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Veja o que diz a Prof.ª Dr. ª Isabela Ramos sobre a importância da prática da atividade física durante a quarentena
A pandemia de coronavírus impôs uma nova rotina para os brasileiros: ficar dentro de casa. Com exceção de serviços essenciais, como farmácias e supermercados, os comércios estão fechando em diversos estados do país, e as pessoas estão adotando a quarentena.
Com essa nova dinâmica, de academias e parques fechados e de isolamento social, como manter a rotina de exercícios físicos? E será que ela deve ser mantida ou apenas pausada até que tudo volte ao normal?
De acordo com a prof. ª Dr. ª do cursos de Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Católica de Brasília (UCB), Isabela Ramos, devemos permanecer ativo durante a pandemia do Coronavírus, “recomenda a Escola Americana de Medicina do Esporte (ACSM)”. Ela continua destacando que diante da atual pandemia (COVID-19) que resultou em isolamento social, e a suspensão do funcionamento de academias e parques no DF, existem impedimentos quanto a manter um estilo de vida fisicamente ativo. “Os benefícios das atividades físicas são amplamente conhecidos, para crianças, adultos e idosos, possuem fundamental importância para a manutenção da saúde, que de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) não é apenas ausência de doenças, mas um completo estado de bem-estar físico, mental e social”, destacou a professora.
Comparada a um comportamento sedentário, a atividade física de intensidade moderada está associada a uma melhor função imunológica, bem como, a níveis mais baixos de ansiedade e estresse, o que muitos estão sentindo devido a pandemia atual. Por outro lado, as atividades de alta intensidade podem afetar negativamente o sistema imune do praticante caso a pessoa não tenha costume com a prática.
“Se a pessoa estiver em quarentena (após o retorno de uma viagem por exemplo) pode praticar atividades físicas tranquilamente, exceto se apresentar os sintomas (tosse, febre e falta de ar), nesse caso deverá interromper a prática e contatar um profissional de saúde. Pessoas infectadas, mas sem sintomas, também podem praticar atividades físicas de intensidade moderada, usando os sintomas como um guia de quando parar”, explicou a prof.ª Isabela Ramos.
A recomendação semanal, de acordo com a professora da UCB, é somar no mínimo 150 minutos por semana para adultos e 300 minutos para crianças e adolescentes, sendo duas sessões por semana de exercícios resistidos (é o treinamento contra resistência, geralmente realizado com a utilização de pesos), todos devem praticar atividades físicas quando e onde puderem. “Com isso, a Escola Americana de Medicina do Esporte sugeriu algumas atividades aeróbias e resistidas para fazer em ambientes fechados. Para atividades aeróbias: dançar músicas prediletas; pular corda (se os joelhos permitirem); fazer atividades de uma vídeo-aula; subir e descer escadas por 10-15min de 2 a 3 vezes ao dia. Já para exercícios resistidos, deve-se observar a frequência de duas vezes na semana. É importante procurar maneiras de fortalecer os músculos com o que a casa da pessoa possibilita a exemplo: flexão de braço na parede ou balcão da cozinha, agachamentos sentando em uma cadeira, exercícios sugeridos por aplicativos que utilizem o próprio peso do corpo, prática de ioga pode ajudar a reduzir a ansiedade. Uma coisa muito importante é: “não fique sentado o dia todo”, se estiver assistindo a TV, levante nos intervalos, caminhe pela casa e realize tarefas ativas como lavar louças, roupas, colocar o lixo para fora. São as sugestões do ACSM”, exemplificou a professora Isabela Ramos.
Atividade com crianças
E as crianças? Como ficam neste momento de surto de coronavírus? Segundo a professora da UCB, é importante encontrar atividades onde a família possa interagir, embora muitos pais se encontrem em home office.
“Procurem dedicar uma hora do dia para participarem de jogos ativos. É necessário reduzir o tempo nas telas. Como a principal atividade infantil é a brincadeira, um Laboratório da Universidade Católica, que realiza Estudos em Psicomotricidade e Estimulação Transdisciplinar Infantil (LEPETIT), coordenado pela prof. ª Dr. ª Carmen Campbell, tem apresentado diariamente no Instagram sugestões de atividades para bebês de 0 a 3 anos (@lepetitucb). O Grupo de Estudos em Neurociência do Movimento da UCB (NEUROMOV) que recentemente realizou uma Colônia de Férias Social na Católica, também está divulgando diariamente sugestões para crianças de todas as idades (@neuromov). É possível encontrar em sites como https://www.tempojunto.com/ e https://www.apenasmae.com/ jogos e brincadeiras que podem ajudar. O recado principal é: seja positivo, fisicamente ativo, esperto e fique seguro!
A professora Isabela Ramos tem colocado em seu Instagram dicas de atividade física. Caso queira acompanha-la, siga: é @bela.a.ramos/.
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Fontes para a matéria:
acsm.org
who.int