“Desde quando comecei a participar do Projeto da Católica que a minha vontade de viver renasceu”, conta a senhora de 70 anos, Maria Estela dos Santos. Há apenas três meses no Projeto de Extensão Centro de Convivência do Idoso (CCI) da Universidade Católica de Brasília (UCB), dona Estela já consegue ver a melhoria em sua qualidade de vida.
A Escola de Saúde e Medicina, por meio dos cursos de Farmácia, Medicina, Nutrição, Biomedicina e Educação Física, promove ações para tornar cada vez mais eficiente a proposta do CCI. O propósito é de que a parceria dure até três anos, para que os estudantes realizem o atendimento e o acompanhamento de idosos em diversas esferas da saúde.
No dia 23 de março, foi realizada a primeira etapa do projeto, no qual os estudantes colheram dados sobre os pacientes e realizaram uma triagem, com o objetivo de identificar as principais dificuldades vividas pelos idosos no dia a dia. “É importante realizar esse atendimento para detectarmos principalmente a questão de doenças crônicas e a utilização de medicamentos. Verificar se os idosos têm dificuldade na adesão ao tratamento medicamentoso, quantos medicamentos tomam por dia, se há alguma queixa com relação aos efeitos adversos ao tratamento e também a questão do acesso, se há condições de eles adquirem estes remédios”, explica a professora do curso de Farmácia, Adriana Cardoso Furtado Jacó de Oliveira.
Promover a interdisciplinaridade entre as áreas da saúde e a integração entre estudantes e professores melhora o ensino-aprendizagem do acadêmico da UCB, já que o discente se torna responsável e autônomo do seu próprio conhecimento, sempre com o auxílio de mestres e doutores. “Para nós de Farmácia é muito importante ter esse contato com o paciente porque é uma atividade que a nossa profissão busca, a questão do contato com o paciente, desenvolver as habilidades clínicas e não apenas a parte do medicamento e da técnica. Colaborar com informações e esclarecer dúvidas do paciente com certeza nos capacita de uma forma prática, saímos um pouco da teoria da sala de aula”, salienta a estudante do 7º semestre do curso de Farmácia, Diane Cristina Martins.
Para a gestora do Centro de Convivência do Idoso (CCI), Zilda Pessoa, essa troca entre estudantes, professores e comunidade torna o tripé ensino, pesquisa e extensão cada vez mais forte no ambiente acadêmico. “Esse novo formato de agregar os cursos proporciona uma segurança maior ao nosso trabalho desenvolvido atualmente no CCI. Buscamos extrair o que há de melhor dos estudantes para orientar os idosos em seu dia a dia, pois não é somente abrir as portas para eles realizarem as atividades, há o acompanhamento e a orientação. Então, esse olhar do acadêmico com a comunidade idosa na prática irá fortalecer a profissão deles e contribuir para a formação profissional”, revela Zilda.
Mais do que possibilitar a relação entre os cursos da Escola de Saúde é promover a melhoria na qualidade de vida dos idosos que frequentam o Projeto CCI. “É de muita importância essa integração entre os cursos, principalmente para a Medicina, pois traz essa abordagem diferente da área geriátrica. Tudo isso foi pensado na tentativa de fazer com que essas pessoas tenham uma sobrevida de qualidade e que possam viver por mais anos. E a Medicina vem para contribuir com a questão cardiovascular, respiratória, óssea, muscular entre outros aspectos da área”, ressalta o professor do curso de Medicina, Granville Garcia de Oliveira.