de entusiasmo. Caloura do curso de Fisioterapia, na modalidade semipresencial, ela encara a nova fase com nervosismo, mas também com animação.

“Até ano passado, eu estava no ensino médio. Agora, de repente, estou na faculdade. É estranho, mas estou muito animada. Sempre sonhei em fazer Fisioterapia para ajudar as pessoas”, relata. A escolha pela UCB foi influenciada pelo prestígio da instituição e pelo incentivo da madrinha, que cursa Medicina Veterinária na mesma universidade. “Sempre ouvi falar muito bem da Católica. Quando passei por aqui, pensava: ‘Um dia, vou estudar aqui’. Agora, esse dia chegou.”

A modalidade semipresencial foi uma decisão estratégica para Nathalia, que tem uma rotina intensa. Além dos estudos, ela pratica tiro com arco e natação, esporte que já pratica há 8 anos. Mas a principal motivação para esse formato é o cuidado com a avó, que faz tratamentos de saúde. “Ela faz hidroginástica e academia de manhã, e às vezes minha mãe não pode levá-la. Então, eu ajudo.”

A relação de Nathalia com a Fisioterapia vem de sua própria experiência pessoal. Usuária de prótese, ela cresceu cercada por fisioterapeutas e recebeu atendimento no Hospital Sarah Kubitschek desde os cinco anos de idade. “Eu via o carinho e o amor que eles tinham pelo trabalho, e isso me inspirou.” Atuar na Fisioterapia não foi sua primeira escolha. “Eu queria ser professora de Educação Física. Minha mãe sugeriu Fisioterapia, e eu disse que não gostava da ideia. Mas quanto mais eu falava que não gostava, mais percebia que era isso que eu queria.”

Hoje, ela está entre duas áreas de interesse: esportiva e ortopédica. “Eu amo esportes, mas também gosto da parte ortopédica, então ainda estou decidindo.” O que é certo é que a paixão pela profissão cresce a cada descoberta. “Outro dia, estudando, entendi por que a recuperação da minha avó foi mais lenta quando quebrou o pé. Fiquei animada ao ver na prática o que estou aprendendo.” Sobre as aulas de anatomia, ela não esconde a empolgação. “As pessoas dizem que é difícil lidar com corpos, mas eu quero muito essa experiência. Estou ansiosa.”

A emoção tomou conta da mãe da Nathalia, Lilia Kelly Carvalho, no primeiro dia de aula dela. Para ela, ver a filha iniciando essa nova fase representa a realização de um sonho e a superação de desafios que marcaram a trajetória de ambas. “Eu me sinto muito orgulhosa. Dela e de mim também, porque faço parte dessa caminhada. Quando chegamos a Brasília, há 10 anos, foi muito difícil. Viemos do interior, de uma cidade com mil habitantes, para uma metrópole com mais de dois milhões.”

Lilia conta que a mudança aconteceu devido ao tratamento de Nathalia, que precisava de acompanhamento especializado. Durante anos, mãe e filha faziam viagens frequentes para a capital federal para consultas e ajustes. Até que um dia, Lilia tomou uma decisão radical: “Eu disse: ‘Não volto mais. Quero uma vida melhor para minha filha’.”

Na cidade natal, ela era funcionária pública e trabalhava como professora. Ao decidir ficar em Brasília, precisou recomeçar. “Hoje sou manicure, faço crochê, o que for preciso para nos manter aqui. Foram anos difíceis, mas nunca desisti.” No dia da matrícula, Lilia foi até a capela da universidade para agradecer. “Eu chorei ali, de joelhos, porque só Deus sabe o que passamos. Minha filha estudou sempre em escola pública e hoje está em uma universidade onde pode entrar na capela antes de uma prova. Isso é uma bênção.”

Entre a fé, os desafios superados e o orgulho de ver a filha ingressar na faculdade, Lilia tem gratidão. “Deus nos trouxe até aqui. E ver minha filha estudando Fisioterapia, em um lugar que sempre sonhamos, é a maior recompensa.”

 

Publicado por Lorenna Kuroda
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