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Atuar solidária e efetivamente para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade, por meio da geração e comunhão do saber, comprometida com a qualidade, os valores éticos e cristãos, na busca da verdade. Essa é a missão da Universidade Católica de Brasília que através dos projetos de extensão tem atuado fortemente na luta contra as desigualdades existentes no DF. Entre os vários projetos da Pró-Reitoria de Extensão encontra-se o Renda e Cidadania, cuja função é observar e acompanhar as relações de negociações entre o GDF e a comunidade de catadores, localizada no pistão sul.
O Renda e Cidadania está vinculado à Diretoria de Programas Comunitários e é um projeto que trabalha com comunidades que sobrevivem da coleta seletiva e, também, com comunidades autônomas. Atualmente, o Projeto realiza um trabalho com a comunidade de catadores do Pistão Sul no que se refere à desocupação do local, exigida pelo GDF, para a construção de uma estrada na área ocupada. O Governo do Distrito Federal acordou com as famílias o auxilio social, para custear, entre outras coisas, um aluguel no valor de R$ 408. A previsão do governo é que no prazo de 10 meses, todos receberão uma moradia definitiva.
“O receio dessas famílias é o não cumprimento desse acordo e o risco da comunidade perder o vínculo coorporativo”, esclarece o coordenador do projeto, Prof. Danilo Borges. Dessa forma o Projeto Renda e Cidadania irá criar pontos de encontros que irão preservar a Comunidade – uma vez que com o Auxílio Social cada família terá que procurar um aluguel em localidades diferentes do DF. Os pontos de encontro poderão ser na Universidade Católica de Brasília ou na própria comunidade, para que seja discutido as medidas tomadas sobre a desocupação e o acordo com o GDF.
Entenda o Caso
No último sábado (23/03), a comunidade de catadores reuniu-se com o Projeto Renda e Cidadania para discutir sobre as possíveis medidas a serem tomadas. A comunidade e a UCB decidiram então, comunicar ao secretário da SEDEST, Daniel Seidel, sobre as suas ações no que se refere a desocupação da área e a atuação da Universidade no intermédio entre governo e comunidade.
O trabalho realizado com essa comunidade partiu da iniciativa dos próprios catadores, que viram a necessidade de um acompanhamento adequado para auxiliá-los nas questões de negociação com o GDF, no que refere-se à desocupação da área, onde atualmente moram 27 famílias, sendo que 11 trabalham com a coleta seletiva e as demais são autônomas, além de desenvolver trabalho social com a comunidade.
Para o prof. Danilo Borges a ideia do projeto é mesclar comunidade acadêmica e comunidade de catadores. “Será montado um grupo de estudo no âmbito do Renda e Cidadania que tratará também da temática de reciclagem e cidadania, sendo este um grupo exclusivamente de estudantes sob a supervisão dos professores”, explica Danilo.