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Inspiração e persistência: Ana Luiza Potiguara, estudante da UCB, conta sua trajetória de superação até a aprovação e revela os desafios e encantos da profissão
“Filha, você passou no vestibular de Medicina!” Ana Luiza Potiguara, hoje com 19 anos, despertou ao som da comemoração de seus pais. Ainda sonolenta, recebeu a notícia que mudaria sua vida. Sem saber que o resultado sairia naquele dia, dormia no início da noite, quando o relógio marcava por volta de 19h. Os pais dela entraram no quarto com a lista impressa nas mãos e a alegria estampada no rosto. “Olha o seu nome aqui. Você conseguiu”, disse o pai ao entregar o papel.
Ana, que não acreditava no que ouvia, repetia para si mesma que estava, enfim, entre os calouros de Medicina da Universidade Católica de Brasília (UCB). “Era um sonho distante. Quando a ficha caiu, chorei de felicidade. Sempre achei o universo da Medicina fascinante”, relembra.
A jovem, atualmente no 4º semestre do curso, conta que sua mãe, Luciana Potiguara, médica ginecologista e obstetra, foi uma grande inspiração. “Eu cresci acompanhando a rotina da minha mãe, formada há quase 25 anos. Nos dias em que ela não conseguia alguém para me buscar na escola, eu ia com ela para o consultório. Hoje, estudamos juntas casos de pacientes.”
Descobertas
A percepção da jornada médica veio cedo para Ana. Já no primeiro semestre, durante uma atividade em ambulatórios, percebeu a complexidade da profissão que havia escolhido. “Eu passei quatro dias acompanhando o trabalho. Foi ali que percebi: ‘É isso. Eu estou estudando para ser médica’. A partir do ciclo clínico, você começa a pensar e agir como médico. Não é mais apenas estudar; é se preparar para a prática.”
Ana explica que o curso ganha intensidade a cada semestre. No início, as disciplinas remetem a conteúdos vistos no ensino médio, mas depois, a exigência aumenta. “Você começa a entender a Medicina como um todo – desde a fisiologia de uma contração muscular até o tratamento de infecções como a tuberculose. É um aprendizado integrado.”
Mais do que interpretar sintomas
Para Ana, ser médica é compreender o que o corpo expressa além das palavras. “A linguagem do corpo é não verbal – são sinais e sintomas que o paciente muitas vezes não sabe explicar. No entanto, interpretar esses sinais sem humanizar o atendimento é incompleto. Medicina é mais do que investigação; é cuidar do ser humano.”
A estudante destaca a importância da vocação para quem escolhe essa carreira. “Se você não gosta do que faz, não há como exercer bem a profissão. É preciso um verdadeiro empenho e carinho para tratar as pessoas. A prática médica exige um equilíbrio entre conhecimento técnico e humanidade.”
Vestibular de Medicina 2025
Os interessados em seguir a mesma jornada de Ana Luiza podem se inscrever no Processo Seletivo da UCB até o dia 23 de outubro, no site do IADES. O curso recebeu nota máxima (5) na avaliação do Ministério da Educação (MEC), consolidando-se como uma das melhores formações na área. São 100 vagas disponíveis, e as provas acontecerão no dia 27 de outubro.
Com um corpo docente qualificado e laboratórios de simulação realista, a UCB forma médicos generalistas capacitados para atuar com competência e sensibilidade em diferentes realidades. O curso tem como foco preparar profissionais humanizados e éticos, atentos às demandas sociais e à complexidade do sistema de saúde.
Perseverança
Ana Luiza sabe que o caminho até a aprovação não é fácil, mas reforça a importância de perseverar. “A gente pensa que o sonho é inalcançável, mas você só precisa de uma vaga. Faça dessa vaga a sua. Não desista, mesmo que não passe de primeira.” Ela lembra dos desafios enfrentados durante a pandemia, período em que concluiu o ensino médio e se preparou para o vestibular. “Foi difícil, mas eu sempre tive em mente: ‘Vai ser Medicina’. E fui atrás do meu objetivo.”
Ana também destaca que não há espaço para julgamentos dentro da faculdade. “Depois que você passa, não importa se foi na primeira ou na vigésima tentativa. Estamos todos na mesma sala, aprendendo e crescendo juntos. A competitividade fica para trás, e o que surge é um sentimento de fraternidade.”
A mensagem que ela deixa para quem ainda está batalhando por uma vaga é clara: “Não desista. O esforço vale a pena. A conquista é apenas o começo de uma jornada que, apesar de desafiadora, é repleta de realizações e aprendizado.”