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Recebida pelo reitor da UCB, Pe. José Romualdo Degasperi e pelo colegiado do curso de Direito, Cármen Lúcia agradeceu por estar em uma instituição Católica. “Eu tenho como profissão ser estudante de Direito. Aqui me sinto muito a vontade, pois tenho as PUCs como uma extensão da minha casa”, indicou.
Por estudar a muito tempo o Direito, a ministra reflete, com propriedade, o ensino do curso: “as faculdades de Direito vêm passando por uma boa mudança no que diz respeito ao estudo do Direito Constitucional. Antes de qualquer ação é preciso ter o conhecimento da Constituição Federal e a carga horária dedicada para tal vem aumentando”, comentou Cármen Lúcia.
Segundo a ministra, a Constituição Federal deve ser conhecida por todos, mas para os estudantes de Direito, é uma obrigação, pois quase tudo está regulamentando nela. “Há uma enorme diferença quando você sabe a constituição, pois direito não conhecido é direito não reivindicado. Saber os direitos faz com que o ser humano mude as ações e, o profissional de Direito, pode fazer com que a palavra da constituição vire ação na vida das pessoas”, indicou a ministra, que atua no cargo há quatro anos.
Cármen Lúcia lembrou que é um dever da próxima geração de profissionais de Direito passar um Estado democrático melhor. Em sua época, o que buscavam era a liberdade, principalmente porque vivia na Ditadura Militar. Hoje, ela já é uma conquista, mas deve ser mantida.
“Temos a constituição e quanto mais for conhecida, mais é aplicada e melhor é o Estado democrático, pois os maiores e melhores direitos serão reconhecidos. E a democracia é igual a roseira. Se você não cuidar, vira erva daninha, que é o autoritarismo”, explicou.
As eleições também foram pauta da Aula Magna. De acordo com a ministra, temos o voto obrigatório para se ter legitimidade. “No Brasil, seria mais justo e democrático se o voto não fosse obrigatório, mas o país não está preparado para tal, pois a educação ainda não está em um patamar igualável”.
O egoísmo também influencia na decisão do futuro representante da população. Nas palavras da ministra Cármen Lúcia, existem eleitores que votam em determinado candidato apenas para receber um favor em troca. E para beneficiar à corrupção, isto é um pulo.
“Compete ao cidadão saber o que é melhor para si e para o todo, pois só com compaixão e auxílio ao próximo podemos ter no futuro uma sociedade melhor”, finalizou a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha.