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O projeto Logicamente, que utiliza o pensamento logico e computacional para o ensino de crianças e adolescentes, promoveu mais uma atividade com os estudantes do Centro Educacional Católica de Brasília (CECB), nesta quinta-feira, 23 de agosto. O intuito do projeto é estimular nesses jovens competências empregadas na Computação e na Matemática, usando jogos eletrônicos, não eletrônicos e a ludicidade, desenvolvendo assim o aprendizado, a inovação e a criatividade.
Os resultados do projeto já são perceptíveis, conforme explicou a professora dos cursos de Computação da UCB e coordenadora do projeto, Graziela Guarda. “Os dados coletados já nos indicam índices melhores de notas com as turmas analisadas desde o ano passado. Pudemos identificar que as crianças que participam do projeto Logicamente aumentaram suas médias, e não apenas nas disciplinas correlacionadas, como Matemática, Física e Química, mas de um modo geral. Isso se deve ao emprego de técnicas que estimulam a concentração, o trabalho em equipe, a organização e o foco na resolução de questões”, destacou.
Uma iniciativa dos cursos de Computação e Tecnologia da Informação (TI), da Universidade Católica de Brasília (UCB), o Logicamente iniciou suas atividades em 2017 e conta com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF). Além de professores que acompanham todo o processo de pesquisa, o Logicamente é composto por estudantes bolsistas, que têm a função de criar jogos interativos e novas técnicas de ensino e aprendizagem usando o raciocínio lógico-matemático.
Débora Juliane da Silva, estudante do quinto semestre de Ciências da Computação e bolsista do projeto, explicou sobre o jogo que ela desenvolveu e aplicou aos alunos do CECB. “O meu jogo mistura criptografia, que é uma forma de segurança e proteção de dados, e montagem de algoritmos, que é o processo lógico de chegada de um ponto ao outro, desenvolvendo métodos para isso. Então, esse jogo lúdico tem o objetivo de mostrar a importância da segurança de dados e também ajudar o estudante a melhorar o raciocínio lógico, porque eles irão ‘algoritmizar’ o problema”, explicou Juliane.
“Eu acho muito importante essa parte da Matemática, porque nós executamos isso no dia a dia sem perceber. Todas as coisas que nós fazemos é uma sequência de passos, nós estamos pensando logicamente e não estamos prestando atenção que nós fazemos isso. Então, o projeto, a parte da Matemática, a parte da programação são para ajudar as pessoas a verem que não é tão complicado assim essa área”, disse Juliane.
Pesquisas comprovam que jovens programadores têm suas habilidades de solução de problemas, comunicação, planejamento e estruturação de projetos potencializadas. “São conhecimentos importantes para qualquer pessoa, independente de idade, experiência ou atuação. Por meio de atividades com jogos educativos computadorizados, o projeto motiva os alunos na busca do conhecimento e, ainda, a trabalharem de forma cooperativa uns com os outros”, explicou a professora Graziela Guarda.
A professora Graziela Guarda elaborou um artigo científico demonstrando que 90% dos estudantes que participaram das atividades no ano de 2017 obtiveram melhora de rendimentos na área de Exatas. “Esse projeto é o meu coração. Eu sempre quis desenvolver essas técnicas de aprendizado e, com o apoio da Universidade e da FAP/DF, estou podendo concretizar. Estamos em uma fase inicial de trabalho, mas já somos considerados case de sucesso pela Sociedade Brasileira de Computação, que nos pediu mais informações sobre o projeto e sua metodologia. Quem sabe um dia possa virar uma matéria obrigatória ou uma política pública de ensino-aprendizagem”, disse a professora Guarda.
O Projeto Logicamente é formado por:
Graziela Ferreira Guarda – Coordenadora do Projeto – cursos de TI
Edson Francisco da Fonseca – Professor Apoio – cursos de TI
Wesley Ferreira Lopes – Professor Apoio – curso de Matemática
Wesley Walcacer Tschiedel – Professor Apoio – cursos de TI
Bolsistas:
Aline Gomes de Brito – Ciências da Computação
Adriano Victor Justino Siqueira – Análise e Desenvolvimento de Sistemas
Caroline do Santos Gonçalves – Engenharia Civil
Daniella Santaguida Magalhães de Souza – Matemática UnB
Débora Juliane Guerra Marques da Silva – Ciências da Computação
Ítalo Rodrigues Lima – Engenharia Civil
Lídia Raquel Rocha Cunha – Engenharia Civil
Maria Luiza Ferrarini Goulart – Matemática UnB
Apoio: Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF)
Parceiro: Centro Educacional Católica de Brasília (CECB)