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2019
out
11
Divulgação
Geral

Papa Francisco torna Irmã Dulce a primeira santa brasileira

A cerimônia no Vaticano reconhece os feitos humanitários da baiana Irmã Dulce

No próximo domingo, 13 de outubro, Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, será canonizada pelo papa Francisco em uma grande cerimônia na Praça de São Pedro, no Vaticano. Será um ritual solene bem típico, em que a Igreja Católica reconhece novos santos.

A canonização é o ato solene de, após cumpridos regras e rituais prescritos pela Igreja, (o Papa) declarar o indivíduo falecido inscrito no catálogo dos santos, concedendo-lhe culto irrestrito.

Essa tradição existe desde os primeiros cristãos, que consideravam santos principalmente os mártires. No início, os santos eram reconhecidos principalmente por aclamação popular. No primeiro milênio, eram os bispos locais que declaravam a santidade da pessoa.

Com o passar do tempo, percebeu-se que era preciso mais rigor na análise, com testemunhos e estudos. E foi no século XII que as decisões se concentraram nas mãos do papa. Mais tarde, criaram-se escritórios no Vaticano só para analisar as propostas de canonização.

Hoje, quem faz isso é a Congregação para a Causa dos Santos. Ela estuda a vida dos “candidatos” e os apresenta ao papa, que, por sua vez, os reconhece. A missa de canonização resume todo esse processo em um único rito.

Irmã Dulce

Irmã Dulce ganhou notoriedade por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados, obras essas que ela praticava desde muito cedo. Na juventude já lotava a casa de seus pais acolhendo doentes. Ela também criou e ajudou a criar várias instituições filantrópicas: uma das mais importantes e famosas é o Hospital Santo Antônio que hoje atende diariamente mais de cinco mil pessoas. Foi uma das mais importantes, influentes e notórias ativistas humanitárias do século XX.

Dulce foi beatificada em 2011, pelo enviado especial do papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, em Salvador. Em julho de 2019, o papa Francisco anunciou sua canonização para 13 de outubro de 2019, tornando-se a primeira mulher brasileira nata a ser canonizada.

Publicado por Universidade Católica de Brasília
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