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2020
mar
24
Novo Coronavírus

O que é o Coronavírus e como conter a contaminação?

Cientista da UCB explica sobre o vírus e o que devemos fazer para que a proliferação do Coronavírus não fique fora de controle

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus comuns que infectam humanos são alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.

Alguns coronavírus podem causar síndromes respiratórias graves, como a síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.

Em 2012, foi isolado outro novo coronavírus, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada. Esse novo coronavírus era desconhecido como agente de doença humana até sua identificação, inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Todos os casos identificados fora da Península Arábica tinham histórico de viagem ou contato recente com viajantes procedentes de países do Oriente Médio – Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes e Jordânia.

As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada. Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.

O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de 7 dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

Os sinais e sintomas do coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença.

Os principais são sintomas conhecidos até o momento são:

  • Febre
  • Tosse
  • Dificuldade para respirar

 

Vivemos um momento incomum, que exige de cada um de nós posicionamentos e ações incomuns. Temos trabalhado nossas mentes no interesse de entender o que realmente acontece à nossa volta, qual é, de verdade o problema e, mais importante ainda, como podemos agir no interesse de contribuir, mesmo que minimamente, com o desenvolvimento e a implementação de uma solução para a pandemia?

Explicando sobre o caso do Coronavírus, o coordenador do Câmpus Sobradinho da Universidade Católica de Brasília (UCB), cientista e pesquisador, pós-doutor Diego Nolasco, ressaltou alguns pontos que podem ser úteis nesse momento de incerteza global.

“Estamos vivendo uma situação sem precedentes. Uma pandemia causada por um vírus relativamente desconhecido, que se espalha de forma rápida e que, em um número relevante de casos, exige internação em unidade de terapia intensiva, por um período prologado, com a utilização de equipamento de ventilação mecânica. Sendo extremamente realista, o desenvolvimento de uma cura não é o nosso maior objetivo agora. O nosso maior objetivo agora é a contensão do espalhamento do vírus, no interesse de retardar o aumento no número de casos, para que o sistema de saúde não entre em colapso. O que está, de verdade, sob a nossa responsabilidade é o número de infecções, mas não a infecção em si”, explicou o professor.

Nolasco continua destacando a importância dos profissionais, das mais diversas áreas, que estão na linha de frente dessa guerra diária. “Profissionais de saúde são os responsáveis por trabalhar no tratamento de infectados, tomando as medidas que forem necessárias para que aqueles que precisam de assistência médica recebam o melhor serviço possível. Este é o serviço que precisa ser prestado com objetivos à curtíssimo prazo. Já a comunidade científica, os cientistas, são responsáveis por entender o mecanismo de ação do vírus, por propor hipóteses realistas contra este mecanismo de ação, por testar as hipóteses e por publicar seus resultados. O trabalho volta à mão dos médicos para testes pré-clínicos e clínicos e, finalmente, a indústria farmacêutica, que é responsável por produzir os fármacos. E quanto a nós, o que podemos fazer para contribuir? Nosso melhor papel consiste em evitar a disseminação do vírus, no interesse de retardar o aumento no número de casos”, ressaltou o professor da UCB.

Como podemos retardar o aumento de casos? Diego Nolasco continua sua explicação: “A primeira forma é ficando em casa. Assim, cada um de nós elimina um possível vetor para que o vírus vá de um ponto a outro. Não transitemos por aí. Não participemos de reuniões com outras pessoas. Fiquemos em casa! A segunda forma é não confundindo as pessoas. Nós vivemos uma época na qual é muito fácil compartilhar opiniões. Esse momento não permite o compartilhamento de opiniões. Nossos achismos não contribuem. O que sabemos, sim. Assim, precisamos verificar o que formos compartilhar respondendo a três perguntas: é sensacionalista, ou seja, oferece uma visão fantástica a respeito do tema?; é populista, ou seja, oferece uma solução simples para o problema? e é uma opinião, ou seja, não vem acompanhado de dados ou argumentos científicos que o sustentem? Se a resposta para qualquer uma destas perguntas for sim, o compartilhamento é um desserviço à humanidade!”, afirmou o professor da UCB, que já atuou como professor na Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

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Fontes da matéria:

Publicado por Universidade Católica de Brasília
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