//
2020
abr
14
Novo Coronavírus

Convívio com pets durante o coronavírus requer cuidado

O curso de Medicina Veterinária da UCB levanta uma série de ações que os tutores podem e devem realizar com seus pets para evitar a contaminação

Com a recomendação de quarentena pelo crescimento de casos do novo coronavírus no Brasil e no mundo, muitas pessoas precisam conviver ainda mais com os animais de estimação. Mesmo sem dados significativos sobre a transmissão do Covid-19 em pets, é necessário reforçar os cuidados no período.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o momento não há evidência significativa de que animais de estimação possam ficar doentes ou transmitir o novo coronavírus. Há apenas alguns registros de felinos detectados com a presença do vírus.

Existe um tipo de coronavírus que atinge o trato gastrointestinal de cães, podendo desencadear um processo de diarreia e vômito. Mas o homem é resistente a ele e não tem nada a ver com o Covid-19, que ataca as vias respiratórias.

“Mesmo não transmitindo o Covid-19, os pets podem carregar os vírus nos pelos, penas, portanto os hábitos de higiene com os animais de estimação também devem ser redobrados. É fundamental lavar bem as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel antes e depois de brincar ou tocar nos animais”, explicou a médica veterinária e coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Católica de Brasília (UCB), Prof.ª. Edilaine Sarlo Fernandes.

Veja algumas dicas que a professora da UCB destacou em tempos de pandemia:

  • Pessoas que já contraíram o coronavírus devem evitar o contato com os animais, já que não há dados precisos sobre a infecção em pets;
  • Quando o convívio é inevitável, uma boa ideia é usar luvas e máscara facial sempre que possível;
  • Evite passear com os animais em lugares de grande circulação de pessoas, para evitar contaminação do pelo e penas;
  • Lave bem as mãos antes e depois de brincar ou tocar nos animais;
  • Higienizar as mãos com água e sabão é recomendado depois de manusear os alimentos e limpar a urina e as fezes do pet;
  • Antes de colocar água e comida para o animal, o tutor deve higienizar as mãos para não contaminar as tigelas;
  • Evite beijar, receber lambidas ou compartilhar comida com o animal;
  • O vírus pode ficar nos pelos dos animais após o toque de uma pessoa com diagnóstico positivo e, assim, transmitir a outra pessoa saudável que toque o bicho depois. Como em qualquer superfície de contato (objetos), isso também acontece com o animal. Por isso, o Conselho Federal de Medicina Veterinária recomenda que tutores que estão infectados façam uma quarentena de convivência com seus pets por prevenção, apesar de não haver transmissão;
  • Restrinja passeios e interações;
  • Idas ao veterinário devem ser feitas somente se houver necessidade e sempre com horário agendado (se não for emergência);
  • Passeios na rua devem ser evitados, pois o vírus pode se alojar na pele do animal. Se o cachorro só faz a higiene na rua, saia, vá até o poste próximo, volte e passe álcool em gel nas patas do cão. Essa medida de prevenção pode ser feita até duas vezes por dia;
  • É preciso segurar o animal e distraí-lo enquanto o álcool seca, pois se lamber ou sentir o cheiro, incomoda;
  • Em caso de contaminação da pelagem/pena do animal o banho com produtos específicos para espécie é indicado pois eliminará o vírus.
Publicado por Universidade Católica de Brasília
Skip to content